terça-feira, 23 de março de 2010

GRUPO INDIANO FAZ FORTE INVESTIDA NO SETOR DE ETANOL E AÇÚCAR NO BRASIL

Shree Renuka tem um leque de alvos para aquisição no país, onde quer crescer mais que na própria Índia.
A indiana Shree Renuka está fazendo um arrastão no Brasil. Após fechar a compra das usinas de álcool e açúcar da Equipav, por R$ 600 milhões, negocia simultaneamente mais duas aquisições no país. Uma delas é a da usina Mandu, de Guairá (SP), controlada pelo empresário Roberto Junqueira. O principal adversário dos indianos é a Cosan, que também apresentou uma oferta pela companhia, com capacidade para moer quase 3,5 milhões de toneladas de cana.
Paralelamente, a Shree Renuka vem mantendo conversações com o Grupo João Lyra, em recuperação judicial desde 2008. Os indianos estão interessados nas duas usinas do ex-senador João Lyra em Minas Gerais, sobretudo a Triálcool, localizada em Canápolis, no Triângulo Mineiro. Um dos problemas é o endividamento da empresa. Há pouco mais de um ano, o grupo belga Alcotra fez uma proposta pela Triálcool, mas não houve acordo quanto ao destino das dívidas da usina.
Há ainda um terceiro negócio na mira da Shree Renuka, embora em estágio menos avançado. O grupo é um dos candidatos à compra de uma usina da cooperativa Corol no Paraná.
O apetite dos indianos se justifica pela importância do Brasil em sua estrutura mundial de negócios. A grande perspectiva de crescimento mundial do grupo se concentra no mercado brasileiro. A intenção é montar no país uma operação bem superior à da própria Índia, com atuação integrada em plantio e moagem. Munição não falta. No mês passado, a Shree Renuka captou cerca de US$ 1,2 bilhão com uma emissão de ações na Índia.
Antes da Equipav, no ano passado a Shree Renuka já havia comprado duas usinas da Vale do Ivaí, ambas no Paraná. Além das aquisições, ao longo deste ano os indianos vão investir cerca de R$ 200 milhões para aumentar a capacidade de suas plantas no Brasil. Seu foco primordial é a produção de açúcar.

PRODUÇÃO DE ETANOL DO BRASIL PODERÁ ATINGIR 27,4 BILHÕES DE LITROS

A produção de etanol do Brasil em 2010/11 (abril-março) deve subir para 27,4 bilhões de litros, contra 24 bilhões em 2009-10, de acordo com estimativa da consultoria F.O. Licht divulgada nesta terça-feira.
A Licht ainda elevou o consumo de etanol do Brasil em 2010-11 para 25,2 bilhões de litros, ante 22,5 bilhões em 2009/10.
Segundo a consultoria alemã, o açúcar já pode ter atingido o seu pico de preço após a máxima de 29 anos registrada na Bolsa de Nova York, de 30,40 centavos de dólar por libra-peso, o que pode resultar em preços de etanol mais competitivos no Brasil e no mundo.
"A frota de carros flex [no Brasil] vai continuar a se expandir e o etanol vai voltar a ser competitivo", declarou o diretor-geral da Licht, Christoph Berg, em conferência internacional realizada em São Paulo.
Por outro lado, ele disse ainda que uma indústria mais bem capitalizada diante de fusões e aquisições ocorridas no país deve também aumentar a capacidade de as empresas segurarem seus estoques, evitando que os preços despenquem como ocorreu na safra passada.
Segundo a Licht, nos últimos três anos ocorreram no Brasil 60 acordos envolvendo 100 usinas. Berg citou a joint-venture fechada entre a Shell e a Cosan, um sinal de que as empresas multinacionais estão atuando cada vez mais no setor.
Com a produção maior em 2010/11, a Licht estima estoques finais para o novo ano-safra, a ser encerrado em março de 2011, de 1,82 bilhão de litros, alta em relação aos 1,57 bilhão de litros de 2009/10, quando o mercado de etanol ficou apertado na entressafra, resultando em uma disparada de preços na bomba, o que levou o governo brasileiro a reduzir temporariamente a mistura de etanol anidro na gasolina.
Vendas externas
As exportações de etanol do Brasil em 2010-11 foram estimadas pela Licht em 3,1 bilhões de litros, estável ante os 3,15 bilhões de litros vendidos ao exterior na temporada anterior, mas ainda em queda em relação aos 4,7 bilhões de litros exportados na temporada 2008/09.
De acordo com avaliação da Licht, os Estados Unidos, um dos principais mercados para o etanol brasileiro, devem registrar importações estáveis em 2010, de 1,1 bilhão de litros na comparação com o ano anterior. Esse volume representa a metade do que o país importou em 2008.
As importações norte-americanos se estabilizariam neste ano em meio a um crescimento de mais de 4 bilhões de litros na produção doméstica, para 45 bilhões de litros, segundo a Licht.
A produção mundial de álcool combustível foi estimada pela Licht em 83,4 bilhões de litros em 2010, ante 73 bilhões de litros em 2009.
Para a consultoria, apesar do aumento na produção global, há um lento crescimento na capacidade de produção das indústrias, o que deve manter o equilíbrio do mercado.
Fonte: Ag. Reuters / Folha São Paulo

