terça-feira, 13 de dezembro de 2011

APÓS CERTIFICADO ETH VAI EXPORTAR ACÚCAR PARA UE

A ETH Bioenergia anunciou hoje a obtenção da certificação internacional Bonsucro para 1,9 milhão de  toneladas de açúcar. O selo garante que o processo de produção cumpra normas de sustentabilidade -critérios ambientais, sociais e trabalhistas-  indispensáveis no mundo corporativo de hoje.
A empresa passa, assim, a poder exportar o produto à União Europeia, que desde o início deste ano exige a certificação para açúcar e álcool importados pelo bloco.
O açúcar certificado é da Unidade Conquista do Pontal, greenfield localizada no município de Mirante do Paranapanema (SP), há dois anos em operação.
A ETH é a terceira indústria sucroalcooleira brasileira a obter a certificação. Em junho, a Raízen -joint venture formada pela Cosan e Shell-  anunciou a certificação inédita de 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 130 mil toneladas de açúcar e 63 milhões de litros de etanol, produzidos em Maracaí (SP), com  50% da produção da unidade paulista.
Em outubro, foi a vez da Copersucar, a maior comercializadora de açúcar e etanol do país, obter o selo Bonsucro. Cinco de suas usinas associadas foram certificadas, respondendo a 7,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar certificada, sendo 470 mil toneladas de açúcar e 345 milhões de litros de etanol, no maior volume já certificado no país.
Fonte: Portal UOL Noticias Econômicas -Valor Econômico

 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

RHODIA COATIS SE PREPARA PARA PRODUZIR O ACRÍLICO "VERDE"

A Rhodia Coatis deu o primeiro passo para a criação do acrílico verde. Para começar a grande virada, a companhia fechou um acordo com a norte-americana Cobalt Technologies, especializada em bioquímicos, para a produção de butanol de fonte renovável na América Latina a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Com isso, a Rhodia preparar o terreno para substituir a produção do butanol feito do propeno importado, que ela utiliza em suas fábricas no Brasil, pelo produto biológico, chamado de "bio n-butanol", até 2015, quando a expectativa é de que a produção atinja 200 mil toneladas.
Segundo o presidente da Rhodia Coatis, Vincent Kamel, para produzir a nova substância estão sendo elaborados estudos de viabilidade para instalações de biorefinarias. "Estamos analisando porque teremos de fechar acordo com grandes produtores de etanol para que possamos garantir proximidade com as matérias-primas", explica o executivo, sem dar mais detalhes de possíveis parceiros.  Conforme Kamel, a Cobalt foi escolhida para o projeto por ter desenvolvido uma rota bioquímica celulósica de produção do butanol a partir de biomassa de bagaço de cana, cavacos de madeira e glicerina, a um custo de produção 60% menor que o atual feito de derivado de petróleo.
O anúncio do local de instalação da primeira unidade do bio butanol será revelado dentro de quatro a seis meses. Segundo ele, para atingir a produção de 200 mil toneladas de bio n-butanol por ano, serão necessárias perto de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Atualmente, a Rhodia possui uma parceria com a Usina Paraíso Bioenergia, localizada em Brotas, no interior de São Paulo, para a co-geração de energia a partir do bagaço de cana. Porém, o executivo não confirmou se a unidade da Cobalt será levantada nesta usina. Kamel preferiu não divulgar quanto será investido neste primeiro momento, uma vez que neste momento foi fechado o acordo e que os estudos de viabilidade ainda estão sendo feitos.
A Cobalt já possui uma planta piloto em Michigan, nos EUA, que produz 1,2 mil toneladas de bio butanol por ano e sua primeira unidade de produção comercial será construída no Estado do Texas com inauguração prevista para 2013 com produção de 30 mil toneladas por ano, conforme o presidente da Cobalt Technologies, Rick Wilson.
No Brasil, a empresa também estuda a utilização da glicerina, resíduo formado durante a produção de biodiesel, para abastecer a refinaria de bio n-butanol durante a entressafra da cana-de-açúcar. "Neste período, quando a oferta de bagaço é menor, poderemos usar a glicerina, que também tem um baixo custo por ser resíduo", disse Kamel. Segundo ele, a Rhodia também poderia utilizar apenas a glicerina para produção do butanol renovável já que a rota de produção é praticamente a mesma do bagaço. "Porém, preferimos o bagaço de cana porque o setor sucroalcooleiro já está estabelecido no País há mais de 30 anos, enquanto o setor de biodiesel ainda é um programa que está começando no Brasil", explica.

A Rhodia aposta na competitividade do produto, uma vez que a empresa paga hoje até US$ 1,5 mil por tonelada do propeno importado para produzir o butanol. Com o bagaço de cana o preço fica em torno de US$ 200 por tonelada. O preço do produto final, entretanto, não deve baixar, segundo Kamel. "Teremos um preço pelo menos semelhante ao cobrado hoje, uma vez que temos a favor o apelo da sustentabilidade", afirma.
A Rhodia Coatis é a unidade de negócios da Rhodia - uma empresa do grupo Solvay - na área de produção de solventes oxigenados. No ano passado, a Rhodia faturou globalmente 5,23 bilhões de euros.
Fonte: portal DCI

