sábado, 27 de novembro de 2010

TRANSPORTE DE ETANOL POR FERROVIA CRESCEU 10%

O volume de etanol transportado por meio do modal ferroviário na região de Araçatuba deve encerrar o ano com crescimento de 10%, conforme previsão divulgada pela ALL (América Latina Logística).
De acordo com a empresa, devem ser transportados neste ano aproximadamente 140 mil metros cúbicos de etanol oriundos dos dois centros coletores existente na região - Andradina e Araçatuba. Em 2011, a companhia espera crescer 40% a captação de combustível nesses terminais, chegando a transportar pro trilhos 200 mil metros cúbicos no ano.
O etanol coletado na região tem como destino a Replan (Refinaria de Paulínia), cujo trajeto leva três dias e resulta em vantagens econômica e ambiental. O transporte ferroviário tem um custo 20% menor em relação ao transporte rodoviário e cada vagão substitui até três caminhões. As locomotivas para o transporte do etanol possuem 40 vagões.
O escoamento do etanol produzido pelas usinas da região por meio do transporte ferroviário foi possível com a parceria inédita entre a ALL, as distribuidoras que compõem o Sindicom (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustível) e Usinas.
Anunciado em agosto de 2008, o projeto previa investimentos de R$ 104 milhões na instalação de centros coletores no interior do Estado de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estrutura de descarga ferroviária em Paulínia e aquisição de vagões-tanque, viabilizando nova e competitiva opção logística para empresas do setor sucroalcooleiro.
O projeto é composto de 11 centros coletores, sendo dois deles na região de Araçatuba e Andradina. O investimento em Araçatuba é do grupo Cosan, que ampliou o projeto de centro coletor para a construção de um terminal de distribuição de combustíveis.
Fonte: Portal e-usinas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ETANOL CELULÓSICO

Uma equipe do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas, desenvolve uma nova estratégia de aproveitamento da palha e do bagaço, descartados na produção do biocombustível. O novo método tem como base a utilização do plasma e pode aumentar em até 40% a produção de álcool. O projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Com a técnica, o aumento da produção brasileira do etanol sem a necessidade de alterar a extensão das plantações de cana-de-açúcar pode está muito próximo.
A obtenção do álcool celulósico é conhecida e já foi utilizada na Segunda Guerra Mundial. Mas o produto não chegou ao mercado por ser obtido por meio de processos caros. O desafio dos pesquisadores é tornar a extração mais barata.  De acordo com o pesquisador e coordenador do projeto, Marco Aurélio Pinheiro Lima, do CTBE, existem dois métodos conhecidos capazes de decompor a celulose, mas eles ainda são economicamente inviáveis para os produtores.
“Um dos processos é o químico, no qual são utilizados ácidos para quebrar as ligações químicas e libertar os açúcares existentes na palha e bagaço”, explica Lima. O outro, segundo o pesquisador, é biológico. Neste, são utilizadas enzimas encontradas nos aparelhos digestivos de cupins e animais ruminantes para decompor as moléculas. “Nesse método, a gente aprende com a própria natureza maneiras de quebrar a celulose para libertar esses açucares e produzir mais etanol”, afirma Lima.
Além de já trabalhar em pesquisas com os métodos químicos e biológicos, o CTBE é pioneiro em uma nova vertente, que é liberação de açúcares da celulose por meio de bombardeio de cargas elétricas geradas por plasma, gás ionizado considerado o quarto estado da matéria. Segundo Lima, esta seria a forma física de obtenção do etanol de segunda geração e, com estudos futuros pode se tornar uma das mais econômicas.
Com o plasma é possível controlar parâmetros como pressão e quantidade de energia para que essa descarga elétrica arrebente as moléculas com cuidado e de forma seletiva. “O que o laboratório está fazendo é desenvolvendo essa estratégia e aprendendo como o plasma pode nos auxiliar a quebrar de maneira controlada elementos do bagaço e da palha para o aumento da produção de etanol”, explica.
Para o desenvolvimento do projeto, o CTBE tem um laboratório e uma equipe, sob a supervisão do físico experimental responsável Jayr Amorim Filho. “Eles já estão submetendo o bagaço e a palha ao plasma e estudando o quanto conseguem controlar as reações químicas a partir disso. É uma pesquisa que está iniciando, mas é muito promissora por diversos motivos”, diz Lima.
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Fonte: Portal Jales Machado

