sábado, 22 de maio de 2010

PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA EM QUATRO DOS CINCO MAIORES GRUPOS SUCROALCOOLEIROS NO BRASIL

São Paulo - A participação de estrangeiros no setor de açúcar e álcool triplicou nos últimos três anos. Na safra 2007/2008, apenas 7% das usinas contavam com alguma presença de capital externo - seja como controlador, seja como minoritário. Já na safra 2010/2011, essa porcentagem deve chegar a 22%. A estimativa é de um estudo da União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) citada pelo consultor Eduardo Chaim, da Dextron.
Chaim também coordenou uma pesquisa sobre o setor. O trabalho mostra que a tendência é de aumento da participação estrangeira entre os maiores grupos do setor, à medida que a concorrência se torne mais acirrada. Gigantes como a americana ADM, a britânica British Petroleum e a Noble Group, de Hong Kong, devem investir na ampliação de suas operações locais. Para Chaim essa competição vai melhorar a competitividade do setor, porque os estrangeiros contam com estruturas mais profissionais e ferramentas de gestão mais modernas que a maioria das empresas brasileiras.
O estudo não detectou nenhuma preferência dos grupos estrangeiros por usinas maiores ou menores. A Shell, por exemplo, entrou no setor por meio de uma joint-venture com a Cosan, que é a segunda maior empresa do setor, já a British Petroleum adquiriu 50% da usina Tropical Bioenergia, segundo Chaim, que não está entre as maiores.
Isso não quer dizer que os estrangeiros estejam fora das primeiras posições do ranking do setor. A pesquisa lembra que, dos cinco maiores grupos sucroalcooleiros do país, quatro contam com estrangeiros em seu capital – a Cosan, Louis Dreyfys, Bunge e Guarani.

Histórico
As primeiras incursões estrangeiras no setor ocorreram no início desta década, com a chegada dos franceses Louis Dreyfus, em 2000 e Tereos em 2002. A entrada de empresas estrangeiras se intensificou a partir de 2005, quando o etanol despontou no mercado internacional como uma fonte de energia renovável, impulsionado pela alta do petróleo, segundo Chaim.
Empresas de diversos países atuam no setor sucroalcooleiro brasileiro, segundo a Dextron, como China (Noble), Espanha (Abengoa), Estados Unidos (ADM, Bunge), França (Louis Dreyfus, Tereos), Holanda (Shell), Inglaterra (British Petroleum, Clean Energy Brazil) e Japão (Mitsubishi, Sojitz).
Fonte: DIVULGAÇÃO/ÚNICA

 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ENTRADA DO ETANOL BRASILEIRO NOS EUA TEM PREVISÃO PARA 2013

NOVA YORK - O etanol de cana-de-açúcar do Brasil deve ser importado pelos Estados Unidos de forma constante a partir de 2013 ou 2014, diz Plínio Nastari, presidente da consultoria brasileira Datagro. "Será quando as metas definidas pelo Padrão de Combustível Renovável [o RFS 2] começarem a exigir complementação para o produto importado", explicou Nastari.
O RFS 2 é um padrão definido pelo Estado da Califórnia que determina a utilização de combustíveis renováveis avançados, que reduzam a emissão de gases de efeito estufa em até 50%.  O etanol de cana foi considerado como o melhor combustível para atender esta demanda tanto pela Califórnia como pela Agência Ambiental dos Estados Unidos, a EPA.
Hoje, o Brasil exporta etanol para os EUA de forma eventual quando surge uma janela de oportunidade criada pela queda dos preços do etanol no Brasil ou alta demasiada das cotações nos EUA. Parte desta exportação brasileira não é feita diretamente mas triangulada via os países do Caribe - que possuem subsídios - para evitar o imposto de importação norte-americano, atualmente em US$ 0,54 por galão.
"Isso será um complemento ao mercado brasileiro. Mas o grande mercado continuará sendo o doméstico", acrescentou o executivo, durante a 4ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, organizada conjuntamente pela Organização Internacional do Açúcar e a Datagro, no hotel Waldorf Astoria, em Nova York. E completa dizendo que o consumo de etanol no Brasil este ano deve ser de 24 bilhões de litros.
Fonte: Agencia Estado – jornal DCI

