terça-feira, 28 de dezembro de 2010

E-LIXO - SAIBA ONDE DESCARTAR TODO MATERIAL ELETRÔNICO QUE PARA VOCÊ NÃO TEM MAIS UTILIDADE

Dos países emergentes, o Brasil é o que mais gera lixo eletro-eletrônico por pessoa.
Cada vez menores, mais leves e com mais funções, a impressão que dá é que notebooks, celulares, mp3 e televisores se modernizam na mesma velocidade da luz. Com tanto equipamento bonito de última geração surgindo a todo instante no mercado a vontade de adquirir um novo acaba sendo inevitável. Mas a pergunta que fica é: onde vão parar todos esses aparelhos antigos abandonados?
A maioria vai para lixões a céu aberto, contaminando o meio-ambiente com suas diversas substâncias nocivas. Chumbo, cádmio, berilo, mercúrio e muitos outros elementos tóxicos se misturam ao solo e lençóis freáticos. O volume de lixo eletrônico no mundo é alarmante e, de acordo com relatório da ONU publicado este ano, aumenta nada menos que 40 mil toneladas anualmente. O estudo calculou ainda a produção de detrito em cada país e, entre os emergentes, a China gera a maior quantidade, porém, é o Brasil que lidera o ranking per capita.
No mesmo ano em que foi divulgado o resultado da pesquisa, a Política Nacional de Resíduos foi sancionada em território brasileiro - depois de quase 20 anos em tramitação. A lei define que cabe às empresas recolher e dar destino adequado aos seus eletrônicos vendidos, e que governo e a sociedade civil também devem colaborar.
Mauro Cesar Bernardes, um dos representantes da ONG StEP (Solving The E-Waste Problem),  que contribuiu com a pesquisa da ONU, acredita que a aprovação veio atrasada, mas em boa hora. Para ele, o importante agora é pensar em como ela será colocada em prática.

Separando o joio do trigo
Mauro é também um dos coordenadores do Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir) da USP, que foi criado para dar um destino sustentável aos equipamentos eletro-eletrônicos obsoletos ou quebrados da universidade. "Percebemos que os recicladores retiravam o material que lhes interessava, próximos da sua atividade, e o resto ia parar no lixo", conta.
Pensando nisso, o projeto separa os componentes dos aparelhos e encaminha às recicladoras de cada um dos materiais - que possuem licença ambiental e estão cadastradas. O objetivo é reaproveitar ao máximo cada parte dos equipamentos, já que, segundo o relatório da ONU, é possível reciclar até 98% de um computador.
Do total de máquinas, recuperam-se algumas poucas que são remontadas e emprestadas a projetos sociais. "Não doamos porque elas seriam usadas por um tempo e depois descartadas de forma incorreta. Com o empréstimo, os computadores retornam, nós fazemos a separação e encaminhamos para reciclagem", explica.
O Cedir eventualmente recebe aparelhos de pessoas físicas, mas o foco é conseguir processar os vários equipamentos da universidade, que segundo Mauro, já é uma demanda bem grande.

Postos de reciclagem
Para quem deseja descartar seus aparelhos de forma ecologicamente correta e não sabe onde, a boa notícia é o e-lixo maps, que faz o mapeamento online dos locais de reciclagem de resíduos sólidos de eletro-eletrônicos.
Recentemente criado, trata-se de uma iniciativa do Instituto Sérgio Motta (ISM) em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O projeto associa uma plataforma do Google Maps com um banco de dados dos principais pontos de coleta de lixo eletrônico da capital, interior e litoral de São Paulo.
Basta apenas acessar o site, inserir o número do CEP e o tipo de "e-lixo" que precisa ser descartado para que sejam mostrados os locais mais próximos da sua casa, que recebem e reciclam o material desejado. Segundo Renata Motta, diretora do ISM, o banco de dados é atualizado continuamente com novos estabelecimentos.
Cerca de 650 postos já estão cadastrados, mas ao que tudo indica, esse número deve aumentar logo. "Inicialmente, o projeto abrange São Paulo porque é onde fica o Instituto e conseguimos a parceria com a Secretaria, mas a ideia é que, a partir do ano que vem, ele seja ampliado para outras cidades. Já estamos procurando parcerias com as prefeituras para nos ajudar com a triagem à distância", explica Renata.

Fonte: portal GuiadaSemana – Marjorie Ribeiro

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SINDICON DIVULGA NÚMEROS DO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS EM 2010

O Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes –Sindicom- apresentou ontem (15), os números consolidados do mercado em 2010 e as expectativas do setor para 2011.
De acordo com os dados do sindicato, o mercado brasileiro de combustíveis ficou em torno de 108 bilhões de litros, um crescimento de 9,5[%] em relação aos números obtidos em 2009. Esse volume gerou um faturamento de R$214 bilhões para as empresas e R$65 bilhões em tributos para os estados e o governo federal, não sendo contabilizados os tributos sonegados, fato que vem sendo combatido fortemente pela entidade.
O mercado de combustíveis ficou com o diesel como principal produto (45,9%), seguido da gasolina (27,9%) e do etanol (13,7%). Querosene, óleo combustível e GNV completam o cenário. Já a participação das empresas representadas pelo Sindicom, manteve a BR como maior fornecedora de combustíveis com 37,1[%], seguida de Shell, Cosan, Ale, Air BP e outras companhias.
Combustível bastante ressaltado pelo vice-presidente executivo do Sindicom, Alísio Vaz, o óleo diesel recuperou-se da crise de 2009, com crescimento de 12,2[%] em 2010.  Um fato interessante do diagnóstico do mercado foi que há uma correlação entre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e do diesel, ou seja, se a economia está em um momento ruim, as vendas de diesel caem consequentemente. 
Com relação ao etanol, o ano de 2009 foi de perda de competitividade do combustível em oito estados, com preços médios no produtor 17,5[%] superiores ao ano anterior. As empresas associadas do Sindicom produziram 8,7 bilhões de litros de etanol, as outras companhias fizeram 6,1 bilhões. O mercado clandestino também foi colocado na conta, com cerca de 2 bilhões de litros.
Na opinião de Alísio Vaz, o ano de 2011 será de crescimento do setor de combustíveis, puxado principalmente pela economia e o aumento da venda de veículos, que deve manter-se aquecida. Ele citou ainda a alta na área de aviação civil, com o aumento do número de passageiros, o que fez o querosene de aviação ter uma alta de quase 17[%] em 2010, e que deve continuar neste ano. 
Os preços do etanol, da gasolina e do diesel devem ficar no mesmo patamar. O GNV deve crescer nos próximos anos, com redução de preços, devido a grande oferta de gás em relação à demanda. 

Fonte: Portal TN - Por Rodrigo Miguez

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ISO 26000 - RESPONSABILIADE SOCIAL

O que é ISO?
 É a organização Internacional de Normalização, com sede em Genebra, na Suíça. Foi criada em 1946 e tem como associados organismos de normalização de cerca de 160 países.
A ISO tem como objetivo criar normas, que facilitem o comércio e promovam boas práticas de gestão e o avanço tecnológico, além de disseminar conhecimentos.
Suas normas mais conhecidas são a ISO 9000 para gestão da qualidade e a ISO 14000 para gestão do meio ambiente.
 
Histórico
 Após cinco anos de intenso trabalho, que envolveu cerca de 450 especialistas de 99 países, a futura Norma de Responsabilidade Social deverá ser publicada em dezembro deste ano. Em 2001 o ISO – Organização Internacional de Normalização, convidou o seu Comitê de Política do Consumidor – COPOLCO, a analisar a viabilidade e interesse de uma norma internacional no tema. O COPOLCO foi absolutamente favorável à elaboração de uma norma internacional sobre o assunto, a fim de atender a uma demanda clara e urgente das organizações, consumidores, e da sociedade como um todo.  O COPOLCO recomendou que se estabelecesse um grupo para aprofundamento no assunto e estudo do estado da arte da Responsabilidade no mundo. Em 2002, a ISO constituiu um grupo estratégico para esta finalidade que, em 2004, por meio de um relatório técnico, recomendou que a ISO desenvolvesse uma norma internacional.
Em junho de 2004 a ISO realizou em Estocolmo, na Suécia, uma conferência – da qual o Inmetro também participou – na qual quando se decidiu pela elaboração da norma. Em decisão histórica o Brasil juntamente com a Suécia - por meio de seus organismos de Normalização, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Instituto Sueco de Normalização (SIS) – foram eleitos para presidir o grupo de trabalho encarregado de elaborar a Norma Internacional de Responsabilidade Social.
 