UNESP E PETROBRAS INAUGURAM CENTRO COM ÊNFASE NO PRÉ-SAL

Crédito da foto: UNESP
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Petrobras inauguraram, nesta terça-feira (23/11), no campus de Rio Claro, o edifício do Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo (Unespetro), que atuará na formação de especialistas e no desenvolvimento de pesquisas, com ênfase em rochas carbonáticas – que formam a camada pré-sal e outros importantes reservatórios petrolíferos brasileiros.
Com 2 mil m² de área útil, foram investidos inicialmente R$ 10,5 milhões para construção do prédio e compra de equipamentos e mobiliário. Do valor total, cerca de R$ 9,2 milhões são vinculados à Rede Tecnológica da Petrobras e R$ 1,3 milhão corresponde à contrapartida da Unesp, que responde também pela contratação de professores e servidores técnico-administrativos.
“O Unespetro é o primeiro complexo de uma universidade brasileira concebido sob a perspectiva sistêmica para reunir as principais ciências que compõem a geologia sedimentar, tendo como alvo principal as rochas carbonáticas”, disse Dimas Dias Brito, coordenador do centro e professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp em Rio Claro.
O reitor da Unesp, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, destacou a importância do novo centro no âmbito da participação da instituição nos esforços para o desenvolvimento científico e tecnológico, voltado para a melhoria da qualidade de vida, para a conservação ambiental e para a superação das desigualdades sociais.
A criação do Unespetro é uma das principais iniciativas para o desenvolvimento do Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos (SCTC). Esse sistema é resultado de acordo firmado em fevereiro entre a Petrobras, a Unesp e as universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O SCTC visa a avançar o conhecimento de rochas ainda relativamente pouco conhecidas pela indústria e pelo meio acadêmico, sobretudo em relação aos tipos ocorrentes no pré-sal.
Mais informações: www.unesp.br
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Fonte: Portal FAPESP

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DOIS CONSÓRCIOS SE UNEM PARA EXECUTAR ÁLCOOLDUTO

O Consórcio privado PMCC, composto pela Petrobras e Camargo Corrêa, uniu-se ao consórcio privado Uniduto, que  reúne a Cosan, a Copersucar e a Odebrecht, e criaram a empresa que vai construir e administrar o primeiro álcoolduto do Brasil, que terá a princípio 850 [kms] de extensão.
O anúncio foi feito ontem, na cidade de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, pelo presidente do PMCC, Alberto Guimarães. Os dois consórcios, até então eram concorrentes.
O duto que saíra da cidade de Jataí (GO), passará por Uberaba (MG), Ribeirão Preto (SP), Paulínia (SP) e Taubaté (SP), seguindo até o porto de São Sebastião, está orçado inicialmente em R$ 5,7 bilhões, quase um quinto previsto para o custo do trem bala.
A primeira fase de obra está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2013, ao custo de R$800 milhões. O lançamento simbólico será realizado hoje na cidade de Ribeirão Preto (SP).
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

