sábado, 26 de março de 2011

USINAS ANTECIPAM MOAGEM DE CANA DE ACÚCAR PARA EVITAR FALTA DE ETANOL

As 30 usinas são responsáveis por 12% de toda a moagem do Centro-Sul.

Para ajudar a evitar um eventual desabastecimento de etanol no país, 30 usinas da região Centro-Sul começaram as operações de moagem de cana-de-açúcar, antecipando o início dos trabalhos na safra 2011/2012, informou nesta sexta-feira (25) a União da Indústria de cana-de-açúcar .
As 30 usinas são responsáveis por 12% de toda a moagem de cana da região Centro-Sul do país, ou cerca de 65 milhões de toneladas anuais, tendo como base as estimativa para a safra 2010/2011, de 557 milhões de toneladas.
"O objetivo da antecipação é acrescentar etanol aos estoques disponíveis para a entressafra, aumentando a margem de segurança para que não haja carência do produto para o consumidor até que a nova safra possa ser deflagrada em todas as usinas", afirmou a Unica em nota.   A entidade observou que nem todas as usinas têm condição de antecipar a moagem, pois nem sempre há cana disponível para moer com antecedência. A tendência no entanto é de que outras usinas sigam essa antecipação, afirmou a Unica.   "Mas percebemos que está havendo um esforço importante para mobilizar recursos e acrescentar produto ao mercado durante este período", explicou o diretor técnico da Unica Antonio de Padua Rodrigues, em nota.
Fonte: Portal G1

terça-feira, 22 de março de 2011

GOVERNO VAI INVESTIR R$ 1 BILHÃO EM BIOTECNOLOGIA

 

O governo decidiu investir forte na indústria brasileira de biomassa. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vão destinar R$ 1 bilhão, até 2014, a inovações na área. O anúncio animou pesquisadores da Universidade de Brasília que estão a frente do projeto de implantação do Centro de Biotecnologia do campus. Eles apontam o investimento como fundamental para estimular uma indústria que ainda engatinha no Brasil e no mundo, mas onde há enorme diversidade em pesquisas.

 

O aproveitamento da biomassa, sobra da cana de açúcar que resulta da produção de etanol, poderia dobrar o volume de geração desse combustível.
Para o professor de Agronomia da UnB, Luiz Vicente Gentil, o financiamento é estratégico para o país. “O Brasil já é imbatível no etanol de primeira geração”, diz. “Já temos pesquisas no setor, mas precisamos transformá-las em produtos”, defende Marcos Buckeridge, diretor científico do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, em Campinas, e um dos maiores especialistas no tema. Ele acredita que o financiamento poderá ajudar a consolidar a liderança do Brasil no setor.
Além de estimular a indústria da biomassa, o financiamento envolve uma das áreas estratégicas de pesquisa do Centro de Biotecnologia: a de biocombustíveis.
O edital da obra está previsto para maio deste ano, segundo o diretor do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer da UnB (Ceplan), Alberto de Faria. Para a construção, serão destinados R$ 8 milhões.

BAGAÇO - A iniciativa do BNDES e da Finep tem como propósito aumentar o desenvolvimento e a produção de etanol de segunda geração, aquele obtido a partir do bagaço da cana-de-açúcar. O Brasil tem 440 usinas de cana e é o segundo maior produtor de álcool, atrás dos Estados Unidos, mas ainda engatinha quando se fala em produção de etanol celulósico.
Atualmente a quebra da celulose – que constitui 40% do bagaço da cana -  ainda tem um rendimento pequeno, de 20%. “O problema é que as enzimas usadas ainda não conseguem quebrar a celulose totalmente para que vire álcool”, explica a professora Lídia de Moraes. Ela enfatiza que a hemicelulose, outro polímero do bagaço, não atrai as leveduras e que todo o processo é tratado como uma corrida científica. “É uma formula mágica que todo mundo quer descobrir”, diz.
Cada tonelada de cana gera 280 quilos de bagaço, que hoje é usado basicamente para produzir energia elétrica e adubo. A transformação em mais etanol criaria um novo paradigma para um setor que atualmente sofre com a escassez.
Segundo o estudo de 2009, “A corrida tecnológica pelos biocombustíveis de segunda geração: uma perspectiva comparada”, do BNDES, a tecnologia industrial de produção de etanol no Brasil está próxima de seus limites teóricos. Por isso usar etanol de segunda geração iria impedir que mais terras fossem utilizadas e aumentaria a matriz energética do País.
No Brasil há duas plantas-piloto da Petrobrás para conversão de biomassa em etanol por meio da hidrólise enzimática. Este tipo de álcool é obtido na quebra da celulose do bagaço da cana e ainda necessita de estudos para se tornar viável comercialmente. Há 20 anos são feitas pesquisas para se chegar a uma quebra total, o que poderia fazer dobrar a produção de álcool no Brasil.
Fonte: Portal Planeta universitário – Leia mais

R$ 1 BILHÃO PARA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO SETOR DE AÇÚCAR E ETANOL NO BRASIL

O objetivo do Paiss é fomentar projetos que visem o desenvolvimento, a produção e comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa a partir da cana-de-açúcar.