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TANQUES DE ETANOL - PARTE 4

Danos em tanques, oriundos da pressão interna negativa (vácuo).
Armazenamento de etanol
IN- Quais são as novidades tecnológicas no que diz respeito a tanques de armazenamento de etanol?
PD- Nota-se que há uma maior preocupação, por parte dos fabricantes, em procurar atender as normas de fabricação e assessórios e utilizar normas e procedimentos padrões internacionais; porem, entendo que a montagem do tanque deveria ser de corresponsabilidade do fabricante;  havendo terceirização da montagem, principalmente para tanques de grandes dimensões feitas no campo, seria de suma importância que fabricantes tivesses suas montadoras certificadas, garantindo assim o atendimento na montagem, dos mesmos requisitos e critérios dos padrões das normas utilizados no dimensionamento e fabricação.  Certamente, uma supervisão do fabricante durante a montagem arremataria a integridade e a garantia na entrega final.
Outras novidades estão nas medições de nível e das tecnologias de (VAPV’s), válvulas de alívio de pressão e vácuo, com sobrepressões em 10%, ou seja, tecnologia que garante uma abertura mais próxima da PMTA’s (Pressão Máxima de Trabalho Admissível) do tanque. Com sobrepressão em 10%, reduz de modo significativo a diminuição das aberturas destas válvulas e evita-se emissões para a atmosfera e consequente perdas por evaporação do etanol. Já para os elementos (CC’s) corta-chamas, esse mesmo fabricante possui certificado para a classe de explosividade de fluidos que atende o etanol. Sempre lembrando que as usinas devem exigir destes fornecedores as certificações por terceira parte de entidades reconhecidas internacionalmente, e que seguem os requisitos da EN-12874 e ISO-28300.
IN- Que problemas são comuns no que diz respeito à instalação de tanques ou conjunto de tanques deste tipo?
PD-Decisões corretas quanto ao volume ideal dos tanques, relacionados ao tamanho físico da área do parque de tanques. Falta de informação técnica, de algumas usinas, para que possa solicitar, do fabricante e montadora, o atendimento a todos os padrões de cumprimento e solicitação às normas. Aplicação e adequação das matrizes de segurança, incluindo estudos de redundância. Atendimento legal aos aspectos do meio ambiente, oriundo das emanações atmosféricas. Apesar do empenho dos departamentos de segurança, engenharia e manutenção da área, ainda há uma cultura que impede avanços com relação a determinadas soluções e solicitações; mesmo assim, progressos estão sendo sentidos.
IN- Como prevenir acidentes? Eles são comuns? Por quê?
PD-Acidentes com tanques de armazenamento têm ocorrido com frequência em todos os setores de parque de tanques que geram vapores explosivos, no mundo todo. Especificamente aqui no Brasil, em função do aumento da capacidade da área de estocagem de etanol, houve um acréscimo no número de tanques novos instalados e reativação de antigos tanques em estado de hibernação. Necessariamente, acidentes não ocorrem em função desta última situação, haja vista, a ocorrência com tanques novos recentemente instalados. Com relação aos tanques, antes em hibernação, uma inspeção inicial detalhada, que nortearia para futuras inspeções periódicas, certamente influenciaria nos aspectos da segurança, pois estes muitas vezes em fase final de vida útil acabam reativados sem os devidos critérios. Esta é uma das grandes dificuldades que as engenharias, responsáveis pelo setor, vêm enfrentando.  Em tanques com vida útil diminuída, devido à falta de critérios de manutenção e inspeções periódicas ou mesmo tanques em sua fase de envelhecimento, sempre há de se levar em critério os aspectos relativos à redundância quanto a segurança.
Além dos citados, outro ponto relacionado a acidentes, são os gerados por elementos de fenômenos naturais, como descargas elétricas (raios), eletricidade estática, faíscas mecânicas ou originadas por ultrassom, e influências climáticas ocasionadas por resfriamento repentino (sol forte, com resfriamento brusco ocasionado por chuvas de verão).
Alguns acidentes tem danos materiais, outros infelizmente subtraído vidas humanas, sempre irreparáveis.
IN- Quais são os investimentos em segurança que a usina precisa tomar para garantir a continuidade do negócio, evitando ainda prejuízos humanos, materiais e ambientais?
PD-Segurança é um aspecto que sempre deve ser considerado, mesmo que se tenha redundância na planta. Deve ser revisto todos os procedimentos de manutenção, procedimentos de inspeção, dar treinamento operacional técnico e treinamentos de brigadas. Investir no parque, pois por mais que se venha levantar custos relacionados à segurança, tanto de pessoas como de equipamentos ou mesmo custos de manutenção e inspeção, estes estarão, por mais custosos que possam parecer, com valores próximos de 0,7 @ 1,0 [%.1095-1anos], o que é algo relativamente baixo, comparado ao custo de uma acidente evitado, que em ocorrência  terá custos financeiros altíssimos, sem contar o prejuízo por vidas ceifadas, lucro cessante, multas, processos e imagem da empresa, valores estes que se considerados estariam acima de uma faixa média inicial de 300 [%] do custo do tanque acidentado.
IN- Existe essa atenção da parte das usinas?
PD-Infelizmente somente àquelas que passaram por acidentes tem uma atenção maior dispensada ao seu parque de tanques. O que muitas pessoas ainda pensam, e se equivocam, é a periculosidade do etanol, por exemplo no conceito de inflamabilidade, se comparado a gasolina. O etanol é muito mais perigoso, pois mesmo a gasolina tendo um limite inferior de explosividade menor que o etanol, a faixa de explosividade do etanol é 2,6 vezes maior que a da gasolina. Seu (PF) ponto de fulgor, que é a menor temperatura que um líquido combustível ou inflamável libera uma quantidade de vapor suficiente para formar uma mistura inflamável com o ar, perto da superfície, e propague uma chama a partir de uma fonte de ignição, é de 13 [°C], ou seja, se a temperatura ambiente numa determinada região estiver, em 25 [°C] e ocorrer um vazamento do produto ou de gases, com o ponto de fulgor do etanol em 13 [°C], significa que o produto nessas condições está liberando vapores inflamáveis suficientes, para que, bastando apenas uma fonte de ignição haja inicio de ocorrência de uma deflagração .Portanto, o etanol, em qualquer parte do Brasil, está sempre dentro da faixa de explosividade na temperatura ambiente.
Pensando neste aspecto, já seria um ponto para as usinas se atentarem com mais cautela nos aspectos relacionados à segurança, pois como podemos perceber, uma quantidade grande de fatores de risco devem sempre ser consideradas.
IN-É possível aumentar a segurança de tanques de etanol antigos? Como?
PD-Aspectos relacionados a segurança não devem passar pelo tempo de vida útil de um tanque, se assim fosse, tanques novos não deveriam sofrer acidentes, o que não é verdade, pois a quantidade de redundâncias da segurança não passa por este critério, mas se consideramos que tanques antigos, hoje tem em torno de 25 anos ou mais, que não foram submetidos aos critérios de padrões das normas vigentes bem como dos órgãos inspetores de alvará (bombeiros, CETESB), devem ter sua atenção neles concentrada e, se possível, dentro da visão de uma engenharia reversa, pois muitos deles não possuem qualquer tipo de documentação comprobatória para rastreabilidade, para que possam ser repotencializados, isto é, tenham uma base de dados, estudos, recálculos de pressões, tensões mínimas atuantes, esforços críticos atuantes, o bastante suficiente para medir sua vida útil remanescente, e direcionar investimentos na área, para melhorias.  Mesmo no caso de haver documentação, uma análise detalhada vai direcionar a procedimentos de segurança. É importante ter um entendimento de que não há um procedimento de inspeção padrão, para executar uma análise deste tipo, pois fatores inerentes ao tanque, poderão levar a alguns tipos de ensaios com laudo de análise e por diferentes procedimentos, para que se possa estabelecer uma vida remanescente útil e garantir que o mesmo possa continuar sua operação, sempre em atendimento aos aspectos da segurança.
IN- Qual é a importância da inspeção dos tanques?
PD-Garantir as condições operacionais e de segurança. Determinar prazos para futuras inspeções. Alimentar através de informações o pessoal de manutenção, para corrigir desvios e certificar outras. Levantar parâmetros de melhorias ou possíveis danos ocorridos durante o período em que a última inspeção determinou. Estabelecer as condições operacionais e indicar danos ocorridos. Poder determinar, através de uma análise crítica de inspeção, seja visual, END’s e de procedimentos para estabelecer critérios que direcionem, por exemplo, a novos prazos de inspeção, entre outros critérios. Indicar acessórios que aumentem a redundância na segurança. Alertar sobre a atualização de normas. Oferecer um benchmarking com tecnologias empregadas em outros parques de tanque de outras usinas, entre outros aspectos.
IN- Como é feito uma inspeção adequada?
PD-É importante conhecimento de normas de inspeção e ensaios, além das específicas para tanques e alguns anos dedicados na área. Ouvir operadores e entender os procedimentos operacionais. Passar informações adquiridas ao pessoal da segurança e da engenharia do setor. Ouvir as informações adquiridas do pessoal da segurança e da engenharia do setor. Discutir melhorias de aspecto de segurança resultantes da inspeção. Envolver o pessoal responsável pela área, no comprometimento da inspeção. Executar relatórios que contenham laudos conclusivos e ensaios se necessário, auxiliares da inspeção. Alguns relatórios com recheios de ensaios de ponta e alguns com tecnologia recente tem custo alto e muitas vezes seu resultado de aproveitamento fica abaixo do esperado e resultam em conclusões não determinantes. Deve ser premissa do inspetor em não ser um “vendedor” de ensaios, destrutivos ou não; portanto, critério e bom senso ao solicitar ensaios, pois estes são feitos para auxiliar a inspeção, onde a recíproca não é verdadeira. Inspeções devem retornar com resultados que direcionam a uma ou várias soluções e deem suporte aos departamentos de engenharia, segurança e manutenção.
Continuação de TANQUES DE ETANOL – PARTE 3
Entrevista à revista IDEA NEWS – NUMERO 125/03/2011 Pag. 24@29

TANQUES DE ETANOL - PARTE 3

Explosão de tanque de etanol, em Kembla na Austrália.
Armazenamento de etanol
IN - Qual é a finalidade do armazenamento de etanol?
PD - Atender a necessidade de manter estoques não consumidos, rever demandas anuais de consumo e exportação, pois mesmo que houvesse demanda suficiente, a sazonalidade do setor por entressafras vem através da estocagem do produto, garantir a demanda de consumo constante. Mesmo agora, com a aprovação pelo IBAMA do trecho incial de 542 km do álcoolduto, pela Petrobras, que passará por 34 municípios, os armazenamentos intermediários através dos parque de tanques é de suma importância para o escoamento e logística do setor.

IN - Qual é a capacidade indicada de armazenamento de etanol que uma usina deve ter?
PD - Este é um plano subjetivo, pois cada usina tem seu parque de estocagem industrial para atender suas necessidades de produção.  O parque de tanques vai depender da porcentagem reservada para etanol. Atualmente o que se tem observado, é que os volumes estocados por tanque tem aumentado, isto é, as novas usinas instaladas têm preferido tanques com maior capacidade individual, por tanque, e consequente diminuição da quantidade de tanques.

IN - Quais procedimentos uma usina deve tomar para instalar tanques de armazenamento de etanol?
PD - Verificar se no aumento do parque de tanques ou em novos parques se a área determinada atende fisicamente as necessidades.  Deve atender inicialmente os procedimentos utilizados aqui no Brasil, com consultas aos órgãos competentes, tais como Corpo de Bombeiros, verificar sobre as licenças provisória e de instalação do DAIA (Departamento de Avaliação de Impactos Ambientais) e a Cetesb, além de verificar a legislação local, para atendimento ao projeto.   Infelizmente, para licenças de instalação em parque de taques de etanol, cada órgão competente tem sua própria legislação, o que se torna um problema, pois a usina tem que atender a todas solicitações.  Deveria haver um procedimento único, que baseado em normas de padrão internacional, atendesse todos os aspectos de instalações, segurança e meio ambiente.