BARREIRA DE EXPORTAÇÃO DO ETANOL BRASILEIRO OS EUA, EXPIRA EM 31 DE DEZEMBRO

A presidente eleita Dilma Rousseff  poderá tomar posse com uma boa notícia no setor de comércio exterior: o eventual fim da sobretaxa sobre o etanol (álcool de cana-de-açúcar) que o Brasil exporta para os Estados Unidos, simultaneamente ao fim dos subsídios dos cofres públicos de Washington ao etanol americano. Expira no dia 31 de dezembro, véspera da posse da nova presidente, a legislação tanto sobre a tarifa, pesadíssima – 0,54 cenas de dólar por cada galão (3,78 litros) de etanol brasileiro que entra no mercado dos EUA –, como os subsídios de 6 bilhões de dólares anuais aos agricultores americanos, que já custaram sonoros 45 bilhões de dólares ao Tesouro dos EUA desde que foram instituídos, em 1980.
Até agora o Congresso não tomou providências para renovar a legislação, o que pode acontecer na sessão que começa nesta segunda-feira, dia 15, a chamada sessão “pato manco” (com todos os 435 deputados e 33 senadores em final de mandato, muitos dos quais não se reelegeram).
O grande problema para manter a situação atual será os congressistas que defendem o subsídio acharem 6 bilhões de dólares no estourado orçamento federal americano para justificá-lo.     A comissão bipartidária que o presidente Barack Obama formou para tratar da questão fiscal é, obviamente, contra a extensão ou renovação do subsídio. O ex-senador republicano Alan Simpson, de Wyoming, e o ex-chefe da Casa Civil do presidente Bill Clinton e atual reitor da Universidade da Carolina do Norte, Erskine Bowles, propuseram amplos cortes em programas federais. E recomendaram fortemente que o Congresso “acabe com gastos redundantes, antiquados e inefetivos”.       OS EUA CONSOMEM QUASE 1 MILHÃO DE BARRIS POR DIA — Apesar da força do lobby dos agricultores de milho em Washington, há um crescente consenso de que os subsídios são desnecessários para uma indústria madura e que dispõe de um gigantesco e crescente mercado interno, já que o próprio Congresso dispôs progressivos aumentos no percentual de etanol adicionado à gasolina americana.   Segundo Bruce Babcock, renomado professor de Economia Agrícola da Universidade de Iowa – estado situado justamente no coração do “Cinturão do Milho” americano –, “a produção de etanol e a demanda doméstica por milho continuarão a crescer, com ou sem os subsídios ou a sobretaxa”.  
Além do mais, o fim das tarifas de importação reduzirá o preço dos combustíveis para os consumidores e aumentará a diversidade de fontes de energia do país e o acesso a fontes energéticas mais limpas, como o álcool de cana-de-açúcar.
Os EUA consomem o equivalente a 350 milhões de barris de etanol por ano, quase 1 milhão diários, e menos de 10% do total são importados do Brasil. O fim da legislação protecionista pode abrir de vez esse gigantesco mercado ao álcool brasileiro
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Fonte: Portal Biocana

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ETH BIOENERGIA INAUGURA NOVA UNIDADE

Crédito da foto: Guilherme Afonso - odebrechtonline.com.br
Na próxima quinta-feira (18/11), a ETH Bioenergia inaugura a primeira unidade no Estado do Mato Grosso, a Unidade Alto Taquari, localizada no município com o mesmo nome. Essa é a sétima unidade produtora de etanol e energia elétrica da ETH Bioenergia.
Após a solenidade, o presidente da empresa, José Carlos Grubisich, falará com a imprensa sobre a empresa, as expectativas de produção e sua importância na estratégia de negócios da ETH e no crescimento econômico da região.
Na ocasião estarão presentes o governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, e representantes da ETH e seus acionistas.
Controlada pela Odebrecht, a ETH Bioenergia atua de forma integrada na produção, comercialização e logística de etanol, energia elétrica e açúcar. Com investimento total de R$ 7,3 bilhões, a ETH tem como objetivo ser a líder em bioenergia com a produção de 3 bilhões de litros de etanol e 2.700 Gwh/ano de energia elétrica a partir da cana de açúcar.
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Fonte: Portal TN Petroleo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

QUÍMICA VERDE

Cinco pesquisadores contratados por uma empresa. Essa foi a boa experiência vivida dentro do grupo do professor Gonçalo Guimarães Pereira, do Departamento de Genética, Evolução e Bioquímica do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Foram duas pós-doutorandas, dois doutorandos e um mestre que passaram a ser funcionários da Braskem, empresa brasileira que é a oitava petroquímica do mundo e quer adotar uma produção sustentável, com produtos, no caso insumos para a indústria de plásticos, fabricados pela via da biotecnologia utilizando fontes renováveis, principalmente cana-de-açúcar, e microrganismos.
“De repente fiquei sem alunos”, brincou Pereira, que coordena o projeto “Rotas verdes para o propeno”, do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, realizado por sua equipe e pela Braskem com investimento total de R$ 8 milhões, sendo a metade da Fundação. “Tivemos bons resultados ao longo de três anos e produzimos duas patentes. Mas nosso papel na universidade não é produzir tecnologia, é fazer ciência alinhada com a tecnologia futura.”  Ele explica que a empresa queria ser líder em uma tecnologia desconhecida e ela foi buscar conhecimentos novos na universidade, onde a missão é de ter ideias e liberdade criativa. Para viabilizar as soluções encontradas no projeto PITE, que ainda não podem ser reveladas, a Braskem fez um acordo com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), um dos três laboratórios associados do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), junto com o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e o Centro de Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas, no interior paulista. O convênio assinado com o LNBio prevê o estabelecimento da Plataforma Biotecnológica Braskem, num espaço alugado pela empresa dentro da instituição.
“Com isso, a empresa se vale da instrumentação e do conhecimento dos nossos pesquisadores em áreas da biologia molecular e estrutural, importantes para o aprofundamento científico necessário no atual estágio do projeto”, disse o professor Kleber Franchini, diretor do LNBio, entidade que atende a comunidade acadêmica, além de demandas pontuais de empresas.
“O laboratório Braskem estabelecido no LNBio é um ambiente entre o caos da universidade e a rigidez da empresa para que a tecnologia possa, junto com os nossos ex-alunos recém-contratados, amadurecer antes de ser incorporada pela companhia”, disse Pereira.
Os cinco alunos contratados pela Braskem que vão trabalhar no LNBio são as pós-doutorandas Joahana Rincones Perez e Inês Lunardi, os doutorandos Maria Carolina de Barros Grassi e Lucas Pedersen Parizzi e o mestre Felipe Galzerani. Todos tiveram bolsa da Braskem. A perspectiva é que o número de pesquisadores cresça.