Processo de Elaboração
 O desenvolvimento desta norma foi inovador, um processo multistakeholder. Apesar do longo período de elaboração, 5 anos, o interesse na participação foi permanente e crescente. O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG-SR) chegou ao seu final a contar contou com a participação de cerca de 450 especialistas de mais de 99 países do mundo inteiro, além de mais de 200 observadores e de 42 organizações D- liaisons, organizações regionais ou internacionais com relevância para o tema, como por exemplo, Organização Internacional do Trabalho, Organização Mundial da Saúde, Consumers International, UN-Global Compact (Pacto Global da ONU). Do Brasil, o Instituto Ethos de Responsabilidade Social tem participado como organização D-liaison pela Rede Interamericana de Responsabilidade Social.
Os especialistas e observadores participaram do processo de construção da ISO 26000 de duas formas – por meio de delegações nacionais ou das chamadas organizações D-liaison. As delegações nacionais são compostas pelas seguintes categorias ou partes interessadas (stakeholders) da sociedade:
• Trabalhadores;

• Consumidores;
• Indústria;
• Governo;
• ONG’s; organizações não governamentais
• Serviço, suporte e outros.
 O ISO/TMB WG realizou, 8 reuniões que definiram as principais resoluções a respeito da ISO 26000.

Para saber mais consulte:
 Fonte: Portal INMETRO

Veja abaixo os vários videos sob Responsabilidade Social

NA REGIÃO CENTRO-SUL DO PAIS, CANA-DE AÇÚCAR DEVE FECHAR 2010 ABAIXO DO PREVISTO

Do início da safra até 1º de dezembro, a queda já soma 7,26[%], segundo dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)

A produção de cana-de-açúcar na Região Centro-Sul do país diminuiu 18,1[%] em novembro, comparada a igual período do ano passado. Do início da safra até 1º de dezembro, a queda já soma 7,26[%]. Os dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) foram divulgados hoje (14/12) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
De acordo com o diretor da entidade Antônio de Pádua Rodrigues, o motivo foi o tempo seco que afetou a produtividade agrícola. Ele prevê que será difícil atingir 560 [milhões de toneladas] colhidas no fechamento do ano. Em agosto, a expectativa era de 570,1 [milhões de toneladas].
Apesar dessa redução, o moagem do produto aumentou 8,86[%] desde o início da safra até novembro, ante igual período de 2009, com um total de 499,4 [milhões de toneladas]. A partir da segunda quinzena de novembro, no entanto, o processamento caiu 27,95[%].
Pádua esclareceu que a qualidade da matéria-prima brasileira, com alto teor de sacarose, minimizou o impacto da estiagem. No período, a produção de açúcar alcançou 33,02 [toneladas], aumento de 20,35[%] sobre a safra 2009/2010. A produção de etanol somou 24,72 [bilhões de litros], 14,04[%] acima da safra passada.
O diretor acredita na estabilização no preço do açúcar, commoditie cotada no mercado internacional. "Não dá para imaginar uma queda [de preços] tanto no mercado interno quanto no externo, mas eu não falaria em alta, e sim, em manutenção dos níveis atuais".
Mas essa estabilidade significa que o produto vai permanecer caro para os consumidores brasileiros. O açúcar refinado figura entre os itens que mais têm contribuído para a elevação da taxa de inflação.  Só na cidade de São Paulo, por exemplo, o preço do açúcar subiu 10,29[%] entre 8 de novembro e 7 de dezembro, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No mesmo período, o etanol combustível ficou 2,04[%] mais caro.
O presidente da Unica, Marcos Sawaya Jank, prevê que o setor crescerá acima de 5[%]. Ele anunciou que, em 2011, os usineiros podem entrar com uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o protecionismo dos Estados Unidos, que concede subsídio à produção interna de etanol feito à base de milho, dificultando a entrada do produto brasileiro.
Fonte: Portal Jornal a Cidade

USINAS DO SUL DO PAIS ENCERRAM A SAFRA COM PREÇOS SATISFATÓRIOS

Produto atendeu expectativa de toda cadeia produtiva; preço da saca de 50 [kg] de açúcar subiu 45[%] entre abril e novembro.
Praticamente encerrada, a safra 2010/2011 de cana-de-açúcar deu bons dividentos para toda a cadeia produtiva que envolve o setor - desde o produtor até as usinas de açúcar e as destilarias de álcool.   No Paraná, a produção atingiu 3 milhões de toneladas de açúcar e 2 bilhões de litros de etanol, sendo que ambos os produtos estão sendo bem remunerados, tanto no mercado interno quanto para exportação

Segundo informações do Departamento de Economia Rural da Secretaria do Estado de Agricultura e Abastecimento (Deral/Seab), o preço médio da tonelada de cana-de-açúcar saltou de R$ 32,22 para R$ 37,78 no último ano, um aumento de pouco mais de 17[%].  A elevação do preço envolve três fatores: o ajuste do setor produtivo nos dois últimos anos, o aquecimento do mercado internacional no que diz respeito ao açúcar e uma certa restrição ao clima, já que havia expectativa de estiagens ''Os problemas envolvendo o clima acabaram não se confirmando, tivemos chuvas regulares Para o produtor está sendo muito bom'', explica Disonei Zampieri, coordenador sucroalcooleiro do Deral
Os preços médios nominais no que diz respeito às indústrias do Paraná e São Paulo apontam que o litro do álcool anidro (com até 1% de água e pode ser usado na gasolina) na destilaria subiu de R$ 0,88 em abril para R$ 1,19 em novembro, o que representa um aumento de 39 [%].    Já o hidratado (utilizado como combustível) saltou de R$ 0,74 para R$ 1,05 no mesmo período, um crescimento de 42 [%].
O açúcar foi o produto que teve maior alta.   Em abril, a saca de 50 [kg] estava sendo comercializada a R$ 52,41 e no mês passado atingiu R$ 75,61, uma elevação de 45[%].  ''O etanol tem mercado doméstico, já para o açúcar são feitos contratos de médio prazo com empresas internacionais'', pontua Zampieri
A demanda do exterior potencializou quando países como Austrália, China e Índia, grandes produtores de açúcar, passaram por problemas climáticos nos últimos anos.   O principal foi com a Índia, que tem elevada produção juntamente ao Brasil.
No Paraná, a exportação via Porto de Paranaguá no ano passado atingiu 2,2 [milhões de toneladas de açúcar], um número bem representativo comparado à produção do Estado.  ''Boa parte do açúcar produzido no Mato Grosso, São Paulo e Paraná é exportado.   Na safra passada, a produção foi bem similar à deste ano, com 3,2 [milhões de toneladas de açúcar] e 2,1 [bilhões de etanol]'', complementa Zampieri.
Fonte: Portal Folha de Londrina

USINAS REFORÇAM A PRODUÇÃO PARA ATENDER AS INDÚSTRIAS QUÍMICAS

Os principais grupos sucroalcooleiros do Brasil estão reforçando sua produção para atender as indústrias químicas. A retomada de importantes projetos de grandes companhias, como a Dow Chemical e Solvay Indupa, para a produção de resinas verdes a partir do etanol, tem levado empresas como Cosan, Copersucar e São Martinho a rever suas estratégias para abocanhar maior fatia nesse mercado.
A Cosan, maior companhia sucroalcooleira do país, está sendo sondada por grupos químicos para possíveis parcerias nesse setor. A empresa já tem fechado contrato de fornecimento com a petroquímica Braskem , para um volume de cerca de 175 milhões de litros anuais de álcool voltado para a produção de polietileno (PE) da fábrica de Triunfo (RS). "Esse mercado está em franco crescimento e remunera mais que o álcool carburante", afirmou Pedro Mizutani, presidente da Cosan Açúcar, Álcool e Energia.
Com 23 usinas em operação, pelo menos metade das unidades da companhia já está adaptada para atender a esse mercado, disse o executivo. "Atualmente 10% da nossa produção,  estimada em 2,5 bilhões em Nov/2010, é destinada para essas indústrias, mas pode chegar até 15%", disse. "Temos sido procurados por empresas para futuras parcerias, mas não temos nada fechado ainda."
A companhia belga Solvay informou ao Valor que vai retomar o projeto de construção de uma fábrica de etileno, a partir da rota do etanol, de 60 mil [toneladas/ano], para produzir PVC "verde". Esse projeto foi interrompido em 2008, por conta da crise financeira global. Para viabilizar essa unidade, a empresa tinha fechado contrato com a Copersucar para o fornecimento de 150 milhões de [litros/ano] de etanol para a fábrica de Santo André, na Grande São Paulo. Segundo a companhia, esse etanol será utilizado para substituir a nafta na produção de PVC. Os estudos para implementar o projeto foram retomados e estão em fase final, informou a multinacional.
Segundo Paulo Roberto de Souza, principal executivo da Copersucar, nessa safra a companhia deverá negociar 350 milhões de litros de etanol para uso industrial. "O contrato da Solvay, quando a unidade estiver em operação, adicionará 140 milhões de [litros/ano]", disse.
A Dow Chemical informou, que também está retomando seu projeto de produção de plástico verde no Brasil, com investimento superior a US$ 1 bilhão.
A primeira empresa a colocar em operação uma unidade de resina termoplástica "verde" no país foi a Braskem. A fábrica de Triunfo entrou em operação em setembro e a companhia fechou contrato com diversas usinas para o fornecimento de 700 milhões de [litros de etanol/ano] para atender essa demanda. A petroquímica deverá definir a construção de sua segunda fábrica, desta vez para produzir polipropileno (PP) verde também a partir de fontes renováveis.
A substituição de nafta por etanol não é exatamente uma novidade no Brasil. A rota do etanol já é conhecida pelas indústrias químicas, mas a forte oscilação dos preços do petróleo e o apelo "verde" no mercado internacional têm levado as indústrias a rever seu modelo de produção. "Com esse novo apelo no mercado e a “expertise” do Brasil em energia renovável, a expectativa é de que a produção de etanol voltado para as indústrias químicas dobre em 2011", afirmou Júlio Maria Martins Borges, presidente da JOB Informação & Resultado.
“A produção de plástico verde a partir do etanol tornar-se viável com o petróleo a partir de US$ 80 o barril. Se não ocorrer nenhuma turbulência macroeconômica, a expectativa é de que o petróleo fique nos patamares de US$ 100 o barril." Completa Borges.