FUSÕES E AQUISIÇÕES DEIXAM SETOR DE CANA MAIS SÓLIDO, DIZ UNICA

Os acordos para fusões e aquisições entre usinas de cana ocorridos nos últimos meses, especialmente aqueles que envolveram empresas estrangeiras, deixaram o setor sucroalcooleiro do Brasil mais forte para enfrentar momentos de dificuldades como os registrados em 2009, avaliou o presidente da Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), Marcos Jank.
"A gente percebe que isso está gerando um setor mais sólido, com mais estrutura de capital e com maior capacidade de fazer frente às demandas", declarou ele nesta terça-feira, durante seminário em São Paulo.
O presidente da Unica referiu-se em particular à entrada da Shell no segmento de açúcar e etanol, com a joint venture formada com a Cosan.
"A Shell seguiu a BP e a Petrobras, que já tinham participação no setor. Mas ela entrou com muito mais força, e inaugura a atuação de petroleiras na indústria de baixo carbono", declarou.
De acordo com dados apresentados pela Unica no evento, na nova safra (2010/11) 22% das companhias terão capital estrangeiro, contra 7% em 2007/08.
Ao mesmo tempo, a produção está mais concentrada. Enquanto em 2004/05 cinco empresas respondiam por 12% do volume produzido, em 2009/10 a participação dessas grandes aumentou para 27%.
Jank citou exemplos de negociações como a Santelisa Vale, comprada pela Louis Dreyfus Commodities, a negociação da Moema, adquirida pela Bunge, além da aquisição da Brenco pela ETH.
Além desses, ele lembrou da compra de uma participação majoritária na Equipav pela indiana Shree Renuka, e também do avanço do Bertin no setor de biocombustíveis, com a negociação com a Infinity.
Com companhias mais fortes no setor, observou Jank, a indústria provavelmente ficará menos sujeita a enfrentar problemas como os gerados pela escassez de crédito durante a crise de 2009, quando muitas empresas foram levadas a vender etanol barato no mercado interno para tentar fazer caixa.
De qualquer forma, destacou Jank, o setor ainda é bastante pulverizado perto de outros, apesar de um novo padrão estar se consolidando.
Longo prazo
Para o presidente da Unica, o setor ainda tem grandes perspectivas de crescimento no futuro, seja pela maior demanda por açúcar vinda de países emergentes, seja pela maior utilização de biocombustíveis no mundo desenvolvido e no Brasil.
"Pelo etanol, o grande aumento que se espera é pela frota flex (no Brasil), que ainda é de 40% do mercado, embora 90% dos carros novos já sejam flex", declarou ele, destacando que as exportações do biocombustível são promissoras no futuro.
"Neste momento, não tem nenhum país com suprimento garantido de etanol", acrescentou, lembrando que isso poderia mudar se o mundo desenvolvido tivesse menos barreiras à importação do etanol brasileiro, o mais competitivo entre os existentes.
Na safra anterior, houve uma escassez de etanol no mercado doméstico, em meio a problemas climáticos e financeiros.
Até a safra 2020/21, a produção de etanol do Brasil deverá crescer para 65 bilhões de litros, ante cerca de 26 bilhões de litros atualmente, enquanto a produção de açúcar aumentará para 45 milhões de toneladas, contra 33 milhões registrados hoje.
Fonte: Ag. Reuters / Folha São Paulo

segunda-feira, 8 de março de 2010

NOVOZYMES - TECNOLOGIA PARA PRODUZIR ETANOL A PARTIR DO BAGAÇO DE CANA E FÓRUM INTERNACIONAL DE ENERGIA

A empresa de biotecnologia dinamarquesa Novozymes, uma das maiores produtoras industriais de enzimas, apresenta no fim deste mês no Brasil sua recém-lançada tecnologia para a produção de etanol a partir de resíduos agrícolas, o chamado etanol de segunda geração de etanol celulósico (2G).
Os resultados obtidos pelas novas tecnologias serão revelados durante a feira “Sugar and Ethanol Brazil”, um importante evento que apresenta as principais tendências para o setor de açúcar e álcool, que ocorre entre os dias 22 e 24 de março, em São Paulo.
       A empresa busca por parceiros para dar viabilidade a pordução comercial (leia aqui)