IN - Quais são as capacidades que os tanques de etanol devem ter?
PD - Não existe um padrão de capacidade para estocagem; este fator vai depender da política interna de cada usina, mas ultimamente algumas vêm priorizando tanques de 30 milhões de litros. Porem vale lembrar que não se trata de padrão, pois é usual que se tenha capacidades distintas de estocagem, com variações de 5 @ 40 milhões, pois tanques maiores não protegidos por válvulas de alívio de pressão e vácuo, quando têm sua capacidade de estocagem reduzida, sofrem perdas maiores por evaporação atmosférica.

IN - Quais características devem ter um tanque de etanol (material, tecnologia aplicada, automação, segurança) e que precisam ser levadas em conta pela usina?
PD - Estes são aspectos de suma importância, e de modo geral, deveriam ter um acompanhamento mais próximo das usinas, por departamento próprio ou engenharia terceirizada, com exigências técnicas e de segurança do tanque como um todo, com acompanhamento do projeto, aprovação das folhas de dados construtivas e dos desenhos de projeto, inspeções e acompanhamento de fabricação, fornecimento de todos os certificados construtivos e de terceiros, e outros que atendam a garantida do produto. A totalidade destes tanques é de construção em aço carbono (fundo, corpo e teto), e tem suas características de projeto de fabricação, cálculos construtivos, dimensionais, procedimentos típicos de soldas e soldagens, testes e fundações, para tanques cuja pressão interna não exceda 18 [kPa], descrita na norma “American Petróleo Instituto” (API Standard - 650). Aqui no Brasil, a ABNT NBR-07821, tem o mesmo propósito da API, porem com informações restritas. Devem ser consultadas também, as normas ABNT, Nabors 17505-1 @ 7, que elaboram sobre Armazenamento de Líquidos inflamáveis e Combustíveis, desde Disposições gerais, Armazenamento em tanques e vasos, Sistemas de tubulações, Armazenamento em taques pequenos, Operações, Instalações e equipamentos elétricos e Proteção contra incêndio, todas baseadas na “Nacional Fere Protético Associativo” (NFPA-30). Para o dimensionamento dos respiros de emergência, Válvulas de alívio de pressão e vácuo e corta-chamas, consultar a nova edição da API-2000 6ª Edito de2009.  Com relação a acessórios, o mercado tem oferecido boa tecnologia de automação e segurança, porém é preciso estar atento a estes produtos, para exigir  sempre destes fabricantes  certificações por terceira parte de órgãos independentes e internacionais, para que a usina possa ter segurança de que foram testados e fabricados dentro das normas aplicáveis, afim de garantir que estes produtos atendam seus gráficos de aplicação apresentados, e atuem dentro do nível de segurança padrão exigida.

IN - Como é instalado um tanque de etanol? Quais são as obras civis exigidas?
PD - Normalmente são verticais e com base de apoio na superfície do solo. O procedimento adequado deve atender a API-650, ou seja, um anel de concreto que recebe o apoio das forças de apoio e reação do corpo cilíndrico e da movimentação do tanque. No interior, onde a base do fundo é apoiada, deve-se remover todo e qualquer material inadequado para uma boa compactação e substituir com preenchimento adequado em camadas, até ser completamente compactado. Outros procedimentos fora da API, não devem ser utilizados.

IN - Como funciona o bombeamento do etanol até o tanque?
PD - Este é um ponto importante; inicialmente todo material elétrico de acionamento deve ser a prova de explosão. Mas, um dos aspectos está concentrado no descarregamento do produto. Vamos avaliar dois casos, como exemplo.
1º - O tanque tem respiro para a atmosfera. No descarregamento haverá entrada desse ar, e como o interior de todo tanque que emana vapores, explosivos é considerado Zona 0, isto é, possui misturas de vapores ou gases explosivos que somados ao ar que entra, nesta condição de procedimento de descarregamento, poderá dar início a uma operação de risco, pois caso aconteça alguma deflagração atmosférica próximo ao respiro, com o tanque inalando, a possibilidade de entrada da chama para o interior do tanque é grande.
2º - O tanque é hermético, ou seja, possui válvula de alívio de pressão e vácuo com corta-chamas na montante, e não há e não deve haver qualquer outra conexão que permita entrada de ar atmosférico para o interior do tanque; assim, a pressão interna de vácuo, no descarregamento, chegará a um ponto (abaixo da PMTA de vácuo do tanque), em que a válvula abrirá deixando o ar atmosférico entrar para quebra da pressão de vácuo.
Agora, uma coisa importante é saber que as vazões de vácuo (-)(descarregamento do tanque), são muito maiores que as de enchimento (+) (carregamento do tanque), e no caso de tanques que possuam válvulas de alívio de pressão e vácuo mal dimensionadas, ou mesmo válvulas cujos fabricantes, não atendem as vazões de vácuo em seus gráficos, correm grande risco do tanque implodir.
A nova API 2000 6ª Edição, que veio complementar a edição anterior, deixou de ser o único contraponto às normas internacionais vigentes e se tornou semelhante a ISO 28300, com relação aos cálculos de vazões de respiros do tanques, e unificou a necessidade de todo tanque que emana misturas explosivas possuir válvulas de alívio de pressão e vácuo e, caso incorpore um elemento corta-chamas este deve estar na montante da válvula, ou caso não se instale e válvula, instale-se um corta chamas, devendo sempre haver estas proteções.


Continua em TANQUES DE ETANOL – PARTE 4
Entrevista à revista IDEA NEWS – NUMERO 125/03/2011 Pag. 24@29

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

COM A RAIZEN, COSAN E SHELL ACELERAM NO ETANOL

A Raízen surgiu com uma estratégia agressiva de expansão em toda a cadeia de açúcar e álcool do país. Mas o cenário se mostrou mais favorável para os combustíveis, com a perspectiva de preços elevados do etanol.  Diante das novas condições do mercado, a Raízen vai pisar no acelerador no mercado de combustíveis, onde a empresa pretende alcançar capacidade de moagem de 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano em 2015, partindo dos atuais 64 milhões. Até lá, a companhia deverá gastar US$ 7 bilhões em investimentos (cerca de R$ 13 bi). A Raízen já é a maior produtora de etanol do país, com 2,2 bilhões de litros por ano, e pretende elevar a capacidade para 5 bilhões. No açúcar, a meta é menos ambiciosa: passar de 4,4 milhões de toneladas para 6 milhões. As perspectivas de mercado justificam a estratégia. Em setembro, descontando a variação cambial, a queda no preço do açúcar cristal chega a 20%. Já no etanol, os valores recuaram 4% no mês passado, com o avanço da safra. Mas a queda é passageira: a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) prevê moagem de cana neste ano 10% inferior a do ano passado. "Há uma forte pressão para aumentar a oferta de etanol, porque a demanda é pujante", diz Luiz Osório, vice-presidente de sustentabilidade e relações exteriores da Raízen.

Para elevar a produção, a Raízen pretende crescer em duas frentes. A primeira é ter mais capacidade instalada, com a expansão das atuais usinas e a abertura de novas unidades. A segunda é realizar aquisições. Com a escassez de crédito para as pequenas usinas, a tendência do setor é de concentração.

A empresa tem planos de investir R$ 2 bilhões no ano safra de 2012 e elevar sua produção de 62 milhões de toneladas para 70 milhões de toneladas. Para isso, um diferencial é sua integração de toda a cadeia produtiva. A companhia atua em todos os níveis: moagem, logística e distribuição no varejo. Em operação desde junho, a joint-venture da Shell e Cosan uniu empresas com necessidades complementares. De um lado, a Shell quer aumentar as operações em energias com baixa emissão de carbono. De outro, a Cosan precisa ganhar escala. Não há ainda prazo para a fusão de seus 4.500 postos no país - que usarão a bandeira Shell - Raízen.

A forte presença da distribuição na Raízen faz com que, não apenas o etanol, mas também a gasolina ganhe importância. A empresa prevê elevar a comercialização de combustíveis, incluindo etanol e gasolina, de 21 bilhões de litros para 28 bilhões de litros nos próximos cinco anos. "Certamente um aumento na venda de gasolina está nesse volume, incluindo ainda que a empresa obteve sucesso nas vendas de seu mais recente etanol certificado. A Raízen foi a primeira empresa a obter o Bonsucro, selo de sustentabilidade ambiental para o etanol”, completa Osorio. Com o sucesso nas vendas a empresa pretende expandir o selo para outras quatro usinas ainda este ano.

O selo de sustentabilidade é um dos requisitos para que o produto seja aceito no mercado europeu, para o açúcar e etanol.

Com a integração da rede de postos Shell aos negócios da companhia, totalizando 4.500 pontos de venda espalhados por todo o país, não há informação suficiente até o momento para as casas de pesquisa elaborarem modelos de projeção, e o mercado aguarda os próximos resultados para estabelecer uma base. Isso porque a Shell e a Cosan passaram a operar juntas somente em junho deste ano, o que representa apenas o último mês do primeiro trimestre do exercício social da empresa.