O mercado de álcool químico no Brasil deve movimentar cerca de 2,5 bilhões de litros, incluindo as exportações. "Esse volume poderá ultrapassar os 3 bilhões de litros em 2011", disse Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar). Segundo Rodrigues, as exportações de etanol, incluindo o combustível, deve encerrar 2010 em torno de 1,5 bilhão de litros. "Deste total, cerca de 80% são de etanol voltados para indústrias químicas e farmacêuticas." Países asiáticos, como Japão, e a União Europeia são os principais consumidores desse produto.
Com contrato de longo prazo com a japonesa Mitsubishi, o grupo São Martinho, de Pradópolis (SP), também está reforçando sua atuação no segmento. Até há poucos meses, a trading era acionista da usina Boa Vista (GO). Com a venda de sua participação nessa unidade, a companhia japonesa mantém o contrato de compra, mas a unidade Iracema, instalada em Iracemápolis (SP), passou a fornecer o etanol para a multinacional. "Hoje cerca de 5% de nossa produção, de um total de 600 milhões de litros em Nov/2010, de etanol é voltada para esse segmento. Antes, a fatia era bem menor", afirmou Fábio Venturelli, principal executivo da São Martinho.
Fonte: Portal BIOCANA

sábado, 11 de dezembro de 2010

COM OFERTA DE COMPRA DE 40% DA ETH, PETROBRAS CAMINHA PARA SER A PRIMEIRA NO SETOR AÇÚCAR / ETANOL

Para manter posição no mercado de combustíveis de cana-de-açúcar, e ganhar terreno, frente as multinacionais Shell e BP, a Petrobras fez oferta para compra de 40% da Empresa ETH Bioenergia, do grupo de Odebrecht, com valores na ordem de R$ 3,0 bilhões. Com isso a estatal espera ganhar posições no mercado de açúcar e etanol, hoje liderado pelo grupo Cosan, empresa que adquiriu a Esso no Brasil e tornou-se sócia da Shell.
Em outubro/10, a Petrobras Distribuidora e a Petrobras Biocombustível, subsidiárias da Petrobras, anunciaram contrato com a Açúcar Guarani no valor de R$ 2,1 bilhões para fornecimento de até 2,2 bilhões de litros de etanol em quatro anos. O contrato é parte da parceria estratégica firmada em abril entre a Tereos Internacional, da qual a Guarani é subsidiária, e a Petrobras Biocombustível.  À época, a Petrobras disse em comunicado que o objetivo da parceria era "acelerar seu crescimento na indústria brasileira de etanol, açúcar e bioenergia". - Leia mais aqui
A ETH tem planos de investimentos até 2012 na ordem de R$ 3,5 bilhões, ano que todas as nove usinas do grupo deverão estar em operação, totalizando uma capacidade operacional de 40 milhões de toneladas/ano, e com plano de cogeração da ordem de 2700 [GW/h ano], e produção de 3 milhões de litros de etanol.
A ETH havia adquirido 65% das ações da Brenco, grupo que passava por dificuldades financeiras. Com a aquisição passou à segundo lugar no “ranking” da produção nacional do mercado de açúcar/etanol .
Esta não é uma operação inédita para as duas empresas. A Odebrecht, controladora da Braskem, que é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. - Leia mais aqui -  que tem a Petrobras como sócia neste empreendimento,  adquiriram também a  Quattor, firmando posição no setor petroquímico e criando uma gigante nesta área. A Braskem recentemente inaugurou com sua sócia estatal, a fábrica de plástico verde, resina plástica produzida a partir da cana-de-açúcar, na unidade de Triunfo (RS) – leia mais aqui -
No setor de combustíveis de cana-de-açúcar, já haviam firmado acordo para a construção do álcoolduto – leia mais sobre o álcoolduto aqui – um negócio no valor de R$ 4 bilhões.
Com este aporte de 40%, a ETH espera sanar parte de sua dívida, incorporada na aquisição da Brenco, e alavancar, com sua parceira, para ser  a número 1 neste setor.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

GRUPO FARIAS NEGA VENDA A US. SÃO JOSÉ, EM PIRACICABA

Embora cortejado por várias empresas, o grupo Farias afirma que não fechou a venda da Usina São José, localizada no Estado de São Paulo, a 15 quilômetros de Piracicaba. "A Usina São José possui um valor estratégico muito grande e seria preciso uma oferta que cobrisse esse valor", afirmou o presidente do grupo Farias, Eduardo Farias.
O executivo negou que a Usina São José tenha sido vendida para a Cosan S.A., conforme publicou o Estado ontem, a partir de fontes ouvidas pela Agência Estado. Mas ele não descarta uma negociação a um "preço justo".
Segundo Farias, a localização da Usina São José é privilegiada, próxima ao Porto de Santos e ao terminal da Petrobrás em Paulínia. "Somos procurados continuamente por empresas que querem ser parceiras, mas no momento não existe uma negociação em andamento", disse.
A Usina São José possui uma capacidade instalada de moagem de 1,3 milhão de toneladas de cana. Nesta safra, a moagem atingiu em torno de 900 milhões de toneladas.
Com usinas nos Estados de São Paulo, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Norte, o total de cana-de-açúcar processado pelo grupo Farias nesta safra deve atingir cerca de 9 milhões de toneladas.

Construção. O executivo afirma que a empresa começará a construção de uma nova usina na cidade de Taquarituba (SP) na próxima segunda-feira, dia 13. O projeto vem enfrentando três anos de adiamentos. Hoje, a cana plantada na região está sendo vendida para terceiros ou processada em outras unidades. Farias informou que o principal motivo para o atraso no projeto foi a crise financeira.
"Tínhamos uma associação com o grupo Vrec, que detinha 49,9% do projeto, mas o grupo saiu depois da crise e agora temos 100%", explicou.Fonte: Portal OESP