Com relação ao etanol brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar, o relatório produzido pelo Fórum Internacional de Energia (IEF, na sigla em inglês) classifica-o, como "o único biocombustível de primeira geração (1G), que não apresenta problemas", e segundo o documento, "para evitar erros em investimentos econômicos que também provoquem custos ambientais significativos, existe uma necessidade urgente de se rever as políticas existentes para biocombustíveis e suas metas em um contexto internacional".
O relatório alerta que fixar metas ambiciosas sem se assegurar da sustentabilidade de obtê-las, como foi o caso para a maioria dos biocombustíveis de primeira geração, pode gerar incertezas de abastecimento. O documento também examina o atual estado da produção de biocombustíveis e oferece recomendação aos legisladores sobre a melhor maneira de seguir em frente com a produção e distribuição de biocombustíveis.
        No relatório, há o reconhecimento “do papel potencial dos biocombustíveis na contribuição para a segurança e proteção ambiental e climática”. Porém, eles são críticos em relação a maioria dos biocombustíveis de primeira geração, onde segundo eles, "estes biocombustíveis oferecem apenas benefícios marginais para a segurança energética e a redução das emissões de gases de efeito estufa além de promoverem insegurança alimentar, com exceção do etanol de cana, feito no Brasil”.
O IEF é o mais abrangente fórum de ministérios de energia do mundo, incluindo não apenas países desenvolvidos e membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mas também participantes como Brasil, China, Índia, México, Rússia e África do Sul.
Fontes: Carla Falcão, iG São Paulo
                       Agência Estado

58 USINAS MUDAM DE MÃOS NO BRASIL

O Grupo Cerradinho, dono de duas usinas de açúcar e álcool em São Paulo e uma em Goiás, procura um sócio. Precisa de um parceiro disposto a injetar dinheiro na empresa para diminuir sua dívida. Para se tornar um dos grandes do setor, o grupo se endividou justamente em um momento de preços baixos, entre 2007 e 2009, agravado pela crise de crédito que varreu o mundo. Foi preciso recorrer ao Santander, ao Citi e a outros nove bancos para renegociar um passivo de curto prazo de R$ 450 milhões, de um total de R$ 1,1 bilhão.
     Como contrapartida, as duas instituições financeiras que lideraram a reestruturação ficaram com a tarefa de vender parte do grupo a um sócio estratégico. Com isso, a empresa, fundada nos anos 70 pelo empresário José Fernandes, em Catanduva (SP), tornou-se um dos alvos mais recentes da onda de fusões e aquisições do setor.
     Nos últimos três anos, houve uma média de 1,52 operação desse tipo por mês no País. Foram 58 operações envolvendo mais de 100 das cerca de 400 usinas de açúcar, álcool e bioeletricidade brasileiras. Famílias como Biagi, Junqueira e Rezende Barbosa, até então sinônimos de usineiros, fizeram apostas erradas na crise, enfrentaram dificuldades e viraram acionistas minoritários de grandes companhias.
     Mas a intenção dos Fernandes, do Grupo Cerradinho, é trilhar um caminho diferente do dos outros clãs. "Sempre fomos uma empresa familiar que cresceu com alavancagem. Agora, buscamos um parceiro minoritário para participar do processo de consolidação e crescimento do grupo", disse Luciano Sanches Fernandes, presidente da companhia. Depois da reestruturação financeira e da negociação de parte da companhia, vender ações na Bolsa deverá ser o próximo passo do grupo.
     O caso dos Fernandes é um exemplo da mudança no movimento de consolidação do setor. Na primeira onda, valeu a lógica da aquisição oportunista: usinas vendidas a preços baixos porque estavam com a corda no pescoço, atoladas em problemas financeiros, amplificados pela crise de liquidez. Agora, a consolidação passa a ser amparada não mais nas oportunidades criadas pela crise, mas nas parcerias estratégicas.
Fonte: Agencia Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 3 de março de 2010

UNICA VÊ ALTA DE MAIS DE 10[%] NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR NA SAFRA 2010/11