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A COMPRA DA EQUIPAV PELA INDIANA SHREE RENUKA PODE AMARGAR

Mumbai - O investimento da Shree Renuka Sugars para adquirir a  Equipav S/A Açúcar e Álcool enfrenta o perigo de cair completamente, pois dois prazos para concluir a transação já se esgotaram. O prazo inicial de 20 dias foi prorrogado por 40 dias, que expirou em 22 de abril.
Enquanto isso, a produção de açúcar subiu e os preços têm caído. A Shree Renuka injetou quase 50% este ano, a partir de uma alta de 52 semanas de R$123,60 em 07 de janeiro, estando em R$ 62,00 na última sexta-feira. Em 21 de fevereiro, a Shree Renuka havia anunciado a aquisição de 50,79% da Equipav, sujeito à aprovação de uma dívida aceitável e um pacote de reestruturação pelos credores da Equipav, que
tem uma dívida de US$ 822 milhões. O acordo da negociação pode ser maior ainda por uma empresa de açúcar da Índia.
Com a indústria global de açúcar entrando num ciclo de baixa, “os investidores estão recuando do mercado de estoques de açúcar no momento”, diz Ashish Upganlawar, um analista da Sharekhan, e o negócio corre o risco de cair completamente, afirmam analistas. Para adicionar combustível às especulações, a gestão da Shree Renuka tem dito que não iria comentar, neste momento, sobre qualquer aspectos do negócio.
"Com os preços do açúcar caindo para R$ 30,00 em relação aos níveis do ano passado de R$ 40,00-30,00/kg, não há valor ou potencial em investir no estoque", diz ele.
Os relatórios recentes, disse, devido ao ciclo de baixa global do setor, Shree Renuka exigiu participação adicional de até 8% para concluir o negócio. A empresa está exigindo isso em virtude do contrato ter sido assinado com base no valor da empresa, e os preços mundiais do açúcar caíram 20% desde então. A nova exigência, entretanto, não poderiam ser verificadas de forma independente.
Os preços do açúcar subiram a níveis atraentes de R$ 35,00 – 40,00/ kg no ano passado, depois de descer a R$ 13,00/kg há três anos atrás. Agora, com os preços  caindo a R$ 30,00, marca o início de um ciclo de baixa. Ao mesmo tempo, a produção interna aumentou, passando de 15 milhões de toneladas no ano passado para 20 milhões de toneladas este ano, pressionando os preços. Segundo um analista, se os custos de cana-de-açúcar a R$ 25,00 /kg, e outros custos a R$ 5,00, há portanto baixa margem para lucrar com a commodity.
Fonte: The Finacial Express