Um acordo entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assinado na última quinta-feira (17), vai permitir a execução do Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (Paiss).
O objetivo do Paiss é fomentar projetos que visem o desenvolvimento, a produção e comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa a partir da cana-de-açúcar.
Os investidores poderão obter financiamento dentro das diversas linhas e programas da Finep e do BNDES, de acordo com as características dos projetos. O custo para o tomador, portanto, dependerá do modelo do projeto apresentado.
O Paiss conta com três linhas temáticas: o bioetanol de segunda geração; novos produtos derivados da cana-de-açúcar, incluindo o desenvolvimento a partir da biomassa da cana por meio de processos biotecnológicos; e gaseificação, com ênfase em tecnologias, equipamentos, processos e catalisadores.
Fonte: portal Bagarai

 

sábado, 12 de março de 2011

BP ANUNCIA ACORDO PARA AQUISIÇÃO DE 83% DA PRODUTORA NACIONAL DE ETANOL CNNA

Acordo, anunciado pela BP Biofuels do Brasil nesta sexta-feira, totalizará 680 milhões de dólares
Além dos 680 milhões de dólares, a BP assumirá toda a dívida de longo prazo da CNAA (Divulgação/BP)

A BP Biofuels do Brasil, braço de energia renovável da petrolífera britânica British Petroleum (BP), anunciou nesta sexta-feira (11) um acordo para adquirir 83[%] da Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA), produtora brasileira de etanol, por 680 [milhões de dólares]. A compra, significa uma mudança de estratégia da BP, que buscava o "controle compartilhado", com até 50[%] do capital das usinas.
Esta é a segunda aquisição de usinas de etanol de cana-de-açúcar pela BP em território brasileiro e a maior já realizada pela empresa britânica em energia renovável. A BP já possui 50[%] da Usina Tropical BioEnergia, localizada em Goiás, desde 2008. Com isso, se tornou a primeira petrolífera a entrar no negócio de etanol de cana.
A BP, também assumirá toda a dívida de longo prazo da CNAA, que será refinanciada. A nova aquisição vai aumentar a capacidade produtiva da BP no Brasil para cerca de 1,4 [bilhão de litros de etanol por ano], ante nível atual de 435 [milhões de litros].
A CNAA possui as usinas Alvorada, em Goiás, e a Ituiutaba Bioenergia, em Minas Gerais. A CNAA também possui um empreendimento em desenvolvimento em Campina Verde (MG). Em plena operação, as três usinas terão capacidade total de moagem de 15 [milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano]. Cada usina tem a capacidade de produção de 480 milhões de litros de etanol, além de excedente de 340 [gigawatt/hora], para ser comercializado de energia elétrica.

A CNAA foi formada em 2007 a partir de uma associação entre o grupo Santelisa Vale - atualmente incorporada pela Louis Dreyfus Commodities - e um conjunto de fundos de investimentos estrangeiros, entre eles o Riverstone, do Carlyle Group, além do Goldman Sachs, Global Foods e Discovery Capital. O Riverstone é um dos principais fundos especializados em energia do mundo e administra uma carteira com recursos superiores a 15 [bilhões de dólares].
Segundo a nota da BP, a petrolífera comprou o controle da CNAA dos fundos Açúcar e Álcool Fundo de Investimento em Participações, e Açúcar e Álcool II Fundo de Investimento em Participações. A venda foi necessária depois de os investidores iniciais da CNAA terem se surpreendido com a crise financeira, o que tornou inviável a manutenção dos aportes nas usinas, cujo retorno mostrou-se ser de prazo mais longo do que o esperado inicialmente.
Fonte: Portal Veja (com Agência Estado)

 

quarta-feira, 2 de março de 2011

6 EMPRESAS E UMA MARCA NA CONSTRUÇÃO DO ETANOLDUTO

Trecho entre Ribeirão Preto e Paulínia tem preparativos para iniciar
Um consórcio de seis empresas será responsável pela construção do etanolduto, que fará a escoação da produção do combustível das regiões de Goiás, São Paulo e Minas Gerais até o litoral de São Paulo e Rio de Janeiro. A Logum Logística é formada por Petrobras, Copersucar, Cosan, Odebrecht, Camargo Corrêa e Uniduto Logística. O sistema multimodal terá capacidade de transportar até 21 bilhões de litros de etanol por ano.
O primeiro trecho a ser construído será o de Ribeirão Preto a Paulínia. A obra começa em abril, a um custo estimado de R$ 900 milhões. O início da operação está previsto para 2012. Camargo Corrêa e Odebrecht já foram contratados para realizar as obras dessa primeira fase.
O objetivo dos sócios é obter uma redução média de 20% nos custos de transporte, que atualmente é feito principalmente por caminhões. O diretor presidente da Logum, Alberto Guimarães, destacou que a troca do modal rodoviário pelos dutos e hidrovias significará ainda a redução de emissão de sete milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano na atmosfera.
Com capacidade total do sistema duplicada da previsão inicial, atenderá além das associadas qualquer interessado em transportar cargas pelos dutos.
Marcos Lutz, presidente do conselho de administração da Logum e representante da Cosan na sociedade, diz que a empresa foi projetada e desenvolvida para atender ao mercado e não apenas aos sócios
O sistema de escoamento de álcool e derivados irá passar por 45 municípios dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre eles, Igarapava, Aramina, Ituverava, Guará, São Joaquim da Barra, Orlândia, Sales de Oliveira, Jardinópolis, Sertãozinho, Ribeirão Preto, Cravinhos e São Simão, na região de Ribeirão Preto; Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira, Pirassununga, Leme e Araras, na região de Araraquara; e Engenheiro Coelho, Artur Nogueira, Cosmópolis, Paulínia, Jaguariúna, Campinas, Morungaba e Itatiba, na região de Campinas.
Os executivos envolvidos no projeto destacaram que já há licenciamento ambiental por onde os dutos passarão. A Logum vai aproveitar a faixa de dutos da Petrobras, o que simplifica o licenciamento ambiental. Guimarães disse que falta apenas o licenciamento final no município de Leme, em São Paulo, e a liberação da faixa por onde os dutos passarão nesse município.

www.logum.com.br
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Fontes: Portal EPTV.com / Folha de São Paulo