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

BIOCOMBUSTÍVEL MAIS LIMPO

O processo de produção do etanol resulta atualmente em uma série de resíduos tóxicos que, caso sejam lançados no meio ambiente, podem causar graves impactos ecológicos. Mas, em um futuro próximo, por meio de novas tecnologias geradas em áreas como a biotecnologia e genômica, será possível eliminar ou transformar, nas próprias usinas de etanol, os poluentes emitidos.
A estimativa é de Bram Brouwer, professor associado da Universidade Livre de Amsterdã e cientista-chefe da Bio-base Ecologically Balanced Sustainable Industrial Chemistry (Be-Basic).
“Estamos aprendendo como as indústrias de biocombustíveis, de química fina e de novos materiais podem diminuir a geração de poluentes ou convertê-los em novos produtos. Mas são tecnologias que levarão pelo menos de cinco a dez anos para serem desenvolvidas”, disse no Workshop on Environmental, Social and Economic Impact of Biofuels, realizado em 25 de novembro pelo programa FAPESP de Pesquisa em Bionergia (BIOEN) e pelo Be-Basic.
O Be-Basic é um consórcio público-privado formado pelas principais universidades, instituições de pesquisa e indústrias holandesas e voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias para produção de bioquímicos, biomaterias e biocombustíveis.
Uma das tecnologias que estão sendo estudadas no âmbito do Be-Basic é o desenvolvimento de biocatalisadores (aceleradores de reação biológicos), como microrganismos e enzimas.
O consórcio tem um programa totalmente voltado para a identificação de enzimas como a dealogenase, com potencial de eliminar poluentes recaciltrantes orgânicos – compostos que não são degradáveis ou levam muito tempo para serem degradados – no solo.
“Potencializando essas enzimas, será possível utilizá-las para eliminar tais poluentes do solo e melhorar processos como o de biorremediação”, afirmou Brouwer, referindo-se ao processo em que são utilizados microrganismos ou suas enzimas para degradar compostos poluentes e recuperar áreas contaminadas.
Outra linha de pesquisa do consórcio é o monitoramento dos impactos ambientais das substâncias químicas utilizadas por indústrias em seus processos industriais. Segundo Brouwer, entre as mais de 100 mil substâncias químicas utilizadas hoje em processos industriais ou em produtos finais, 98% nunca passaram por uma avaliação de segurança.
Conhecer melhor essas substâncias, de acordo com o cientista, envolveria a realização de inúmeros testes com animais, o que, além de ser muito oneroso, não seria aceitável do ponto de vista ético.
“Há um grande esforço em andamento para descobrir métodos alternativos ao uso de animais nas pesquisas. Hoje, temos cerca de seis novos testes em fase final de validação, mas o processo de aprovação é muito lento e pode levar até cinco anos”, disse.
Programa educacional
Para gerar e difundir as novas tecnologias geradas pela biotecnologia e a genômica e que podem ter aplicações no setor de biocombustíveis, de química fina e novos materiais, o Be-Basic instituiu um programa educacional, composto por cursos voltados para estudantes de graduação ao pós-doutorado e publicações para alunos do ensino médio.
“Pretendemos capacitar os cientistas a utilizar novas tecnologias e estimular estudantes de ensino médio a optar por carreiras relacionadas à biologia”, disse Janneke van Setters, coordenadora do programa.
Durante a visita ao Brasil para participar do evento realizado pelo BIOEN, os representantes do consórcio assinaram um memorando de entendimento com a FAPESP para o lançamento de futuras chamadas de propostas de projetos colaborativos de pesquisa entre pesquisadores de instituições públicas ou privadas no Estado de São Paulo e cientistas associados ao Be-Basic.
Os projetos de pesquisa devem colaborar para desenvolver competências científicas e tecnológicas, promover alianças estratégicas para o desenvolvimento científico e tecnológico, estimular a disseminação do conhecimento e gerar resultados que tenham potencial para aplicações com valor de mercado nas áreas de interesse da FAPESP e do Be-Basic.
Mais informações sobre o acordo entre FAPESP e Be-Basic: www.fapesp.br/acordos/bebasic

Fonte: Portal FAPESP - Por Elton Alisson

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

MAIS CAMINHOS PARA O ETANOL BRASILEIRO

O Brasil deu um salto fundamental e inédito para transformar o etanol em commodity internacional e possibilitar a difusão do produto pelos principais mercados do mundo, como EUA e Europa. Em novembro, depois de dois anos de análises, 30 laboratórios internacionais deram o aval técnico a padrões de medição de etanol e biodiesel produzidos em conjunto pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o National Institute of Standards and Technology (Nist), dos EUA. Essa espécie de "etanol universal" servirá de parâmetro para a comercialização do álcool combustível no mundo.
Trata-se de uma preocupação antiga do Brasil, líder no setor de biocombustíveis, que quer incentivar a produção e popularizar o etanol como combustível, mesmo misturado à gasolina. O etanol produzido em Caribe, África, EUA e Brasil, por exemplo, poderá ser analisado sob os mesmos padrões.
Tais padrões, os Materiais de Referência Certificados (MRCs), garantem que os resultados das análises químicas possam ser rastreados, assegurando a qualidade do biocombustível, fundamental para que o produto tenha credibilidade.   “O Brasil saiu na frente e tem liderança mundial em metrologia na área de biocombustíveis. Os MRCs auxiliam na melhoria e na qualidade do produto e servem de ferramenta em questões relativas ao comércio internacional. Mesmo que os biocombustíveis ainda não sejam reconhecidos como commodities, já são comercializados como tal”  disse João Jornada, presidente do Inmetro.
Ele lembra que uma montadora de automóveis na Alemanha ou nos EUA, por exemplo, poderá usar esse padrão para desenvolver motores confiáveis para seus mercados, que exigem qualidade. Ao longo dos últimos cem anos, diz Jornada, os motores a gasolina foram sendo melhorados.
No caso dos biocombustíveis, o prazo será mais curto. O próximo passo será produzir testes portáteis da qualidade do etanol, para serem feitos em usinas, distribuidoras e transportadoras.
Nos últimos dez anos, o interesse pelo biocombustível vem crescendo em todo mundo e tende a se fortalecer. Esse fenômeno já se reflete na balança comercial: a receita com exportações de álcool deu um salto de 3.750% entre 2000 e 2009, passando de US$34 milhões para US$1,338 bilhão.
Para permitir as análises em qualquer laboratório do mundo, o Inmetro já tem prontas e em estoque cinco mil ampolas de dez mililitros desse "etanol universal", cujo kit de cinco unidades custa R$ 230,00. Segundo Romeu Daroda, coordenador de biocombustíveis da Diretoria de Metrologia Científica, a produção deverá ser elevada. Esse etanol universal poderá ser usado independentemente da origem do produto, como milho, celulose, beterraba ou cana de açúcar.   Os testes do etanol foram chamados de Projeto Biorema, que avaliou a capacidade de identificação de dez elementos presentes no etanol, como teor de água, presença de metanol, sódio e acidez. “Afinal, não existe etanol 100% puro.  Alguns têm mais água que outros, por exemplo, o que pode prejudicar sua adição à gasolina. Os resultados foram lineares, mesmo utilizando metodologias diferentes para ensaios, e muito satisfatórios” completa Daroda.
A padronização do etanol também protegerá o Brasil de barreiras técnicas, usadas por determinados países, para impedir a comercialização e a competição. A indústria de açúcar e álcool brasileira garante que tem condições de atender a toda a demanda internacional.

Fonte: Portal UNICA

CONSTRUÇÃO DE ESTALEIRO PARA TRANSPORTE DE ETANOL POR HIDROVIA

Foi anunciada a construção de um estaleiro em Araçatuba (SP) para fabricar embarcações destinadas ao transporte de etanol pela hidrovia Tietê-Paraná. O contrato foi assinado em 23/11 e contempla a construção de 80 barcaças e 20 empurradores. Estes serão o complemento da nova frota da Transpetro, uma subsidiária da Petrobras que administra o estaleiro e o transporte de combustível.
Ao custo de R$ 239 milhões, com entrega programada para final de 2011 e início de operação em 2013, estima-se transportar 4 bilhões de litros de etanol por ano.
A hidrovia levará o etanol produzido nas regiões Centro-Oeste e Sudeste para a refinaria em Paulínia (SP), partindo daí, por meio do álcoolduto a terminais de São Sebastião (SP) e Ilha D'Água (RJ).
Durante a construção serão gerados aproximadamente 500 empregos diretos, com uma demanda operacional média de 300 homens.
O destaque fica pela conta da Transpetro que estima substituição de 40 mil viagens de caminhão por ano, equivalente a 25% da emissão de gás carbônico e consumo de combustível 20 vezes menor.
LEIA MAIS SOBRE ALCOOLDUTO - AQUI 
Fonte: Folha S.Paulo

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

PIRACICABA (SP) GANHA LABORATÓRIO DE CANA-DE-AÇÚCAR

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo inaugurou nesta segunda-feira (29/11), em Piracicaba (SP), o novo Laboratório de Análise Tecnológica de Cana-de-Açúcar “Dr. Paulo Rogério Palma de Oliveira” do Polo Regional Centro Sul, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
Segundo a Apta, o laboratório viabilizará o desenvolvimento de pesquisas de melhoramento e fitotecnia de cana-de-açúcar, permitindo análises mais precisas da qualidade do produto, e será voltado à produção de mudas desenvolvidas por meio de células em cultura de tecidos e de novas variedades por meio de biologia molecular.
Entre os principais resultados das pesquisas já realizadas no Polo Centro Sul destaca-se o lançamento de uma variedade de cana-de-açúcar em parceria com o Instituto Agronômico (IAC), especificamente para a região de Piracicaba e para solos pouco férteis.
Outros resultados relevantes foram a criação de recomendações sobre adubação e o uso seguro de resíduos da agroindústria canavieira, como a vinhaça e a torta de filtro, com o objetivo de aumentar a produtividade da cana, sem prejudicar o ambiente.
Em outras culturas, as pesquisas desenvolvidas no Polo possibilitaram o desenvolvimento de técnicas e metodologia voltadas à produção orgânica de hortaliças e plantas medicinais e estudos de pós-colheita de hortaliças, entre outros resultados.
Mais informações: www.aptaregional.sp.gov.br/
Fonte: portal FAPESP