Saiba mais sobre o Laboratório Nacional de Biociências AQUI
“Queremos dentro de dois ou três anos, conforme o avanço das pesquisas, ter 40 pesquisadores da Braskem dentro do LNBio. Não tínhamos na empresa competência em biotecnologia e a maneira de obtê-la foi fazer a parceria com a Unicamp e a FAPESP”, disse Antônio Queiroz, diretor de tecnologia da empresa.
Em sinergia com o trabalho desenvolvido, a Braskem firmou um convênio com a Novozymes, multinacional dinamarquesa que desenvolve enzimas para processos industriais. 

 
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A Braskem, que inaugurou recentemente no Rio Grande do Sul uma fábrica de eteno derivado de etanol, matéria-prima para a fabricação de um tipo de plástico de largo uso, o polietileno, como em brinquedos e utilidades domésticas, quer investir cada vez mais em química de matéria-prima renovável.


Leia mais sobre a produção de plástico verde a partir do etanol AQUI
“Agora estamos investindo nas rotas biotecnológicas. Queremos ser a empresa líder no mundo em química sustentável tanto em produtos renováveis como em produtos petroquímicos [origem das matérias-primas para plásticos] que na produção consumam menos água, energia e emitam menos CO2 ou ainda que ajudem a capturar esse gás da atmosfera”, disse Queiroz.   Segundo ele, para atingir esse patamar é preciso profissionais bem formados nessa área. “O aspecto de maior valor da parceria com a Unicamp e a FAPESP foi a formação de recursos humanos. Esse processo mostra que estamos diante de um novo modelo de interação universidade-empresa para geração de tecnologia e contratações de nível qualificado. Sabemos que no mundo a maior parte das pesquisas é feita nas empresas, mas não dá para a empresa surgir do nada. Mesmo em países como os Estados Unidos, é preciso começar na universidade com ideias inovadoras”, disse.
Fonte: Portal FAPESP - Marcos de Oliveira

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

7 ª BIENAL INTERNATIONAL VALVE WORLD CONFERENCE & EXHIBITION 2010

De 30 de Novembro a 02 de Dezembro

7 ª Bienal Internacional Valve World Conference & Exhibition 2010 será  anfitriã da feira mais importante para a tecnologia de válvulas, a partir de 30 novembro até  2 dezembro de 2010, em Düsseldorf, na Alemanha. 
A Leser estará com seu estande, exibindo toda linha dos seus produtos, marcando presença no Valve World. Além da gama de produtos padrão LESER, o estado da arte em válvulas de segurança com mola, estaremos apresentando nosso novo produto, as válvulas de segurança piloto operada
Séries 810, 820, altamente eficiêntes. Visite-nos das 9:30 até 18:00 no recinto da feira de Düsseldorf.