Fonte: Portal Brasil Econômico

terça-feira, 4 de outubro de 2011

INVESTIMENTOS DA RAÍZEN

A RAÍZEN é a primeira experiência da Shell na produção de biocombustíveis. A joint venture com a brasileira COSAN, planeja investir US$ 7 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos. Cerca de US$ 5 bilhões serão para ampliar a produção de etanol, açúcar e energia elétrica cogerada. O restante dos recursos irá para a rede de postos de combustíveis que contam hoje com uma rede de 4,5 mil postos, entre Shell e Esso - e operações de logística.
A perspectiva da Raízen, que começou a operar de forma integrada em 1º de junho, é sair de uma capacidade atual de moagem de cana de 65 milhões de toneladas para 100 milhões de toneladas em cinco anos.

No período, vai mais do que dobrar a produção de etanol, saindo de uma capacidade atual de 2,2 bilhões de litros para 5 bilhões de litros por ano.

Segundo Mark Williams, vice presidente mundial da área de distribuição da SHELL, a empresa é hoje a maior compradora mundial de etanol, com um volume que chegou a 9,5 bilhões de litros em 2010. É também a empresa que mais mistura álcool à gasolina por força de legislações que obrigam à adição de etanol ao combustível fóssil em cerca de 50 países, incluindo EUA e Brasil. No primeiro, a adição de etanol à gasolina é de 10% de etanol à gasolina. No Brasil, o governo reduziu o percentual de mistura de 25% para 20% a partir de 1º de outubro.

Leia mais AQUI.

Fontes: Portais BIOCANA e VALOR ECONÔMICO

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

EXPLOSÃO DE CAIXA ELETRÔNICO PRÓXIMO A USINA DE ÁLCOOL

O caixa eletrônico ficou parcialmente destruído com a explosão. O equipamento está instalado num prédio localizado em uma portaria da usina que produz açúcar, e etanol, em Rafard.
A ação de 4 assaltantes ocorreu de madrugada do dia  7 de setembro, numa simulação de retirada de dinheiro quando foi instalado o dispositivo e deixaram o local antes mesmo do explosivo ser acionado, depois que um dos vigias vigia da usina desconfiou da movimentação e  acionou a polícia.

A explosão também causou danos no prédio. A ação dos bandidos assustou os trabalhadores da usina.

Assista ao vídeo AQUI.

Fonte: Portal TCB

 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

BUNGE- FORTALECENDO A TERCEIRA POSIÇÃO ENTRE OS MAIORES GRUPOS DO SETOR DE AÇÚCAR E BIOENERGIA

A área de Açúcar & Bioenergia se dedica ao processamento de cana-de-açúcar para a produção de açúcar, etanol e cogeração de energia. Atualmente, esse segmento conta com oito usinas e capacidade para processar cerca de 21 milhões de toneladas/ano. Até 2012, serão investidos US$ 2,8 bilhões, com o objetivo de ampliar a produção para 20 milhões de toneladas por safra de etanol e igual quantidade de açúcar, o que corresponde à terceira posição no ranking dos maiores grupos em operação no País.
Dos recursos destinados à área de Açúcar & Bioenergia, parte foi direcionado para a compra das cinco usinas do Grupo Moema, e o restante está sendo aplicado em obras de expansão e modernização das outras três unidades da Bunge Brasil. A Bunge também iniciou, em 2009, a construção de uma usina na cidade de Pedro Afonso (TO), que irá processar cerca de 4,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano a partir de 2013, gerando até 1.400 empregos diretos nas atividades agrícolas e industriais.

A proposta de crescimento busca fortalecer a posição da Bunge Limited de líder global na cadeia do açúcar - uma das prioridades na estratégia do grupo - e atender sua política de desenvolvimento sustentável, o que supera a estratégia econômica e atinge o plano social e ambiental. A intenção é gerar energia elétrica a partir do bagaço e da palha da cana, uma fonte de energia limpa e renovável. Parte da energia é consumida na produção de etanol e açúcar das próprias usinas e o excedente é distribuído para os municípios do entorno. Para tanto, a Bunge Brasil firmou parceria com a Faculdade Rio do Sono, localizada em Pedro Afonso, para a implantação do curso de Tecnólogo em Gestão Agroindustrial. A meta é de que o curso prepare moradores da região para ingressar como colaboradores da indústria.
Leia mais AQUI
Fonte: Portal Bunge

 

 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

GOVERNO PREVE REDUÇÃO DE PIS E COFINS PARA PRODUÇÃO AÇÚCAR E ETANOL

Além do anúncio de ontem, na redução de 25% para 20% do teor de álcool anidro na gasolina, o governo deve anunciar nos próximos dias a redução de PIS e Cofins para as indústrias de álcool e para os produtores de açúcar.

O objetivo da medida é evitar a escassez do etanol no mercado. De acordo com o representante da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) da região de Ribeirão Preto, a redução de álcool anidro na gasolina, de 25% para 20%, não vai alterar a oferta do produto.

A entidade reivindica do governo financiamento para o plantio e estoque.

Leia mais AQUI.

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SETOR SUCROENERGÉTICO GANHA CENTRO DE PESQUISA

Será lançado durante a feira Fenasucro & Agrocana, que será realizada entre 30 de agosto e 2 de setembro, em Sertãozinho, o Centro de Pesquisa das Indústrias do Setor Sucroenergético.
A iniciativa é do Programa de Estudos em Agronegócios (AgroFEA) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto, em parceria com a Central Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis e a Prefeitura Municipal de Sertãozinho.
O objetivo do Centro será fornecer a empresários e gestores de políticas públicas mais ferramentas de análise do setor sucroenergético para a tomada de decisões, por meio da coleta e análise trimestral de informações industriais das empresas fornecedoras do setor sucroenergético, principalmente o de máquinas e equipamentos para as usinas de açúcar, álcool e bioeletricidade.

Leia mais AQUI.

Fonte: Portal FAPESP

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

EXIGÊNCIAS DA ANP EM REGULAMENTAÇÃO DO ETANOL, IMPLICA EM AUMENTO DA CAPACIDADE DE ESTOCAGEM NO PARQUE DE TANQUES

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou ontem o texto da minuta da resolução que estabelece a regulamentação da produção de etanol no país. Resultado da consulta pública realizada nos últimos meses, a minuta estabelece que para construir, ampliar capacidade, modificar e operar planta de etanol, as empresas devem solicitar autorização prévia da agência. A ANP terá até 60 dias, contados a partir da data do protocolo de toda documentação na ANP, para analisar o pedido de autorização para construção.
Após a conclusão das obras, a empresa deve solicitar à agência nova autorização, mas para operar a usina. Uma vistoria será feita pelo órgão que tem até 20 dias úteis para emitir um lado de vistoria e, se todas as exigências cumpridas, a autorização. Antes de a ANP assumir a regulamentação pela produção de etanol no país, conforme determinação do governo federal feita neste ano, as usinas precisavam apenas se cadastrarem no Ministério da Agricultura para começar a operar.
A minuta divulgada ontem pela agência também delega ao produtor de etanol a obrigatoriedade de ter espaço para armazenar um volume do biocombustível de, no mínimo, 120 dias de produção. Procurada, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única) não comentou o assunto.
Outras resoluções regulamentando o segmento devem ser objetos de minuta da ANP. Entre os principais pontos está a resolução sobre os contratos de etanol anidro (que é misturado à gasolina) entre distribuidoras e usinas. O objetivo da agência é que as duas partes estabeleçam contratos de longo prazo.