ETANOL ESTÁ MAIS COMPETITIVO QUE A GASOLINA EM 6 ESTADO DO BRASIL

Foi mais vantajoso abastecer com etanol, na comparação com a gasolina, nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Tocantins, na semana entre os dias 21 e 27 de novembro, conforme levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O
etanol subiu moderadamente na semana, com preço médio de R$ 1,754 por litro, no comparativo com a semana anterior (R$ 1,747 por litro), alta de 0,4% no país. Enquanto isso, na Bahia, no Ceará, em Pernambuco e Rondônia foi indiferente o uso de etanol ou gasolina na semana passada.
Em Goiás, o 
etanol combustível esteve custando 62,5% do preço da gasolina na quarta semana de novembro; no Mato Grosso, representou 65,6% do preço da gasolina; em Mato Grosso do Sul, 67,4%; no Paraná, 66,9%; em São Paulo, 64,89%; e em Tocantins, 68,2%.
O estado de São Paulo, maior produtor, apresentou o
etanol mais barato, com o litro custando R$ 1,597, em média, e também o preço mínimo no país, a R$ 1,219 por litro. Em relação à semana anterior, quando registrou preço médio de R$ 1,592 por litro em São Paulo, houve elevação de 0,31%.
Para conferir se vale à pena abastecer com
etanol, o consumidor tem que fazer uma conta simples: dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for menor que 0,7, é mais vantajoso utilizar o etanol.
Fonte: Portal UDOP

sábado, 27 de novembro de 2010

TRANSPORTE DE ETANOL POR FERROVIA CRESCEU 10%

O volume de etanol transportado por meio do modal ferroviário na região de Araçatuba deve encerrar o ano com crescimento de 10%, conforme previsão divulgada pela ALL (América Latina Logística).
De acordo com a empresa, devem ser transportados neste ano aproximadamente 140 mil metros cúbicos de etanol oriundos dos dois centros coletores existente na região - Andradina e Araçatuba. Em 2011, a companhia espera crescer 40% a captação de combustível nesses terminais, chegando a transportar pro trilhos 200 mil metros cúbicos no ano.
O etanol coletado na região tem como destino a Replan (Refinaria de Paulínia), cujo trajeto leva três dias e resulta em vantagens econômica e ambiental. O transporte ferroviário tem um custo 20% menor em relação ao transporte rodoviário e cada vagão substitui até três caminhões. As locomotivas para o transporte do etanol possuem 40 vagões.
O escoamento do etanol produzido pelas usinas da região por meio do transporte ferroviário foi possível com a parceria inédita entre a ALL, as distribuidoras que compõem o Sindicom (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustível) e Usinas.
Anunciado em agosto de 2008, o projeto previa investimentos de R$ 104 milhões na instalação de centros coletores no interior do Estado de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estrutura de descarga ferroviária em Paulínia e aquisição de vagões-tanque, viabilizando nova e competitiva opção logística para empresas do setor sucroalcooleiro.
O projeto é composto de 11 centros coletores, sendo dois deles na região de Araçatuba e Andradina. O investimento em Araçatuba é do grupo Cosan, que ampliou o projeto de centro coletor para a construção de um terminal de distribuição de combustíveis.
Fonte: Portal e-usinas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ETANOL CELULÓSICO

Uma equipe do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas, desenvolve uma nova estratégia de aproveitamento da palha e do bagaço, descartados na produção do biocombustível. O novo método tem como base a utilização do plasma e pode aumentar em até 40% a produção de álcool. O projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Com a técnica, o aumento da produção brasileira do etanol sem a necessidade de alterar a extensão das plantações de cana-de-açúcar pode está muito próximo.
A obtenção do álcool celulósico é conhecida e já foi utilizada na Segunda Guerra Mundial. Mas o produto não chegou ao mercado por ser obtido por meio de processos caros. O desafio dos pesquisadores é tornar a extração mais barata.  De acordo com o pesquisador e coordenador do projeto, Marco Aurélio Pinheiro Lima, do CTBE, existem dois métodos conhecidos capazes de decompor a celulose, mas eles ainda são economicamente inviáveis para os produtores.
“Um dos processos é o químico, no qual são utilizados ácidos para quebrar as ligações químicas e libertar os açúcares existentes na palha e bagaço”, explica Lima. O outro, segundo o pesquisador, é biológico. Neste, são utilizadas enzimas encontradas nos aparelhos digestivos de cupins e animais ruminantes para decompor as moléculas. “Nesse método, a gente aprende com a própria natureza maneiras de quebrar a celulose para libertar esses açucares e produzir mais etanol”, afirma Lima.
Além de já trabalhar em pesquisas com os métodos químicos e biológicos, o CTBE é pioneiro em uma nova vertente, que é liberação de açúcares da celulose por meio de bombardeio de cargas elétricas geradas por plasma, gás ionizado considerado o quarto estado da matéria. Segundo Lima, esta seria a forma física de obtenção do etanol de segunda geração e, com estudos futuros pode se tornar uma das mais econômicas.
Com o plasma é possível controlar parâmetros como pressão e quantidade de energia para que essa descarga elétrica arrebente as moléculas com cuidado e de forma seletiva. “O que o laboratório está fazendo é desenvolvendo essa estratégia e aprendendo como o plasma pode nos auxiliar a quebrar de maneira controlada elementos do bagaço e da palha para o aumento da produção de etanol”, explica.
Para o desenvolvimento do projeto, o CTBE tem um laboratório e uma equipe, sob a supervisão do físico experimental responsável Jayr Amorim Filho. “Eles já estão submetendo o bagaço e a palha ao plasma e estudando o quanto conseguem controlar as reações químicas a partir disso. É uma pesquisa que está iniciando, mas é muito promissora por diversos motivos”, diz Lima.
LEIA MAIS SOBRE O ETANOL CELULÓSICO, AQUI
LEIA MAIS SOBRE O LAB. NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO BIOETANO,   1  /  2  /  3
Fonte: Portal Jales Machado

UNESP E PETROBRAS INAUGURAM CENTRO COM ÊNFASE NO PRÉ-SAL

Crédito da foto: UNESP
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Petrobras inauguraram, nesta terça-feira (23/11), no campus de Rio Claro, o edifício do Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo (Unespetro), que atuará na formação de especialistas e no desenvolvimento de pesquisas, com ênfase em rochas carbonáticas – que formam a camada pré-sal e outros importantes reservatórios petrolíferos brasileiros.
Com 2 mil m² de área útil, foram investidos inicialmente R$ 10,5 milhões para construção do prédio e compra de equipamentos e mobiliário. Do valor total, cerca de R$ 9,2 milhões são vinculados à Rede Tecnológica da Petrobras e R$ 1,3 milhão corresponde à contrapartida da Unesp, que responde também pela contratação de professores e servidores técnico-administrativos.
“O Unespetro é o primeiro complexo de uma universidade brasileira concebido sob a perspectiva sistêmica para reunir as principais ciências que compõem a geologia sedimentar, tendo como alvo principal as rochas carbonáticas”, disse Dimas Dias Brito, coordenador do centro e professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp em Rio Claro.
O reitor da Unesp, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, destacou a importância do novo centro no âmbito da participação da instituição nos esforços para o desenvolvimento científico e tecnológico, voltado para a melhoria da qualidade de vida, para a conservação ambiental e para a superação das desigualdades sociais.
A criação do Unespetro é uma das principais iniciativas para o desenvolvimento do Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos (SCTC). Esse sistema é resultado de acordo firmado em fevereiro entre a Petrobras, a Unesp e as universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O SCTC visa a avançar o conhecimento de rochas ainda relativamente pouco conhecidas pela indústria e pelo meio acadêmico, sobretudo em relação aos tipos ocorrentes no pré-sal.
Mais informações: www.unesp.br
Leia mais sobre o pré-sal AQUI
Fonte: Portal FAPESP

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DOIS CONSÓRCIOS SE UNEM PARA EXECUTAR ÁLCOOLDUTO

O Consórcio privado PMCC, composto pela Petrobras e Camargo Corrêa, uniu-se ao consórcio privado Uniduto, que  reúne a Cosan, a Copersucar e a Odebrecht, e criaram a empresa que vai construir e administrar o primeiro álcoolduto do Brasil, que terá a princípio 850 [kms] de extensão.
O anúncio foi feito ontem, na cidade de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, pelo presidente do PMCC, Alberto Guimarães. Os dois consórcios, até então eram concorrentes.
O duto que saíra da cidade de Jataí (GO), passará por Uberaba (MG), Ribeirão Preto (SP), Paulínia (SP) e Taubaté (SP), seguindo até o porto de São Sebastião, está orçado inicialmente em R$ 5,7 bilhões, quase um quinto previsto para o custo do trem bala.
A primeira fase de obra está prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2013, ao custo de R$800 milhões. O lançamento simbólico será realizado hoje na cidade de Ribeirão Preto (SP).
Leiam mais sobre o àlcoolduto  1 / 2 / 3