quinta-feira, 6 de maio de 2010

COPERSUCAR S/A - NOVAS EMPRESAS SE ASSOCIAM

Em meio a grandes movimentos no segmento sucroalcooleiro, a Copersucar S.A. vem reforçando a atuação e trazendo para o seu time usinas que estão fora do movimento de consolidação. São empresas que buscam na associação com a maior companhia de comercialização de açúcar e etanol do país a forma de continuar fortalecidas no setor, cada vez mais dominado por grandes companhias.
Desde 2009, cinco usinas tornaram-se sócias da Copersucar, agregando uma capacidade de moagem de cana de cerca de 12 milhões de toneladas. A quinta nova sócia foi anunciada ontem: a norueguesa Umoe Bioenergy, controladora de duas usinas em São Paulo e a primeira de capital estrangeiro a se juntar à companhia.
As últimas adesões e a expansão da área de trading de açúcar da Copersucar trazem uma marca importante à empresa neste ano. Na safra atual, a 2010/11, a companhia irá comercializar uma produção de açúcar e álcool equivalente à moagem de 105 milhões de toneladas de cana – 25% mais que no ano passado. Serão 89 milhões das 37 sócias e 16 milhões de não-sócias. O número equivale a quase o dobro da capacidade da maior empresa do segmento no mundo, a Cosan, que deve esmagar 63 milhões de toneladas neste ciclo.
O volume de açúcar negociado vai crescer 33%, saltando para 6,9 milhões de toneladas. Isso significa que, sozinha, a Copersucar vai superar a comercialização do segundo país exportador do produto no mundo depois do Brasil, a Tailândia, que embarcou, em 2009, 4,5 milhões de toneladas da commodity.
As mudanças no setor têm provocado as usinas a fazerem mais a lição e a buscar um posicionamento estratégico, diz o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti.
Nesta safra, a Copersucar deve centralizar a comercialização de 18% de todo açúcar e álcool produzidos na região Centro-Sul, percentual que era de 14% na safra 2008/09. Nosso plano é em dez anos responder por 30% da comercialização da região que também crescerá a taxas de 6% a 7% ao ano, diz o CEO da empresa, Paulo Roberto de Souza.
Para fazer frente a esse crescimento, a empresa conclui no momento um projeto logístico que demandará investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, a serem aplicados ao longo de cinco anos. Souza afirma que os detalhes estão sendo fechados, mas que a expansão se dará em infraestrutura portuária, no aumento do número de pontos de transbordo e na capacidade de embarque via ferrovia e hidrovia. Temos usinas associadas que estão preparadas para embarcar álcool em hidrovia. Aproveitaremos o potencial, diz Souza.
A operação com álcool também foi reforçada pela criação no ano passado da comercializadora de álcool , dentro da nova regulamentação da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Agora, com a comercializadora, a Copersucar também está autorizada a negociar etanol de não-sócios no mercado interno. A venda total de etanol da empresa deve ficar em 4,6 bilhoes de litros, 16% mais que na temporada 2009/10.
Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 4 de maio de 2010

INAUGURAÇÃO DA USINA VALE DO TIJUCO, EM UBERABA

A usina, inaugurada ontem, pertence à Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), que está investindo na construção de outras duas unidades em Uberlândia – Usina Uberlândia e Usina Floresta dos Lobos.
Com capacidade inicial de moagem de dois milhões de toneladas de cana por ano, a Usina Vale do Tijuco terá capacidade de produção, durante a safra, de 180 milhões de litros de etanol, gerando 140 mil MWh. A CMAA investiu R$ 300 milhões no empreendimento, com a geração de 500 empregos diretos.
Investimentos da CMMA
A CMMA trabalha com a perspectiva de expandir a capacidade de produção da Vale do Tijuco para quatro milhões de toneladas, com o acréscimo de R$ 150 milhões de investimento na usina. Nessa segunda etapa, também será produzido açúcar, além do etanol.
O investimento total que a CMAA está fazendo nas usinas em Uberlândia é de R$ 1,6 bilhão, para uma capacidade de moagem total de 12 milhões de toneladas. Esse montante permitirá a produção de 1,08 bilhão de litros de etanol e geração 840 MWh de energia, abrindo um mercado para mais três mil empregos diretos e 7,5 mil indiretos.
Cemig
Parte da energia gerada pela Usina Vale do Tijuco reforçará o sistema elétrico da Cemig. Por meio da Efficientia, subsidiária da Cemig, foi feita parceria com a CMAA, para integrar energia à rede de distribuição da estatal. Além de etanol, a Vale do Tijuco irá gerar 45 MW, chegando em 2012 a 65 MW. A previsão é que haja excedente de 25 MW na primeira fase e 45 MW na fase final, o suficiente para fornecer energia elétrica a 120 mil residências.
Produção recorde
A produção mineira de cana-de-açúcar destinada à indústria sucroalcooleira, em 2010, deve alcançar 56,2 milhões de toneladas, superando o recorde de 49,9 milhões de toneladas registrado no período anterior. O aumento previsto é de 12,6%, enquanto para a safra nacional do produto, com as mesmas finalidades, a previsão é de 664,33 milhões de toneladas e, neste caso, o crescimento é de 9,9%, também garantindo recorde. Os números foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com base nesse levantamento Minas Gerais se consolida como o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país. São 648 mil hectares dentro da área total do país reservada para este segmento.
A produção de açúcar no Estado, em 2010, deve crescer 20% em relação à safra passada. Já o crescimento da produção de álcool deve ser de 11%. O Triângulo Mineiro é a principal região produtora do Estado e Uberaba lidera a produção de cana-de-açúcar entre os municípios, com destaque também para Conceição das Alagoas, Ituiutaba, Frutal e Iturama. Das 10 usinas que entram em funcionamento nesta safra no Brasil, três estão em Minas Gerais, que alcançou o posto de segundo maior produtor de cana-de-açúcar, etanol e açúcar do país, na safra 2009/2010, ultrapassando o Paraná. O maior produtor é São Paulo. A produção de açúcar em Minas atingiu 2,68 milhões de toneladas, com crescimento de 21,4% em relação ao ano anterior. A produção de etanol está em 2,24 bilhões de litros, aumento de 3,9% em relação aos 2,16 bilhões de litros da safra passada.
Os investimentos no setor, em Minas Gerais, entre 2003 e 2010 somam US$ 5 bilhões, com a implantação de 22 usinas de açúcar e álcool. Esses investimentos geraram cerca de 40 mil empregos diretos, conforme os números do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais (Siamig/Sindaçúcar-MG).
Atualmente, há 43 usinas de açúcar e álcool em produção no Estado, sendo que 23 delas estão localizadas no Triângulo Mineiro, representando 66% do total da produção mineira.
Fonte: Agência Minas