Fonte: Noticias Agrícolas e Valor Econômico

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SUDESTE TERÁ MAIS TEMPESTADES

Análise dos dados dos últimos 60 anos da ocorrência de tempestades nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas mostra que as tempestades irão se tornar mais frequentes.
Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motivo é o aumento da temperatura superficial das águas do oceano Atlântico no hemisfério Sul em decorrência do aquecimento global.
No período, o Atlântico teve um aquecimento médio da ordem de 0,6 grau, simultaneamente ao aquecimento global do planeta da ordem de 0,8 grau.
De acordo com o Elat, esse aumento de temperatura faz parte do aquecimento global e deve se intensificar a cada década, fazendo com que com o aumento de tempestades se acentue e leve a ocorrência mais frequente de catástrofes climáticas associadas a tempestades com altas taxas de precipitação, granizo e raios, vendavais e tornados.
Nas três cidades estudadas, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, a mesma tendência de aumento das tempestades para essa combinação de temperaturas dos oceanos foi verificada com um grau de confiabilidade superior a 99%.
Se a temperatura do oceano Atlântico continuar subindo na mesma taxa atual e o fenômeno La Niña não sofrer alterações em sua frequência de ocorrência e intensidade com o aquecimento global – o que é esperado a partir dos dados existentes –, o estudo estima que em 2070 o número médio de tempestades no Sudeste será duas vezes maior em relação ao número atual, sendo que nas regiões litorâneas deverá ser três vezes maior.
De acordo com os cientistas, essa combinação de fatores se tornará cada vez mais frequente, devido ao aquecimento do oceano Atlântico.
Leia mais AQUI.
Portal: Agência FAPESP

PETROBRAS VIRA CARRO-TANQUE DO MERCADO DE ETANOL

Hoje a Petrobras Combustível soma uma capacidade de refino de aproximadamente 26 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano.
A importação de um bilhão de litros de álcool anidro é apenas a ponta do iceberg no feérico processo de intervenção do governo no mercado de etanol. A presidente Dilma Rousseff determinou que a Petrobras Biocombustível acelere as negociações para a compra de usinas.
A empresa corre contra o relógio para cravar três aquisições de relativo peso até outubro, quando está previsto o fim da colheita da safra de cana-de-açúcar 2010/2011 e os grupos do setor começam a decidir o percentual da matéria-prima que será destinado à produção de açúcar ou de álcool.
Se antes o avanço da estatal tinha como objetivo prioritário brecar a expansão de investidores estrangeiros no setor, desta vez o alvo é toda e qualquer empresa, seja ela controlada por capital nacional ou externo. O Planalto pretende usar os canhões da Petrobras para evitar uma crise no abastecimento de etanol no mercado interno e, consequentemente, um aumento do preço final ao consumidor.
Hoje, contabilizando-se todas as suas participações no setor, a Petrobras Combustível soma uma capacidade de refino de aproximadamente 26 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. O governo entende que a estatal precisa chegar rapidamente à marca de 50 milhões de toneladas por safra para ter poder de influência sobre a oferta e a formação de preços do etanol.
Com direito a abocanhar uma fatia de US$ 4 bilhões no plano estratégico da holding para o período 2011- 2014, a Petrobras Biocombustível está em negociações com três grupos sucroalcooleiros. Um deles é a paulista Clealco, dona de duas usinas com capacidade total de moagem em torno de 10 milhões de toneladas por safra. O adviser da operação é o Banco Itaú BBA.
Inicialmente, a principal candidata à compra da Clealco era francesa Tereos, dona da Açúcar Guarani e sócia da Petrobras em uma joint venture. No entanto, a própria estatal tomou a dianteira e assumiu as tratativas com os controladores da usina paulista.
Em outro front, a estatal vem mantendo entendimentos com a paranaense Santa Terezinha desde o início do ano – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 4.118. Maior produtor de açúcar e álcool da Região Sul, o grupo tem capacidade instalada para refinar cerca de 18 milhões de toneladas de cana por safra.
O terceiro alvo da Petrobras Biocombustível seria o Grupo Virgolino Ferreira, um dos maiores produtores de álcool e açúcar de São Paulo. Associada à Copersucar, a empresa fatura cerca de R$ 1,2 bilhão por ano e processa por safra pouco mais de 12 milhões de toneladas de cana.

Fonte: Portal BIOcana

AÇÚCAR E ETANOL GERAM QUASE METADE DAS VAGAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Açúcar e etanol geram quase metade das vagas do estado

Setor foi responsável por mais de 55 mil empregos de janeiro à julho deste ano, segundo levantamento da Fiesp.

Quase metade dos 120 mil empregos gerados pela indústria paulista entre janeiro e julho deste ano foi criado pelo setor de açúcar e etanol, segundo o Índice de Nível de Emprego na Indústria de São Paulo, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).  O setor foi responsável por 55.766 empregos no período (46,5% do total).

Segundo Walter Sacca, diretor titular adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp,  "No começo do ano, o setor de açúcar e álcool é herói. No final do ano, vira vilão. Porque, no início da safra, é quando mais se emprega pessoal pela colheita. Mas, quando a safra termina, é o que mais demite, porque acaba a colheita e a necessidade de mão de obra.  Este ano deve repetir essa tendência, de maneira que o crescimento de emprego no primeiro semestre, menor que o registrado no primeiro semestre do ano passado, também vai diminuir em outubro", completa ele.
Entre janeiro e julho deste ano, a indústria paulista cresceu 4,64% e o setor de açúcar e etanol, 2,16%.

Fonte: Portal Jornal da Cidade

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

EMPRESA DE BIOTECNOLOGIA DOS EUA, VAI PRODUZIR DIESEL DE CANA NO BRASIL

Biodiesel de cana-de-açúcar
Interessada no crescimento do mercado de biocombustíveis e na indústria sucroenergética brasileira, a empresa de biotecnologia norte-americana LS9 está chegando ao Brasil aberta a oportunidades de negócios com sua tecnologia de produção de diesel a partir da cana-de-açúcar.
A companhia, sediada na Califórnia, anunciou em julho a criação da LS9 Brasil Biotecnologia, com um escritório em São Paulo, mas ainda planeja a construção de um laboratório de pesquisas e quer iniciar até 2014 a comercialização de seus produtos.
A estratégia consiste em encontrar parceiros para viabilizar a fabricação do biodiesel e de produtos bioquímicos a partir da abundante oferta de matéria-prima no País.
Fundada em 2005, a empresa vai inaugurar em agosto uma planta de demonstração na cidade de Okeechobee, na Flórida, que poderá ser expandida para escala industrial e estuda ainda a construção de uma planta no Brasil.
O plano de desenvolvimento da tecnologia da LS9 é baseado no potencial de seu portfólio no mercado de combustíveis e produtos químicos que substituam os derivados de petróleo e que sejam renováveis.

Testes do biodiesel
No mês passado, a empresa anunciou também uma parceria no Brasil com a fabricante de caminhões e ônibus MAN Latin America para testar o diesel em motores, tanto em bancada como em campo de provas.
O objetivo é analisar desempenho, emissões, consumo e durabilidade dos motores nos veículos da Volkswagen [a linha de caminhões Volkswagen foi adquirida pela MAN] movidos com o biocombustível. O produto da LS9 é um combustível avançado do tipo drop-in, ou seja, pode ser utilizado sem a necessidade de adaptações nos motores e não requer infraestrutura própria.
Sob o nome comercial de Ultra Clean, o biodiesel da LS9 é produzido pela fermentação de açúcares a partir da ação de uma cepa da bactéria Escherichia coli geneticamente modificada para gerar, principalmente, alcoóis graxos, ácidos graxos e ésteres.
"A tecnologia da LS9 é muito flexível em relação à matéria-prima, que são açúcares; não é necessariamente o caldo de cana, podem ser outras fontes de açúcar, inclusive estamos testando outras matérias-primas. Além disso, há a vantagem da flexibilidade de produção; enquanto a maioria das empresas de biotecnologia faz um produto, com a nossa tecnologia é possível fazer vários produtos", explicou Lucila de Avila, diretora geral da LS9 Brasil Biotecnologia, em entrevista a Inovação Unicamp.
A executiva, que está desde março na companhia norte-americana, considera que a tecnologia está "quase pronta para ser comercializada".
Entre os municípios que estão sendo avaliados estão Campinas, Piracicaba, Paulínia e a capital paulista. Estão sendo estudadas também parcerias com universidades brasileiras, mas ainda não foram iniciados os contatos. Leia mais AQUI.
Fonte: Portal Inovação Tecnológica - Guilherme Gorgulho - Inova Unicamp

RIO DE JANEIRO RESISTE A SER " APAGADO" DO MAPA SUCROALCOOLEIRO

Seis anos depois de criar um programa de revitalização da cultura de cana-de-açúcar, o Rio de Janeiro assiste ao declínio de uma das principais atividades agrícolas do Brasil. Nem a euforia vivida com o "boom" do etanol nos últimos anos tem conseguido sustentar o setor no Estado, importante consumidor de açúcar do país. O Rio é importador de açúcar e álcool de outros Estados, sobretudo de São Paulo. Com uma produção neste ano estimada em 118 mil toneladas de açúcar, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Rio precisa "importar" mais de 85% do produto que consome em todo o Estado. O consumo fluminense de açúcar deve atingir este ano 896 mil toneladas. No caso do etanol, a relação é semelhante. No ano passado, por exemplo, o consumo estadual foi de 1,19 bilhão de litros, entre anidro e hidratado, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), enquanto a produção foi de ínfimos 82 milhões de litros. O etanol ainda sofre forte concorrência da gasolina e do GNV (Gás Natural Veicular), segundo especialistas do setor. Com produção concentrada em Campos do Goytacazes, no norte fluminense, apenas três das nove usinas instaladas na região operam. Dessas, nenhuma a plena capacidade. A cultura canavieira prometia reviver seus tempos de glória dos anos 80, quando 24 usinas operavam no Estado estimuladas pelo Proálcool. Mas o que se vê agora é um esforço para que as três unidades em operação não tenham o mesmo destino das que tiveram que desligar suas moendas. Leia mais AQUI;