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

BARREIRA DE EXPORTAÇÃO DO ETANOL BRASILEIRO OS EUA, EXPIRA EM 31 DE DEZEMBRO

A presidente eleita Dilma Rousseff  poderá tomar posse com uma boa notícia no setor de comércio exterior: o eventual fim da sobretaxa sobre o etanol (álcool de cana-de-açúcar) que o Brasil exporta para os Estados Unidos, simultaneamente ao fim dos subsídios dos cofres públicos de Washington ao etanol americano. Expira no dia 31 de dezembro, véspera da posse da nova presidente, a legislação tanto sobre a tarifa, pesadíssima – 0,54 cenas de dólar por cada galão (3,78 litros) de etanol brasileiro que entra no mercado dos EUA –, como os subsídios de 6 bilhões de dólares anuais aos agricultores americanos, que já custaram sonoros 45 bilhões de dólares ao Tesouro dos EUA desde que foram instituídos, em 1980.
Até agora o Congresso não tomou providências para renovar a legislação, o que pode acontecer na sessão que começa nesta segunda-feira, dia 15, a chamada sessão “pato manco” (com todos os 435 deputados e 33 senadores em final de mandato, muitos dos quais não se reelegeram).
O grande problema para manter a situação atual será os congressistas que defendem o subsídio acharem 6 bilhões de dólares no estourado orçamento federal americano para justificá-lo.     A comissão bipartidária que o presidente Barack Obama formou para tratar da questão fiscal é, obviamente, contra a extensão ou renovação do subsídio. O ex-senador republicano Alan Simpson, de Wyoming, e o ex-chefe da Casa Civil do presidente Bill Clinton e atual reitor da Universidade da Carolina do Norte, Erskine Bowles, propuseram amplos cortes em programas federais. E recomendaram fortemente que o Congresso “acabe com gastos redundantes, antiquados e inefetivos”.       OS EUA CONSOMEM QUASE 1 MILHÃO DE BARRIS POR DIA — Apesar da força do lobby dos agricultores de milho em Washington, há um crescente consenso de que os subsídios são desnecessários para uma indústria madura e que dispõe de um gigantesco e crescente mercado interno, já que o próprio Congresso dispôs progressivos aumentos no percentual de etanol adicionado à gasolina americana.   Segundo Bruce Babcock, renomado professor de Economia Agrícola da Universidade de Iowa – estado situado justamente no coração do “Cinturão do Milho” americano –, “a produção de etanol e a demanda doméstica por milho continuarão a crescer, com ou sem os subsídios ou a sobretaxa”.  
Além do mais, o fim das tarifas de importação reduzirá o preço dos combustíveis para os consumidores e aumentará a diversidade de fontes de energia do país e o acesso a fontes energéticas mais limpas, como o álcool de cana-de-açúcar.
Os EUA consomem o equivalente a 350 milhões de barris de etanol por ano, quase 1 milhão diários, e menos de 10% do total são importados do Brasil. O fim da legislação protecionista pode abrir de vez esse gigantesco mercado ao álcool brasileiro
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Fonte: Portal Biocana

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ETH BIOENERGIA INAUGURA NOVA UNIDADE

Crédito da foto: Guilherme Afonso - odebrechtonline.com.br
Na próxima quinta-feira (18/11), a ETH Bioenergia inaugura a primeira unidade no Estado do Mato Grosso, a Unidade Alto Taquari, localizada no município com o mesmo nome. Essa é a sétima unidade produtora de etanol e energia elétrica da ETH Bioenergia.
Após a solenidade, o presidente da empresa, José Carlos Grubisich, falará com a imprensa sobre a empresa, as expectativas de produção e sua importância na estratégia de negócios da ETH e no crescimento econômico da região.
Na ocasião estarão presentes o governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, e representantes da ETH e seus acionistas.
Controlada pela Odebrecht, a ETH Bioenergia atua de forma integrada na produção, comercialização e logística de etanol, energia elétrica e açúcar. Com investimento total de R$ 7,3 bilhões, a ETH tem como objetivo ser a líder em bioenergia com a produção de 3 bilhões de litros de etanol e 2.700 Gwh/ano de energia elétrica a partir da cana de açúcar.
Leia mais sobre a ETH 0 / 1 / 2 / 3
Fonte: Portal TN Petroleo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

QUÍMICA VERDE

Cinco pesquisadores contratados por uma empresa. Essa foi a boa experiência vivida dentro do grupo do professor Gonçalo Guimarães Pereira, do Departamento de Genética, Evolução e Bioquímica do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Foram duas pós-doutorandas, dois doutorandos e um mestre que passaram a ser funcionários da Braskem, empresa brasileira que é a oitava petroquímica do mundo e quer adotar uma produção sustentável, com produtos, no caso insumos para a indústria de plásticos, fabricados pela via da biotecnologia utilizando fontes renováveis, principalmente cana-de-açúcar, e microrganismos.
“De repente fiquei sem alunos”, brincou Pereira, que coordena o projeto “Rotas verdes para o propeno”, do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, realizado por sua equipe e pela Braskem com investimento total de R$ 8 milhões, sendo a metade da Fundação. “Tivemos bons resultados ao longo de três anos e produzimos duas patentes. Mas nosso papel na universidade não é produzir tecnologia, é fazer ciência alinhada com a tecnologia futura.”  Ele explica que a empresa queria ser líder em uma tecnologia desconhecida e ela foi buscar conhecimentos novos na universidade, onde a missão é de ter ideias e liberdade criativa. Para viabilizar as soluções encontradas no projeto PITE, que ainda não podem ser reveladas, a Braskem fez um acordo com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), um dos três laboratórios associados do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), junto com o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e o Centro de Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas, no interior paulista. O convênio assinado com o LNBio prevê o estabelecimento da Plataforma Biotecnológica Braskem, num espaço alugado pela empresa dentro da instituição.
“Com isso, a empresa se vale da instrumentação e do conhecimento dos nossos pesquisadores em áreas da biologia molecular e estrutural, importantes para o aprofundamento científico necessário no atual estágio do projeto”, disse o professor Kleber Franchini, diretor do LNBio, entidade que atende a comunidade acadêmica, além de demandas pontuais de empresas.
“O laboratório Braskem estabelecido no LNBio é um ambiente entre o caos da universidade e a rigidez da empresa para que a tecnologia possa, junto com os nossos ex-alunos recém-contratados, amadurecer antes de ser incorporada pela companhia”, disse Pereira.
Os cinco alunos contratados pela Braskem que vão trabalhar no LNBio são as pós-doutorandas Joahana Rincones Perez e Inês Lunardi, os doutorandos Maria Carolina de Barros Grassi e Lucas Pedersen Parizzi e o mestre Felipe Galzerani. Todos tiveram bolsa da Braskem. A perspectiva é que o número de pesquisadores cresça.

Saiba mais sobre o Laboratório Nacional de Biociências AQUI
“Queremos dentro de dois ou três anos, conforme o avanço das pesquisas, ter 40 pesquisadores da Braskem dentro do LNBio. Não tínhamos na empresa competência em biotecnologia e a maneira de obtê-la foi fazer a parceria com a Unicamp e a FAPESP”, disse Antônio Queiroz, diretor de tecnologia da empresa.
Em sinergia com o trabalho desenvolvido, a Braskem firmou um convênio com a Novozymes, multinacional dinamarquesa que desenvolve enzimas para processos industriais. 

 
Leia mais sobre a NOVOZYMES AQUI
A Braskem, que inaugurou recentemente no Rio Grande do Sul uma fábrica de eteno derivado de etanol, matéria-prima para a fabricação de um tipo de plástico de largo uso, o polietileno, como em brinquedos e utilidades domésticas, quer investir cada vez mais em química de matéria-prima renovável.


Leia mais sobre a produção de plástico verde a partir do etanol AQUI
“Agora estamos investindo nas rotas biotecnológicas. Queremos ser a empresa líder no mundo em química sustentável tanto em produtos renováveis como em produtos petroquímicos [origem das matérias-primas para plásticos] que na produção consumam menos água, energia e emitam menos CO2 ou ainda que ajudem a capturar esse gás da atmosfera”, disse Queiroz.   Segundo ele, para atingir esse patamar é preciso profissionais bem formados nessa área. “O aspecto de maior valor da parceria com a Unicamp e a FAPESP foi a formação de recursos humanos. Esse processo mostra que estamos diante de um novo modelo de interação universidade-empresa para geração de tecnologia e contratações de nível qualificado. Sabemos que no mundo a maior parte das pesquisas é feita nas empresas, mas não dá para a empresa surgir do nada. Mesmo em países como os Estados Unidos, é preciso começar na universidade com ideias inovadoras”, disse.
Fonte: Portal FAPESP - Marcos de Oliveira

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

7 ª BIENAL INTERNATIONAL VALVE WORLD CONFERENCE & EXHIBITION 2010

De 30 de Novembro a 02 de Dezembro

7 ª Bienal Internacional Valve World Conference & Exhibition 2010 será  anfitriã da feira mais importante para a tecnologia de válvulas, a partir de 30 novembro até  2 dezembro de 2010, em Düsseldorf, na Alemanha. 
A Leser estará com seu estande, exibindo toda linha dos seus produtos, marcando presença no Valve World. Além da gama de produtos padrão LESER, o estado da arte em válvulas de segurança com mola, estaremos apresentando nosso novo produto, as válvulas de segurança piloto operada
Séries 810, 820, altamente eficiêntes. Visite-nos das 9:30 até 18:00 no recinto da feira de Düsseldorf.


