sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BRASKEM E LNBio SE UNEM PARA DESENVOLVER PESQUISAS DE PLÁSTICO VERDE

A Braskem assinou esta semana, parceria com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, no interior de São Paulo, para instalação de um laboratório a ser utilizado pela equipe de pesquisadores da empresa. Nas novas instalações serão realizadas pesquisas na área de biotecnologia para o desenvolvimento de um plástico utilizando rota química que será, ao mesmo tempo, economicamente competitivo e sustentável, utilizando matérias-primas de fontes renováveis. “A parceria marca o início de uma nova etapa na evolução da ciência e tecnologia no País”, afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, presente à cerimônia, referindo-se à articulação entre o setor produtivo e o centro de pesquisas.
A equipe da Braskem também terá acesso aos avançados equipamentos de pesquisa do LNBio. “A cooperação científica entre Braskem e LNBio se dará por meio de consultorias e também cooperação técnica, com compartilhamento da propriedade intelectual nos casos pertinentes”, explicou Kleber Franchini, diretor do Laboratório Nacional de Biociência.
A parceria com o LNBio prevê a utilização de uma área inicial de 50 m2 que será expandida para 200 m² já no início do próximo ano, e envolverá no curto prazo aproximadamente 40 pesquisadores da Braskem.
 “A parceria que estamos começando hoje (01/09), com foco em polímeros verdes, certamente é o primeiro passo rumo a um objetivo mais audacioso, de médio prazo, comum a todos nós: desenvolver uma plataforma de inovação baseada na química a partir de matérias-primas renováveis”, afirmou Bernardo Gradin, presidente da Braskem. Ele sublinhou que o acordo se alinha à nova estratégia em tecnologia e inovação da empresa, definida no âmbito de seu processo de crescimento e de internacionalização, especialmente depois das aquisições da Quattor e de parte da Sunoco Chemicals, nos Estados Unidos, no início deste ano. “Nossa empresa está empenhada em se tornar uma desenvolvedora de tecnologias em áreas estratégicas. Nossos investimentos em P&D deverão crescer de forma expressiva”, adiantou.
A Braskem já tem convênio de cooperação com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP para o desenvolvimento de pesquisas em biopolímeros). Prestes a inaugurar a primeira fábrica de eteno verde em escala industrial do mundo, que permitirá a produção de polietileno de fonte renovável, a Braskem caminha agora para o desenvolvimento de uma rota inovadora para produção do polipropileno verde. Em 2008 a companhia já produziu em seus laboratórios este produto e vem intensificando as pesquisas para melhorar a competitividade em escala industrial.
O polipropileno é uma das resinas que mais crescem no mundo em consumo e aplicações. Entre suas características estão o baixo custo, a alta resistência ao impacto e à fratura por flexão ou fadiga, e a facilidade de coloração e moldagem. É encontrado em produtos da linha branca, em partes internas e externas de carros, material de construção civil, brinquedos, copos descartáveis, canetas esferográficas, recipientes para alimentos e remédios, carpetes, além de outros usos.

Sobre o LNBio
O Laboratório Nacional de Biociências atua em pesquisa na área de biotecnologia, inclusive em outros projetos com indústrias de cosméticos e farmacêuticas, para a descoberta e desenvolvimento de produtos inovadores. É um conjunto de instalações abertas multiusuário, que está à disposição da comunidade científica e tecnológica, quer seja acadêmica ou empresarial.
O LNBio integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, que compreende ainda os Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS) e de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e é gerido pela Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron.

Sobre a Braskem
Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.
Fonte: portal LNBio

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