Fonte: Valor Econômico / Portal SCA

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

EXPLOSÃO EM REFINARIA NO MÉXICO

Ocorreu neste sábado (30/07) às 15h30 horário local (17h30 de Brasília), uma explosão na refinaria estatal Miguel Hidalgo de Tula, uma das seis que operam no México, com uma capacidade de produção de 315 mil barris por dia.
A refinaria, que fica cerca de 100 Km de Tula,  também é o principal fornecedor de combustível para a Cidade do México, segundo informações da Pemex.
A coluna de fumaça podia ser observada a quilômetros de Tula, comunidade que em seu conjunto tem cerca de 90.000 habitantes.
Ainda não há informações sobre o motivo da explosão.
Fonte: Portal AFP  

sexta-feira, 29 de julho de 2011

INCÊNDIO EM TANQUE DE ETANOL NA CIDADE DE EMBU DAS ARTES EM SP

imagem Flavio Braga /Folhapress
Um incêndio de grandes proporções ocorreu numa indústria de combustíveis no município de Embu das Artes, na Grande São Paulo, na noite desta sexta-feira (29).
A empresa fica na estrada São Judas, 369, no Parque Esplanada, proximo a rodovia Régis Bittencourt.


O fogo, que teve início por volta das 20h15, causou  explosões.  As informações preliminares indicavam que as chamas estejam localizadas num tanque com 900 mil litros de etanol com temperaturas atingindo 1.000 graus.
Pela proximidade das fotos é possivel observar que o incêndio já havia tomado alguns tanques, e que há na área de tancagem materias de fácil combustão, que poderiam dar princípio a combustão. Porém ainda é cedo para maiores conclusões.

31/07/2011
Novas informações sobre a explosão


terça-feira, 19 de julho de 2011

TOCANTINS RECEBE PRIMEIRA USINA DE AÇÚCAR E BIOENERGIA

Na próxima quinta-feira, 21 de julho, a Bunge estará inaugurando oficialmente, sua primeira usina de açúcar e bioenergia no Tocantins, no município de Pedro Afonso.
A unidade, que recebeu investimentos de R$ 600 milhões, é a primeira greenfield (projetada e construída a partir de uma área livre) da Bunge e a oitava usina produtora de açúcar e bioenergia da empresa, que já atua no setor em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. A trading japonesa Itochu é sócia no empreendimento, com 20% do capital. A usina de Pedro Afonso vai operar totalmente dentro dos conceitos da tripla sustentabilidade – social ambiental e econômica, e amplia a oferta de empregos qualificados na região.

O termo Projeto greenfield ou  “Greenfield Project”
É utilizado para descrever uma área de terra onde não há nenhuma infra-estrutura construída.  O projeto, então , é concebido e executado por organização empreendedora que viabiliza e ativa a operação no local.

Sobre a BungePresente no Brasil desde 1905, a Bunge é uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do Brasil e uma das maiores exportadoras. Atua de forma integrada, do campo à mesa do consumidor. Desde a produção e a comercialização de fertilizantes, compra e processamento de grãos (soja, trigo e milho), produção de alimentos (óleos, margarinas, maioneses, azeite, arroz, farinhas), serviços portuários até a produção de açúcar e bioenergia. Hoje, conta com mais de 20 mil colaboradores, atuando em cerca de 150 instalações, entre fábricas, usinas, moinhos, portos, centros de distribuição e silos, em 17 estados de todas as regiões brasileiras.

Sobre ItochuA história da ITOCHU Corporation remonta ao ano de 1858, quando o fundador da Empresa, Chubei Itoh, iniciou suas operações de comercialização de produtos têxteis. Desde então, a ITOCHU não parou mais de evoluir e crescer. Com aproximadamente 130 bases operacionais em 68 países, a ITOCHU é uma das principais sogo shosha (empresa global de trading) e está engajada na comercialização e na importação e exportação de vários produtos e serviços nos mercados doméstico e internacional, incluindo têxteis, tecnologia da informação e comunicação, maquinaria, energia, metais, produtos químicos, madeira, mercadorias gerais, alimentos, construção, empreendimentos imobiliários, finanças, seguros e serviços de logística, bem como investimentos no Japão e no exterior.
Fonte: Portal jornal stylo

segunda-feira, 4 de julho de 2011

GEORGE SOROS INVESTE EM MAIS UMA USINA

A Adecoagro S.A., que tem como controlador o mega investidor George Soros, anunciou (01/07), que obteve licença ambiental para começar a construção de uma usina de açúcar e álcool em Mato Grosso do Sul, com investimento de US$ 800 milhões, no projeto.

A unidade, batizada de Ivinhema, será construída a 45 quilômetros da primeira usina do grupo, a Angélica, localizada no mesmo Estado e com capacidade para processar 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE CONCEDE SELO VERDE PARA USINAS

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo divulgou lista contendo as usinas de região de Catanduva que obtiveram liberação para integrarem o protocolo Etanol Verde, iniciativa da Secretaria que visa atender a requisitos para proteção a fauna e a flora da região.
Entre as usinas que apresentaram resultado positivo estão a Usina Cerradinho e a Usina São Domingos, além destas, todas as demais usinas da região também passaram a integrar o ranking
As Usinas Virgolino de Oliveira e Usina Colombo (Ariranha), além da São José da Estiva (Novo Horizonte), Bertolo Agroindustrial (Pirangi) e a Santa Isabel (Novo Horizonte), todas contempladas.

O Protocolo Agroambiental, assinado pelo Governador de São Paulo, secretários de Estado do Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento e pelos presidentes da União da Indústria Sucroalcooleira (Unica) e da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), faz parte do Projeto Etanol Verde, um dos 21 projetos estratégicos da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que objetiva desenvolver ações que estimulam a sustentabilidade da cadeia produtiva de açúcar, etanol e bioenergia.
Fonte: Portal O REGIONAL

segunda-feira, 20 de junho de 2011

COSAN E AMYRIS FECHAM ACORDO PARA FORMAR ASSOCIAÇÃO

A sucroalcooleira Cosan e a empresa norte-americana de biotecnologia Amyris anunciaram acordo de implementação de uma joint venture (associação) para início das operações da companhia brasileira Novvi. Esta nova companhia vai atuar na produção e venda mundial de óleos básicos renováveis feitos a partir do farneseno (componente químico resultado da fermentação do caldo de cana com leveduras) desenvolvido pela Amyris, chamado Biofene.

As companhias firmaram em dezembro um acordo para definir os termos preliminares para a realização de estudos mercadológicos, técnicos e comerciais, e testes com o objetivo de avaliar a viabilidade da formação e implementação da joint venture. As partes já completaram os estudos de viabilidade e estão colocando a operação em prática.  A Novvi planeja vender uma linha de óleos básicos sintéticos renováveis para o mercado de lubrificantes. "Os óleos básicos Novvi, à partir de fonte renovável, são concebidos para melhorar os principais indicadores de desempenho ambientais quando comparados aos óleos básicos de origem mineral, incluindo toxicidade e biodegradabilidade, enquanto proporciona características de desempenho comparáveis aos óleos básicos Grupos III e IV", informa a Cosan em comunicado.
Fonte: Egência Estado

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ENERGIA A PARTIR DA PALHA DE CANA ESTÁ LIVRE DE ICMS

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou, durante a abertura do congresso Ethanol Summit  201, em 06 de Junho, decreto que isenta a aquisição de bens de capital destinados à produção de energia elétrica a partir de biomassa resultante da industrialização e de resíduos de cana-de-açúcar.
O conjunto de medidas representa um estímulo a investimentos do setor sucroalcooleiro para a geração de energia limpa por meio do aproveitamento de palha, bagaço e outros subprodutos do processamento de cana-de-açúcar, prevendo a suspensão do lançamento do imposto nas operações de importação de bens de capital, sem similar nacional, destinados ao ativo imobilizado.

Os projetos em fase pré-operacional poderão contar com adiamento do ICMS que incide na saída do bem do fabricante. O incentivo valerá também para os produtores nos casos em que o volume de débitos do imposto não for suficiente para a absorção integral dos créditos.
Segundo o governo estadual, as novas medidas têm efeito positivo sobre o capital de giro dos empreendimentos e contribuirão para o desenvolvimento de projetos ambientalmente sustentáveis no setor sucroalcooleiro.
Mais informações:  AQUI
Fonte: Portal FAPESP

segunda-feira, 13 de junho de 2011

SIMTEC 2011

Esta semana, a partir de 14/06, até 17/06, tem inicio em Piracicaba, SP a 10ª Edição do SIMTEC (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia Canavieira).