NOVO TIPO DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL É APRESENTADO EM PAULÍNIA - SP

A Butamax Advanced Biofuels, joint-venture criada com a parceria entre as empresas BP e DuPont, apresentou nesta quarta-feira (03/11), em Paulínia, SP, um novo combustível que será produzido no Brasil: o biobutanol, um álcool que pode ser misturado à gasolina em maiores concentrações que o etanol para uso em motores convencionais. “Será uma tecnologia complementar ao etanol”, disse Ricardo Vellutini, presidente da DuPont do Brasil.
O novo combustível pode ser gerado dos mesmos materiais usados na elaboração do etanol e, desde 2004, cerca de 100 cientistas da Butamax estudam a sua eficiência a partir da cana-de-açúcar, milho, trigo e soja. Uma das diferenças entre os dois produtos está no fato de o biobutanol ter um conteúdo de energia mais próximo ao da gasolina (mais de 90%) do que o etanol (que tem cerca de 60%), e por isso pode ser adicionado em maior volume à gasolina convencional.
Para avançar nas pesquisas a partir da cana-de-açúcar, a Butamax instalou um laboratório em Paulínia, SP. “A iniciativa visa acelerar o processo de produção em escala comercial do biobutanol no Brasil”, disse Tim Potter, CEO da Butamax. A principal diferença química entre os dois combustíveis é que o etanol possui dois carbonos em sua cadeia carbônica, já o biobutanol possui quatro. “O novo combustível gera o dobro de energia renovável por litro de gasolina e não requer qualquer modificação nos automóveis”, diz Vellutini.
Para o executivo, a nova tecnologia agrega valor onde ainda não há infraestrutura para a implantação do etanol. A estimativa da Butamax é de que o Brasil exporte 7,5 bilhões de litros entre 2013 e 2020 (quando o biocombustível começará a ser produzido em escala comercial). A empresa já está negociando a venda da licença de uso da nova tecnologia para usinas brasileiras. “Estas  vão poder produzir etanol para o mercado interno e biobutanol para exportação”, conclui o presidente da DuPont.

Fonte: Portal paulinianews

PETROLÍFERAS AUMENTAM O ASSÉDIO A USINAS DE ETANOL

O apetite cada vez mais intenso das petrolíferas pelo segmento sucroalcooleiro é tido como inevitável pela área produtiva do setor, mas a voracidade das empresas de petróleo surpreendeu as usinas brasileiras.
Para Narciso Bertoldi, diretor comercial do Grupo USJ, as consolidações tornam os combustíveis complementares e não concorrentes. "Em busca de um desenho verde, dois ou três grandes players devem investir com mais voracidade no setor de etanol", prevê Bertoldi.
A mais recente consolidação divulgada ocorreu no dia 25 de outubro, quando a Petrobras Distribuidora e a Petrobras Biocombustível anunciaram uma fusão com a Açúcar Guarani para o fornecimento, em quatro anos, de até 2,2 bilhões de litros de etanol. O montante injetado na parceira foi de R$ 2,1 bilhões.
  Leia mais sobre a fusão AQUI.
De acordo com Cristina Machado, pesquisadora do departamento de agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o mundo tem reconhecido cada vez mais a importância das energias renováveis. "A Petrobras investe em pesquisas para etanol de celulose, que tem contexto com biorefinaria. As petrolíferas vão trazer avanço para o Brasil", afirma.
Para o mercado, o baixo valor de ativos de produção, que torna mais viável a entrada no segmento, comparado aos de energia em geral é o principal atrativo.  A pesquisadora considera ainda que essa tendência de fusão ocorre também devido à economia de escala, com a produção consequentemente maior.
Segundo Machado, as indústrias de etanol brasileiras que são eficientes e competitivas, de acordo com a pesquisadora, não correm o risco de terem seus negócios ameaçados pelas petrolíferas. "Além de aumentar o volume de combustível no mercado, possibilita uma melhora nos preços ao consumidor final. As consolidações podem contribuir para "commoditizar" o etanol", diz.
Levantamento da Datagro e da MBF Agribusiness mostra que em três anos foram realizadas 59 operações, nas quais 100 usinas estiveram envolvidas.
Além da Petrobras com a Açúcar Guarani, Cosan e Shell fecharam acordo de R$ 21,2 bilhões para a criação de duas companhias para distribuição de etanol. 
  Leia mais sobre acordo AQUI.
Além disso, a ETH e a Brenco investiram R$ 5 bilhões na combinação de ativos e criação de nova empresa, na qual a ETH detém 65% de participação. A Bunge injetou R$ 2,6 bilhões na compra de 100% da participação das cinco unidades do Moema, e a Shree Renuka Sugars, com R$ 600 milhões, adquiriu 50,8% de participação da Equipav Açúcar e Álcool.
  Leia mais sobre a aquisição AQUI.
Na safra 2009/2010, o segmento de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade movimentaram R$ 56 bilhões no País.
O aumento de capital estrangeiro também tem contribuído para o avanço da competitividade do setor sucroalcooleiro do Brasil. Ainda de acordo com estudo da Datagro e MBF, hoje a participação de capital estrangeiro no setor corresponde a 25%.
Para Eduardo Chaim, da Dextron Management Consulting, as participações estrangeiras devem avançar na mesma proporção em que as novas indústrias expandirem suas operações.
Segundo o consultor, "As empresas internacionais estão mais bem posicionadas para mostrar o País como fornecedor confiável.

ENTIDADE INTERNACIONAL
A International Ethanol Trade Association (Ietha), organização internacional, ganhou mais um associado: a holandesa North Sea Global Ethanol, trading de etanol, subsidiária do Grupo North Sea.
Segundo Joseph Sherman, diretor-executivo da Ietha, a parceria fortalece a missão da empresa para transformar o etanol combustível em uma commodity.
Fonte: Portal Brasilagro/DCI

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

IPT INAUGURA LABORATÓRIO DE GASES

Agência FAPESP – O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou em (28/10) o Laboratório de Sistemas de Ar Comprimido e Gases (Lasag), desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) com investimento da ordem de R$ 1,1 milhão.
Trata-se da primeira unidade do país voltada a analisar equipamentos e peças utilizadas em sistemas de ar comprimido e transporte de gases, como compressores, filtros, válvulas e secadores, entre outros.
“A indústria, os fabricantes e os hospitais precisavam de um órgão técnico que pudesse caracterizar, por meio de testes e ensaios confiáveis, equipamentos e sistemas de ar comprimido tanto em termos de desempenho do produto como de qualidade do ar”, disse Kazuto Kawakita, diretor do Centro de Metrologia de Fluidos (CMF) do IPT, que abriga o novo laboratório.
Atualmente, os testes desses equipamentos são realizados por empresas contratadas ou pelos próprios fabricantes. “Os testes realizados pelo Lasag terão o diferencial de serem desenvolvidos por um instituto que tem credibilidade comprovada e reconhecimento no mercado”, disse Jayme Bydlowski, presidente da comissão de execução do projeto Lasag.

Fonte: Portal FAPESP.  Mais informações: www.ipt.br

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PREÇO DO AÇÚCAR ATINGE MAIOR NÍVEL EM 29 ANOS

O tempo seco e a queda da produção no Brasil, somado ao recuo nos estoques na Índia, provocaram o encarecimento da matéria-prima
A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil caiu 30% na primeira quinzena de outubro (Eric Taylor/Bloomberg)
A cotação do açúcar negociado no mercado internacional atingiu nesta terça-feira sua maior alta desde 1981, estimulada pelo tempo seco que está afetando a produção no Brasil, maior produtor do mundo.
A perspectiva de que a Índia deverá limitar as exportações do produto com o objetivo de reforçar os estoques do país também colabora para a alta no preço da matéria-prima.
No mercado futuro da Bolsa de Nova York, o preço do açúcar não-refinado para entrega em março registrava alta de 2,28%, para 30,12 cêntimos por libra (medida de peso equivalente a 453,6 gramas), após ter atingido hoje os 30,64 cêntimos – o valor mais alto desde 15 de janeiro de 1981.
Em Londres, o açúcar refinado para entrega em março subiu 2,5% nesta terça-feira, para 753,30 dólares por tonelada. De manhã, chegou aos 755,90 dólares, o patamar mais elevado desde 26 de janeiro de 2009.