NOVO TIPO DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL É APRESENTADO EM PAULÍNIA - SP

A Butamax Advanced Biofuels, joint-venture criada com a parceria entre as empresas BP e DuPont, apresentou nesta quarta-feira (03/11), em Paulínia, SP, um novo combustível que será produzido no Brasil: o biobutanol, um álcool que pode ser misturado à gasolina em maiores concentrações que o etanol para uso em motores convencionais. “Será uma tecnologia complementar ao etanol”, disse Ricardo Vellutini, presidente da DuPont do Brasil.
O novo combustível pode ser gerado dos mesmos materiais usados na elaboração do etanol e, desde 2004, cerca de 100 cientistas da Butamax estudam a sua eficiência a partir da cana-de-açúcar, milho, trigo e soja. Uma das diferenças entre os dois produtos está no fato de o biobutanol ter um conteúdo de energia mais próximo ao da gasolina (mais de 90%) do que o etanol (que tem cerca de 60%), e por isso pode ser adicionado em maior volume à gasolina convencional.
Para avançar nas pesquisas a partir da cana-de-açúcar, a Butamax instalou um laboratório em Paulínia, SP. “A iniciativa visa acelerar o processo de produção em escala comercial do biobutanol no Brasil”, disse Tim Potter, CEO da Butamax. A principal diferença química entre os dois combustíveis é que o etanol possui dois carbonos em sua cadeia carbônica, já o biobutanol possui quatro. “O novo combustível gera o dobro de energia renovável por litro de gasolina e não requer qualquer modificação nos automóveis”, diz Vellutini.
Para o executivo, a nova tecnologia agrega valor onde ainda não há infraestrutura para a implantação do etanol. A estimativa da Butamax é de que o Brasil exporte 7,5 bilhões de litros entre 2013 e 2020 (quando o biocombustível começará a ser produzido em escala comercial). A empresa já está negociando a venda da licença de uso da nova tecnologia para usinas brasileiras. “Estas  vão poder produzir etanol para o mercado interno e biobutanol para exportação”, conclui o presidente da DuPont.

Fonte: Portal paulinianews

PETROLÍFERAS AUMENTAM O ASSÉDIO A USINAS DE ETANOL

O apetite cada vez mais intenso das petrolíferas pelo segmento sucroalcooleiro é tido como inevitável pela área produtiva do setor, mas a voracidade das empresas de petróleo surpreendeu as usinas brasileiras.
Para Narciso Bertoldi, diretor comercial do Grupo USJ, as consolidações tornam os combustíveis complementares e não concorrentes. "Em busca de um desenho verde, dois ou três grandes players devem investir com mais voracidade no setor de etanol", prevê Bertoldi.
A mais recente consolidação divulgada ocorreu no dia 25 de outubro, quando a Petrobras Distribuidora e a Petrobras Biocombustível anunciaram uma fusão com a Açúcar Guarani para o fornecimento, em quatro anos, de até 2,2 bilhões de litros de etanol. O montante injetado na parceira foi de R$ 2,1 bilhões.
  Leia mais sobre a fusão AQUI.
De acordo com Cristina Machado, pesquisadora do departamento de agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o mundo tem reconhecido cada vez mais a importância das energias renováveis. "A Petrobras investe em pesquisas para etanol de celulose, que tem contexto com biorefinaria. As petrolíferas vão trazer avanço para o Brasil", afirma.
Para o mercado, o baixo valor de ativos de produção, que torna mais viável a entrada no segmento, comparado aos de energia em geral é o principal atrativo.  A pesquisadora considera ainda que essa tendência de fusão ocorre também devido à economia de escala, com a produção consequentemente maior.
Segundo Machado, as indústrias de etanol brasileiras que são eficientes e competitivas, de acordo com a pesquisadora, não correm o risco de terem seus negócios ameaçados pelas petrolíferas. "Além de aumentar o volume de combustível no mercado, possibilita uma melhora nos preços ao consumidor final. As consolidações podem contribuir para "commoditizar" o etanol", diz.
Levantamento da Datagro e da MBF Agribusiness mostra que em três anos foram realizadas 59 operações, nas quais 100 usinas estiveram envolvidas.
Além da Petrobras com a Açúcar Guarani, Cosan e Shell fecharam acordo de R$ 21,2 bilhões para a criação de duas companhias para distribuição de etanol. 
  Leia mais sobre acordo AQUI.
Além disso, a ETH e a Brenco investiram R$ 5 bilhões na combinação de ativos e criação de nova empresa, na qual a ETH detém 65% de participação. A Bunge injetou R$ 2,6 bilhões na compra de 100% da participação das cinco unidades do Moema, e a Shree Renuka Sugars, com R$ 600 milhões, adquiriu 50,8% de participação da Equipav Açúcar e Álcool.
  Leia mais sobre a aquisição AQUI.
Na safra 2009/2010, o segmento de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade movimentaram R$ 56 bilhões no País.
O aumento de capital estrangeiro também tem contribuído para o avanço da competitividade do setor sucroalcooleiro do Brasil. Ainda de acordo com estudo da Datagro e MBF, hoje a participação de capital estrangeiro no setor corresponde a 25%.
Para Eduardo Chaim, da Dextron Management Consulting, as participações estrangeiras devem avançar na mesma proporção em que as novas indústrias expandirem suas operações.
Segundo o consultor, "As empresas internacionais estão mais bem posicionadas para mostrar o País como fornecedor confiável.