O espaço  para o evento fica no antigo Engenho Central, localizado às margens do Rio Piracicaba. O engenho esta tombado pelo Patrimônio Histórico da Cidade, possui 80 mil [m2] e 12 mil [m2] de construção, foi comprado em 1899 pela Societé Sucrérie Brésiliennnes, e considerado um dos mais importantes o país, foi desativado em 1984.

A Feira que tem expositores dos vários ramos da indústria do setor Açúcar e Etanol, conta em paralelo com palestras pré agendadas durante todo o período do evento.

A cada ano tem aumentado a participação de visitas estrangeiras ao evento. Este ano, conta com a participação de 153 expositores mais os ciclos de palestras.

Para maiores informações, credenciamento e informações, visite o site do SIMTEC AQUI.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

CARGIL E GRUPO USJ ANUNCIAM CRIAÇÃO DE JOINT-VENTURE

A Cargill e o Grupo USJ anunciaram hoje a assinatura de acordo para a criação de uma joint-venture no segmento de açúcar, etanol e bioeletricidade, com participação de 50% para cada um dos participantes e gestão compartilhada. O valor da transação não foi revelado. A conclusão da transação, prevista para os próximos meses, está sujeita a aprovação das autoridades regulatórias.

O Grupo USJ é um dos principais produtores de açúcar, etanol e bioeletricidade no Brasil. Fundado em 1941, atualmente processa em cada colheita em torno de 8 milhões de toneladas de cana em duas plantas: S. João (Araras, SP) e S. Francisco (Quirinópolis, GO). Outra usina está em construção em Cachoeira Dourada, GO.

A nova empresa reunirá os ativos industriais do Grupo USJ no Estado de Goiás, representados pelas Usinas São Francisco, em operação desde 2007, na cidade de Quirinópolis, e a Usina Cachoeira Dourada, em construção no município de mesmo nome.  Da mesma forma, passará a ser sucessora dos contratos de fornecimento de cana-de-açúcar mantido com produtores da região. Parte do capital investido pela Cargill na joint-venture será utilizado na conclusão da Usina Cachoeira Dourada, que deverá entrar em operação na safra de 2013, além de outros aprimoramentos na Usina São Francisco. A Usina São João, em Araras (SP), não integra a nova empresa.

A capacidade para processamento de cana-de-açúcar das duas usinas juntas será de 7,5 milhões de toneladas por ano, e produzirão açúcar e etanol, além de unidade geradora de energia elétrica a partir de bagaço de cana, com capacidade para gerar 120 MWH, dos quais 1/3 para atender a sua própria demanda e os 2/3 excedentes destinados ao sistema de energia elétrica.

 

A Cargill, empresa com fundação em 1865, atua em 65 países.  Realizou seu primeiro investimento neste setor em 2006, quando adquiriu 64% do capital da Cevasa, em Patrocínio Paulísta (SP), uma associação com produtores daquela região,  e com o novo investimento amplia sua participação.

 

Segundo Hermínio Ometto – presidente do Grupo CSJ “ O objetivo em Goiás sempre foi transformar a região em um pólo de produção sustentável de alimentos e energia renovável, a partir de cana-de-açúcar, desenvolvendo também a cadeia produtiva na região” conclui.

 

Sobre a Cargill, visite  CLIQUE AQUI.

Sobre o Grupo USJ, visite CLIQUE AQUI

Fonte: Portal USJ

segunda-feira, 30 de maio de 2011

BRITISH PETROLEUM COMPRA 83% DAS AÇÕES DA CNAA

Com uma operação no mercado de ações, a companhia inglesa BP Biofluels Brasil, da divisão de Energias Alternativas da petrolífera Britsh Petroleum, adquiriu 83 [%] das ações da CNAA (Companhia Nacional de Açúcar e Álcool).

A British é uma das gigantes do setor petrolífero. Com esta aquisição a BP terá participação em três Unidades de Açúcar e Etanol localizadas em na região Centro-Oeste e Sudeste do País, em locais favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, tanto pelo clima como pela topografia, que facilita a mecanização.

A Unidade de Itumbiara está localizada no estado de Goiás, região Centro Oeste do Pais e as Unidades de Ituiutaba e Campina Verde, no Estado de Minas Gerais.

As Unidades somam mais de 3 milhões de toneladas/ano, com capacidade para 5 milhões de toneladas/ano.

A BP já detem 50% da Tropical Bioenergia S/A, também no estado de Goiás, que tem participações societárias da Maeda S/A Agroindustrial (25%) e Louis Dreyfous Bioenergia (25%). A capacidade de moagem está em 2,4 milhões de toneladas/ ano.

 

 

 

 

ESTUDO DO CENA (USP-PIRACICABA) RECEBE PREMIO

Estudo acadêmico do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, em Piracicaba, recebeu premio pelo trabalho em que comprova o benefício de sem manter a palha da cana-de-açúcar  no solo sem a necessidade de queima da mesma .

Como resultado da pesquisa, foi possível demonstrar que com manejo correto é possível aumentar o carbono no solo, removendo o CO2, que é uma gás de efeito estufa.

Para conhecer melhor este trabalho, publicado na American Society of Agronomy  CLIQUE AQUI

 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

EFEITO "PALHIATIVO"

Além de contribuir para a diminuição da erosão, a manutenção da palha da cana-de-açúcar na superfície de plantações que adotam o sistema de colheita mecanizada – a chamada cana crua ou verde – contribui significativamente para a redução das emissões de carbono do solo para a atmosfera na forma de gás carbônico.
A descoberta, feita por pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Jaboticabal, foi apresentada no Workshop do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

Por meio do projeto de pesquisa “Impact of management practices on soil CO2 emission in sugarcane production areas, southern Brazil”, apoiado pela FAPESP, os pesquisadores da Unesp realizaram entre 2008 e 2010 quatro estudos de campo em lavouras de cana-de-açúcar, após a colheita mecanizada e por queimada na região de Jaboticabal, para entender melhor o balanço de emissões de gases de efeito estufa em áreas de plantação canavieira.
Os estudos de campo e os testes em laboratório com amostras de solo demonstraram que os valores médios de emissão de carbono do solo de áreas cuja colheita da cana foi realizada pelo sistema mecanizado foram significativamente menores do que aqueles onde a cultura foi colhida pelo sistema de queima, em que se elimina a palha.
Em um experimento realizado ao longo de 50 dias em uma plantação que foi dividida em três áreas – sendo uma coberta por 50% de palha, a segunda por 100% do resíduo e a terceira sem palha –, os pesquisadores observaram que as áreas cobertas por palha emitiram 400 quilos a menos de carbono (correspondente a quase 1,5 mil quilos de gás carbônico) do que as áreas onde a palha foi retirada.|
“A retirada da palha da superfície de plantações de cana-de-açúcar causa emissões adicionais de carbono bastante significativas. Em um agrossistema que emite, no total, 3 mil quilos de dióxido de carbono, o aumento de mais 1,5 mil quilos do gás pela simples retirada da palha representa muito, e o solo seria a maior fonte de emissão”, disse o professor da Unesp e coordenador do projeto, Newton la Scala Júnior.

Leia mais AQUI
Fonte: Portal FAPESP - Elton Alisson

 

 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

APÓS 25 ANOS DA TRAGÉDIA DE TCHERNOBIL, CONSEQUÊNCIAS PERSISTEM

Um quarto de século depois, o acidente nuclear na Ucrânia continua causando sequelas à população e ao meio ambiente. Mesmo longe da área evacuada são detectados altos níveis de radiação em alimentos.

 

As sequelas da explosão na usina nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, em 26 de abril de 1986, podem ser sentidas, vistas e medidas mesmo 25 anos depois da catástrofe. 

Uma equipe da organização ambientalista Greenpeace esteve no local para avaliar as sequelas deixadas pela catástrofe, em março último, quando recebeu a notícia da explosão em Fukushima, no Japão.

"Não sabíamos exatamente o que estava acontecendo no Japão naquele momento, mas sabíamos que em 25 anos o cenário lá seria o mesmo", conta Aslihan Tumer, especialista do Greenpeace para assuntos de energia. Mesmo tanto tempo depois, as consequências na Ucrânia são visíveis por todos os lados.

Após a explosão, a nuvem radioativa contaminou não só a região ao redor da usina, como atingiu, com menor intensidade, a América do Norte e a Europa Ocidental. O reator continuou queimando por dez dias e a população dos arredores só foi avisada do perigo 70 horas após o acidente. Hoje, o reator danificado está revestido por uma espécie de sarcófago de aço e concreto.

Quase um quarto do território de Belarus foi contaminado, mesmo a 300 quilômetros de Tchernobil a radioatividade foi levada pelas chuvas. Porém as partículas radioativas se distribuíram de forma desordenada.