Em alta - O preço do açúcar mais do que duplicou após ter atingido em maio deste ano seu menor valor em 13 meses. O encarecimento é gerado por conta dos receios de que as condições atmosféricas adversas possam penalizar a produção no Brasil, Rússia, China e Paquistão.
A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil, maior região produtora do mundo e que concentra 90% de toda a produção de etanol e açúcar do país, caiu 30% na primeira quinzena de outubro devido às chuvas, para 1,5 milhão de toneladas, ficando abaixo das 2,16 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única).
Já na Índia, segunda maior produtora de açúcar do mundo, os estoques da matéria-prima estão abaixo do nível considerado “ótimo” de 10 milhões de toneladas métricas, ficando em apenas 4 milhões de toneladas métricas neste ano, segundo a consultoria Rabobank International.

Fonte : portal VEJA -Marcel Salim

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AMBIENTALISTAS QUESTIONAM AUMENTO DE MISTURA DE ETANOL NA GASOLINA DA ALEMANHA

Berlim planeja dobrar para 10% a taxa de etanol a partir de 2011. Ambientalistas criticam: uso de terras na produção de biocombustíveis resulta em muito mais CO2 do que o economizado no tráfego de veículos.
A partir de janeiro de 2011 será comercializada na Alemanha gasolina com até 10% de bioetanol, no interesse do clima global. O novo tipo de combustível se chamará E10, sendo oferecido paralelamente aos já existentes.
Ao divulgar a decisão em Berlim nesta quarta-feira (27/10), o ministro do Meio Ambiente, Norbert Röttgen, declarou: "Com o aumento do biocombustível de origem vegetal queremos reduzir a emissão de CO2 pelos automóveis e assim também preservar as reservas de petróleo, cada vez mais escassas".
Atualmente, a taxa máxima permitida de etanol na gasolina é de 5%, e o combustível E5 ainda será fornecido na Alemanha até 2013. A introdução do E10 no mercado responde a uma decisão da União Europeia, precisando ainda ser submetida à votação pelo Bundesrat (câmara alta do Parlamento alemão), prevista para meados de dezembro. Porém a aprovação já é dada como certa.

Dúvidas ambientalistas
A confederação ambientalista Nabu (Naturschutzbund Deutschland) expressou reservas quanto à medida. "O balanço ecológico e climático do etanol extraído de plantas ricas em açúcar ou amido é altamente controverso", declarou a organização. As principais fontes do etanol são o milho e a cana-de-açúcar.

"A transformação de florestas, pastos ou terrenos baldios em terras aráveis pode resultar na liberação de muito mais dióxido de carbono do que será mais tarde economizado com os biocombustíveis. Por isso, o E10 é o combustível errado na hora errada."
A Comissão Europeia discute intensamente as consequências negativas do remanejamento de terras para a política de proteção ao clima. Existem grandes dúvidas sobre a capacidade do etanol e do biodiesel de reduzir as emissões de CO2 no tráfego, acrescentou o Nabu.

90% de compatibilidade
A meta de Berlim é que, até 2020, 10% de toda a energia consumida no tráfego provenha de plantas. Durante uma época, os biocombustíveis foram aclamados como elemento essencial para a proteção do clima global.

Em 2008, o então ministro alemão do Meio Ambiente Sigmar Gabriel se empenhou para que fosse adicionada uma maior percentagem de biocombustível à gasolina no país. Mas ele teve que suspender seus planos diante dos temores de que os veículos venham a sofrer danos com a alteração da gasolina.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, 90% dos automóveis movidos a gasolina atualmente em circulação aceitam sem qualquer problema a mistura de 10% de bioetanol. Ainda assim, o ministério recomenda que se confira com a montadora antes do primeiro abastecimento.
Na segunda semana de outubro, o governo norte-americano autorizou a elevação da proporção de bioetanol de 10% para 15%, assegurando que os veículos construídos a partir de 2007 estariam aptos à mudança. No entanto, diversos postos de abastecimento ainda se mostram reticentes quanto à medida.
Fonte: Portal DW World Brasil / Noticias Agrícolas

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UNICA PLANEJA IR À OMC PARA GARANTIR VENDA DE EATNOL A EUA E EUROPA

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para garantir a exportação de etanol para os Estados Unidos e para os países da Europa.
O presidente da Unica, Marcos Jank, disse ontem (26) que regras para importação de biocombustíveis desses países podem diminuir o potencial de comercialização do etanol brasileiro em nações desenvolvidos.
Jank destacou que cálculos de sustentabilidade adotados nos EUA e em estudos na Europa responsabilizam indiretamente o setor sucroalcooleiro pelo desmatamento de biomas brasileiros. Baseados neles, europeus e norte-americanos poderiam criar barreiras ao etanol alegando que seu consumo é responsável por alto índice de emissões de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono.
Ele afirmou, entretanto, que 99% da produção de cana-de-açúcar do País é feita em áreas que já eram usadas para a agricultura ou pecuária: "Por isso, é injusta a afirmação de que o etanol tem efeito indireto sobre o desmatamento ou de que ele tem um alto índice de emissão de gases de efeito estufa".
Dados da Unica mostram que a queima do etanol de cana-de-açúcar emite 90% menos gases do que a da gasolina.
"A gente tem que se defender", afirmou Jank, depois de participar de um seminário sobre a agricultura e carbono. "Esperamos que as regras [para exportação] sejam compatíveis. Se não forem, nós vamos entrar na OMC."


Biodiesel
O aumento da mistura do biodiesel no diesel mineral depende de um novo marco regulatório para o setor, de acordo com o presidente da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein.
Segundo ele, o marco regulatório prevê apenas a adição de até 5% no biodiesel, que estava previsto para 2013 mas foi adiantado para 2010 em função da grande oferta no País.
"A capacidade produtiva de biodiesel existente no Brasil hoje já é suficiente para implementarmos a mistura de 10% sem problemas", afirma Klein.  O executivo afirma que o mercado está estagnado, com capacidade de 5,1 bilhões de litros, mas demanda efetiva de apenas 2,4 bilhões de litros.
"Se não houver um novo marco regulatório que mostre um crescimento gradual da mistura no médio e longo prazo, dificilmente haverá novos investimentos no setor", afirmou. O setor trabalha com a possibilidade de uma mistura de 20% de biodiesel no diesel em 2010. 

PETROLÍFERAS AVANÇAM NO SETOR DE ETANOL

A consolidação do mercado de álcool combustível brasileiro por meio de parcerias entre empresas petrolíferas e sucroalcooleiras é uma tendência, afirmam especialistas consultados pela Folha.
Em 25/10, a Petrobras Distribuidora e a Petrobras Biocombustível, subsidiárias da Petrobras, anunciaram contrato com a Açúcar Guarani no valor de R$ 2,1 bilhões para fornecimento de até 2,2 bilhões de litros de etanol em quatro anos.
O contrato é parte da parceria estratégica firmada em abril entre a Tereos Internacional, da qual a Guarani é subsidiária, e a Petrobras Biocombustível.  À época, a Petrobras disse em comunicado que o objetivo da parceria era "acelerar seu crescimento na indústria brasileira de etanol, açúcar e bioenergia".
Em agosto, Shell e Cosan já haviam anunciado acordo vinculante para a formação de uma joint venture para a produção e a comercialização de etanol.


COMPETITIVIDADE
O movimento ocorre, para Plínio Nastari, presidente da consultoria de etanol e açúcar Datagro, porque o álcool de cana já é visto como competitivo ante o petróleo.   Além disso, ele destaca o valor baixo dos ativos de produção em relação aos do mercado de energia em geral, o que torna mais barata a entrada no setor.
Adriano Pires, consultor em energia e diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), ressalta ainda o que chama de "commoditização" do etanol, que se transformou em "um combustível que não é mais uma alternativa, e sim uma realidade. Não que vá virar o novo petróleo, ou que o Brasil vá virar a "Arábia Saudita verde", como o presidente Lula já afirmou. Mas o etanol vai ser importante para a mistura com a gasolina, para deixá-la mais limpa", completa ele.
Para Amarílis Romano, consultora em biocombustíveis da Tendências, as empresas estão buscando entrar no setor com o know-how de quem é grande no mercado.  "O mercado de energia é maior que só petróleo, e sempre cai bem uma participação em biocombustíveis."

DESNACIONALIZAÇÃO
Pires afirma que o combustível, historicamente "verde-amarelo", está sofrendo uma "desnacionalização" com a saída das famílias tradicionais do processo de solidificação e profissionalização das sucroalcooleiras.   "Talvez tirando a ETH [Bioenergia, da Odebrecht], e as usinas no grupo da Santa Terezinha, no Paraná, que são empresas genuinamente brasileiras, os grupos que estão consolidando o setor têm sempre a presença estrangeira", diz.
Análise divulgada no início deste ano pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e pelo Ministério de Minas e Energia aponta que a participação estrangeira na capacidade de moagem de cana passou de inexpressiva, na safra 2005/ 2006, para 40% na safra 2010/ 2011.
Fonte: Portal TN Petróleo
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