A Unica -União da Indústria de Cana-de-Açúcar- estima que a produção de açúcar do Brasil vai saltar mais de 10 [%] na safra 2010/11, em meio a uma alta da produtividade e a uma esperada recuperação nos preços globais.
Segundo Eduardo Leão de Sousa, diretor-executivo da Unica "Deveremos ter pelo menos 140 [kg/toneladas] de açúcar recuperável", em uma conferência de commodities na capital australiana nesta quarta-feira.
Isso significaria um aumento de cerca de 8 [%] ante a safra 2009/10, em que a taxa de açúcares totais recuperáveis está em torno de 130 quilos por tonelada. Até a primeira quinzena de fevereiro em 2009/10, o Brasil moeu 532,5 milhões de toneladas.
"Devemos também esperar um aumento da taxa de crescimento para açúcar e etanol que será maior do que a de cana, devido aos ganhos na produtividade que esperamos -deve ser muito mais de 10 [%] que esperamos para o crescimento da cana-de-açúcar', completou ele.
Sousa, repetindo outros panoramas altistas apresentados na conferência, disse que os preços devem se fortalecer porque o consumo global ainda supera a produção, apesar da controversa medida da União Europeia no mês passado de exceder suas cotas de exportação, pois a produção foi afetada por safras mais fracas no ano passado, tanto no Brasil quanto na Índia, o maior consumidor mundial de açúcar e o segundo maior produtor.
A maior refinaria de açúcar da Austrália, a CSR Sugar, também demonstrou otimismo com os preços, sugerindo que os temores iniciais sobre as exportações europeias vão diminuir conforme o mercado volta a se concentrar no desequilíbrio entre oferta e demanda.
O presidente da CSR, Ian Glasson, disse que a Austrália também espera elevar a produção para atender a demanda. "A produção de açúcar da Austrália tem capacidade para crescer possivelmente 5 [%] a 10 [%], mas não é como no Brasil, onde um crescimento em 10[%] equivale a uma nova indústria de açúcar australiana por ano".
Fonte: Agencia Reuters, em Canberra

GOVERNO QUER PETROBRAS PARA BARRAR "INVASÃO ESTRANGEIRA" NO ETANOL

O governo está preocupado com a "invasão estrangeira" na cadeia de produção de etanol. Para evitar o processo de desnacionalização, o Planalto articula o fortalecimento da recém-criada ETH-Brenco, da qual a Odebrecht é a controladora, via Petrobras e BNDES.
Segundo a Folha de São Paulo, a estatal petrolífera negocia fatia de até 40% na sociedade (cerca de R$ 2,8 bilhões, considerando o valor estimado da nova companhia, de R$ 7 bilhões). O BNDESPar (braço de investimento do banco estatal), por sua vez, investirá R$ 300 milhões em aumento de capital para manter participação de 16,6% na empresa (fruto de dívida convertida em ações).
Além disso, a Petrobras tem planos de adquirir em 2010 outras três usinas de cana, investindo R$ 450 milhões na operação, que se somariam ao patrimônio da ETH.
A preocupação do Planalto com o processo de desnacionalização da cadeia do etanol atingiu seu auge no mês passado, quando foi assinado o memorando de entendimento entre a anglo-holandesa Shell e a brasileira Cosan para a criação da líder mundial do setor, avaliada em US$ 12 bilhões.
A Petrobras informou que não negocia nenhum tipo de parceria com a empresa e não comentará negociações. Mas informou que seu plano de investimentos em combustíveis renováveis contempla US$ 4,5 bilhões até 2013.

Veja gráfico - Ranking do setor -  na reportagem anterior ETH adquire a Brenco e cria nova gigante do etanol [clique aqui]

Participação Estrangeira nas Empresas do Setor
  • Cosan – 70 [%] de seus ativos em conjunto com a anglo-holandesa Shell, constituirão uma joint venture, anunciada em fev/2010.
  • LDV – A Francesa Louis Dreyfus, assumiu a Santelisa no final de 2009. A companhia tem hoje 61 [%] do capital com a LDC e  a Goldman Sachs.
  • Tereos – A Francesa aumentou sua participação na Açúcar Guarani para 69,3 [%], em 2009.
  • São Martinho -  Sem participação estrangeira, porem existem negociações com a americana Amyris.
  • Bunge – 100 [%] americana. Incorporou o grupo Moema da família Biagi.
  • Santa Terezinha – 100 [%] brasileira.
  • ETH – Adquiriu a Brenco e tem 65 [%] da fusão da qual surge a ETH Bioenergia.  33 [%] é da japonesa Sojitz e 67 [%] da Odebrecht.
Cronologia dos Negócios
  • 2008 – A britânica BP comprou 50 [%] da Tropical Bioenergia.
                A francesa Louis Dreyfus assume a Santelisa, com dívidas de R$ 2 [bilhões];
  • 2009 – A Bunge compra o Grupo Moema por R$ 2 [bilhões];
                A francesa Tereos aumenta sua participação na Guarani, com a porte de R$ 309 [milhões];
          A Petrobras compra 40 [%] da usina Total, por R$ 150 [milhões].
  • 2010 – A francesa Tereos compra 50 [%] da Usina Vertente (da Moema), por R$ 105 [milhões];
                O grupo indiano Shree Renuka Sugars, compra 50,8 [%] da Equipav, por R$ 60 [milhões];
                A ETH se funde com a Brenco;
                A Cosan anuncia joint venture com a Shell.
Fonte: Folha S.PauloFonte: Bloomberg New Energia Finance