ENTIDADE INTERNACIONAL
A International Ethanol Trade Association (Ietha), organização internacional, ganhou mais um associado: a holandesa North Sea Global Ethanol, trading de etanol, subsidiária do Grupo North Sea.
Segundo Joseph Sherman, diretor-executivo da Ietha, a parceria fortalece a missão da empresa para transformar o etanol combustível em uma commodity.
Fonte: Portal Brasilagro/DCI

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

IPT INAUGURA LABORATÓRIO DE GASES

Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou em (28/10) o Laboratório de Sistemas de Ar Comprimido e Gases (Lasag), desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) com investimento da ordem de R$ 1,1 milhão.
Trata-se da primeira unidade do país voltada a analisar equipamentos e peças utilizadas em sistemas de ar comprimido e transporte de gases, como compressores, filtros, válvulas e secadores, entre outros.
“A indústria, os fabricantes e os hospitais precisavam de um órgão técnico que pudesse caracterizar, por meio de testes e ensaios confiáveis, equipamentos e sistemas de ar comprimido tanto em termos de desempenho do produto como de qualidade do ar”, disse Kazuto Kawakita, diretor do Centro de Metrologia de Fluidos (CMF) do IPT, que abriga o novo laboratório.
Atualmente, os testes desses equipamentos são realizados por empresas contratadas ou pelos próprios fabricantes. “Os testes realizados pelo Lasag terão o diferencial de serem desenvolvidos por um instituto que tem credibilidade comprovada e reconhecimento no mercado”, disse Jayme Bydlowski, presidente da comissão de execução do projeto Lasag.

Fonte: Portal FAPESP.  Mais informações: www.ipt.br

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PREÇO DO AÇÚCAR ATINGE MAIOR NÍVEL EM 29 ANOS

O tempo seco e a queda da produção no Brasil, somado ao recuo nos estoques na Índia, provocaram o encarecimento da matéria-prima
A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil caiu 30% na primeira quinzena de outubro (Eric Taylor/Bloomberg)
A cotação do açúcar negociado no mercado internacional atingiu nesta terça-feira sua maior alta desde 1981, estimulada pelo tempo seco que está afetando a produção no Brasil, maior produtor do mundo.
A perspectiva de que a Índia deverá limitar as exportações do produto com o objetivo de reforçar os estoques do país também colabora para a alta no preço da matéria-prima.
No mercado futuro da Bolsa de Nova York, o preço do açúcar não-refinado para entrega em março registrava alta de 2,28%, para 30,12 cêntimos por libra (medida de peso equivalente a 453,6 gramas), após ter atingido hoje os 30,64 cêntimos – o valor mais alto desde 15 de janeiro de 1981.
Em Londres, o açúcar refinado para entrega em março subiu 2,5% nesta terça-feira, para 753,30 dólares por tonelada. De manhã, chegou aos 755,90 dólares, o patamar mais elevado desde 26 de janeiro de 2009.

Em alta - O preço do açúcar mais do que duplicou após ter atingido em maio deste ano seu menor valor em 13 meses. O encarecimento é gerado por conta dos receios de que as condições atmosféricas adversas possam penalizar a produção no Brasil, Rússia, China e Paquistão.
A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil, maior região produtora do mundo e que concentra 90% de toda a produção de etanol e açúcar do país, caiu 30% na primeira quinzena de outubro devido às chuvas, para 1,5 milhão de toneladas, ficando abaixo das 2,16 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única).
Já na Índia, segunda maior produtora de açúcar do mundo, os estoques da matéria-prima estão abaixo do nível considerado “ótimo” de 10 milhões de toneladas métricas, ficando em apenas 4 milhões de toneladas métricas neste ano, segundo a consultoria Rabobank International.

Fonte : portal VEJA -Marcel Salim