Enquanto em Chausy a irradiação ultrapassou pouco o limite permitido, algumas cidades vizinhas foram contaminadas de tal forma que tiveram de ser evacuadas para sempre. 

Os antigos moradores, como Oleg Pisarev, contam que ao lado das casas foram abertas enormes valas por gigantescos veículos militares. Em seguida, as casas inteiras eram empurradas para as valas e cobertas por terra.

 

Contaminação pela cadeia alimentar

"Mesmo longe da área evacuada ainda é possível detectar altos níveis de radioatividade, sobretudo no leite e em outros alimentos", declara Tumer.

"Ainda hoje as pessoas estão expostas à radioatividade por meio da cadeia alimentar", afirma a especialista do Greenpeace. Segundo ela, é possível detectar os efeitos da catástrofe de Tchernobil numa distância de centenas de quilômetros do local da explosão.

"As pessoas ainda sofrem com o que aconteceu, sobretudo as crianças", diz Tumer. Ela cita mutações genéticas em bebês cujos pais foram expostos à radioatividade há 25 anos. Em alguns casos, as crianças nascem sem alguns órgãos internos ou desenvolvem problemas cardíacos. Também os casos de câncer e de doenças da tireoide aumentaram vertiginosamente nas regiões contaminadas.

Os especialistas ainda não sabem quantas gerações serão afetadas pela tragédia de Tchernobil. Tumer cita um estudo segundo o qual 11 gerações sofrerão as consequências da explosão.

 

Vestígios na Alemanha

Há também pesquisas que provam que a natureza nos arredores de Tchernobil se recuperou nos últimos 25 anos. Peter Jacob, diretor do Instituto de Proteção contra a Radioatividade do Centro Helmholtz, de Munique, diz que o meio ambiente na área próxima à usina está melhor agora do que antes do acidente, "também pelo fato de não haver mais seres humanos por ali".

Jacob explica que não só algumas espécies se procriaram em maior quantidade, como também novas espécies se adaptaram à região, cuja radioatividade ainda é extremamente alta. Por isso, explica Tumer, tanto animais como frutos e cogumelos desta área também continuam contaminados.

O césio 137 liberado na explosão em Tchernobil ainda é detectado na Alemanha, em cogumelos e animais de caça. Também no mar ele continua presente, apesar da grande capacidade de dispersão no oceano.

O Instituto de Ecologia Pesqueira de Hamburgo, no norte da Alemanha, continua detectando no Mar Báltico césio 137 liberado em Tchernobil há 25 anos.

Autoras: Olga Kapustina/Irene Quaile (br)
Revisão: Roselaine Wandscheer

leia mais em: DEUTSCHE WELLE

 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

EXPLOSÃO EM PLATAFORMA DE PETROLEO CAUSOU VAZAMENTO DE 1,5 [KM] NO MAR

A plataforma que pertence à companhia Mariner Energy e está situada a cerca de 130 [km] ao sul da Baía de Vermilion, no Louisiana, sofreu uma explosão que deixou rastro de 1,5 [km] ao longo do Golfo do México, informou a guarda costeira norte americana.

Depois que a empresa responsável pela plataforma petrolífera ter garantido não haver qualquer sinal de derrame, a guarda costeira norte-americana, com base em informações dos trabalhadores, contradisse a empresa constatando a mancha de óleo, segundo a agência AFP.

Segunda a empresa, que se baseou na vistoria por técnicos que haviam visitado o local do acidente, após o controle do fogo, não detectando vazamentos.

Vários navios e helicópteros permanecem na região para monitoramento das chamas, que ainda não foram extintas.

Paralelamente já estão sendo investigadas as causas da explosão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CANA DE ACÚCAR RESFRIA O CLIMA

Boa notícia para o etanol. Uma pesquisa feita por cientistas do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution, nos Estados Unidos, concluiu que a cana-de-açúcar ajuda a esfriar o clima.

O estudo, publicado neste domingo (17/04), na segunda edição da revista Nature Climate Change, nova publicação do grupo editorial britânico, aponta que o esfriamento do clima local se deve à queda da temperatura no ar em torno das plantas à medida que essas liberam água e à reflexão da luz solar de volta ao espaço.

O trabalho, liderado por Scott Loarie, procurou quantificar os efeitos diretos no clima da expansão da cana-de-açúcar em áreas de outras culturas ou de pecuária no Cerrado brasileiro.

Foram utilizadas centenas de imagens feitas por satélites que cobriram uma área de quase 2 milhões de metros quadrados. Os cientistas mediram temperatura, refletividade e evapotranspiração, a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração.

“Verificamos que a mudança da vegetação natural para plantações e pastos resulta no aquecimento local porque as novas culturas liberam menos água. Mas a cana-de-açúcar é mais refletiva e também libera mais água, de forma parecida com a da vegetação natural”, disse Loarie.

“Trata-se de um benefício duplo para o clima: usar cana-de-açúcar para mover veículos reduz as emissões de carbono, enquanto o cultivo da planta faz cair a temperatura local”, destacou.

Os cientistas calcularam que a conversão da vegetação natural do Cerrado para a implantação de culturas agrícolas ou de pecuária resultou em aquecimento médio de 1,55 [ºC]. A troca subsequente para a cana-de-açúcar levou a uma queda na temperatura do ar local de 0,93 [ºC].

Os autores do estudo enfatizam que os efeitos benéficos são relacionados ao plantio de cana em áreas anteriormente ocupadas por outras culturas agrícolas ou por pastos, e não em áreas convertidas da vegetação natural.

Fonte: Portal FAPESP

O artigo Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil (doi:002010.1038/nclimate1067), de Scott Loarie e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Climate Change em www.nature.com/nclimate.

 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR E ETANOL SÃO AMPLIADAS NO PORTO DE PARANAGUA (PR)

As exportações de açúcar pelo Porto de Paranaguá cresceram nos primeiros três meses de 2011. Até março, o Porto exportou 491 mil [toneladas] do produto,  um aumento de 14 [%] no volume.
Com início da safra 2011/2012, a expectativa do terminal que mais exporta açúcar por Paranaguá, a Pasa (Paraná Operações Portuárias), é que o crescimento das exportações do produto seja menor.

ÁLCOOL – De janeiro a março, foram exportados pelo Porto de Paranaguá 21,6 mil [toneladas de etanol].  O resultado é 26,2 [%] superior do verificado no mesmo período do ano passado. No entanto, a expectativa é que a exportação do produto não sofra grandes alterações também, pois a maior parte da produção brasileira de etanol será destinada para consumo interno, desfavorecendo as exportações.

INVESTIMENTOS – Hoje, 70 [%] do açúcar a granel que chega a Paranaguá para exportação vem por ferrovia. A Pasa, que é a maior exportadora de açúcar pelo Porto de Paranaguá, conta com uma estrutura de seis moegas ferroviárias, três rodoviárias e dois armazéns que juntos têm capacidade para 174 mil [ T ].
A Paraná Operações Portuárias S/A (Pasa) foi o primeiro terminal especializado no embarque se açúcar a granel do sul do País, criado em 2002 e é formado por nove empresas paranaenses, entre usinas e cooperativas sucroalcooleiras do norte do estado. O terminal tem uma capacidade de embarque de 1.500 [ T ] de açúcar por hora.
Leia mais em Bem Parana

USINAS INICIAM MOAGEM DA CANA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Em cerimônia de abertura oficial da safra de cana (14/04), da Região Centro-Sul ocorreu na Usina Santa Luzia, da ETH Bioenergia, no município de Nova Alvorada do Sul, em Mato Grosso do Sul.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), metade das 90 usinas que entraram em atividade hoje está no estado de São Paulo, que produz 50% da cana brasileira. Além delas, mais 195 começarão a moagem na segunda quinzena de abril e 50, na primeira metade de maio.
Há uma semana, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que deve ser publicada nas próximas semanas uma medida provisória com “uma nova política para o setor sucroalcooleiro”, separando etanol de açúcar, apesar de terem a mesma origem – a cana. Ele afirmou ainda que o governo apoiará o setor na retomada de investimentos, mas cobrará contrapartidas, como garantia de suprimento.
Em estimativa da Única, a safra 2011/2012 ira moer cerca de 568,5 [milhões de toneladas de cana-de-açúcar] no Centro-Sul, um aumento de 2,11 [%] em relação a safra passada.
O último levantamento da atual safra brasileira de cana (2010/2011), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em janeiro, prevê que do total da cana moída 46,2 [%] serão destinadas à produção de açúcar e 53,8 [%], transformados em etanol, o que representa um volume de 27,6 [bilhões de litros].
Leia mais em AGENCIA BRASIL – Danilo Macedo -