USINA BOA VISTA INAUGURA CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Usina Boa Vista, do Grupo São Martinho localizada em Quirinópolis, GO, inaugurou no dia 30 de abril, o Centro de Educação Ambiental (CEA). O projeto, dotado de amplo espaço interno e externo, com infraestrutura, ferramentas, equipamentos e recursos diferenciados para promover a educação ambiental, tem como objetivo principal conscientizar sobre a responsabilidade da usina, do colaborador e da comunidade com a preservação do meio ambiente.
Mais de 80 convidados participaram da cerimônia de inauguração, entre eles o prefeito de Quirinópolis, Gilmar Alves, e o secretário estadual do Meio Ambiente de Goiás, Roberto Freire, além de outras autoridades, produtores, professores de escolas da região e representantes da São Martinho, como Nelson Marinelli, superintendente de Relações Institucionais e Gestão de Risco, e Fernando Calsoni, diretor agroindustrial da unidade.
O CEA da Usina Boa Vista é inspirado no formato de sucesso do projeto, criado em 2000 na Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), e que tem recebido mais de 6 mil visitantes por ano, a maioria estudantes dos ensinos médio e fundamental. O Grupo São Martinho tem por tradição e prática investir na sustentabilidade e acredita que sua atividade produtiva deve ocorrer em harmonia com o meio ambiente.
No novo CEA, os visitantes receberão informações sobre o uso consciente da água, os cuidados com o solo e preservação de matas ciliares e os processos agroindustriais das usinas. Conhecerão também etapas como o plantio e o controle biológico da cana, o viveiro de mudas e a produção de etanol tendo como foco o uso consciente dos recursos naturais e matérias-primas utilizados pelo Grupo.
Para o Grupo São Martinho, a inauguração do CEA da Usina Boa Vista é mais um passo importante para o desenvolvimento produtivo sustentável, tornando suas unidades empresas socialmente justas, culturalmente aceitas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas.
Agencia : UTOP; ProCana Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário

segunda-feira, 3 de maio de 2010

PETROBRÁS ENTRA NO MERCADO DO ETANOL

A compra pela Petrobras de 45% da Açúcar Guarani, controlada pela francesa Tereos, anunciada nesta sexta-feira, marcou o tão esperado ingresso para valer da gigante estatal brasileira no setor de açúcar, álcool e energia. "Pela primeira vez, a Petrobras botou o pé no setor", diz Antonio de Pádua Rodrigues, diretor-técnico da União da Indústria de cana  de açúcar (Unica). Surpreso que o movimento da estatal tenha sido feito sobre o grupo francês, Pádua Rodrigues dá o tom do significado. “A Petrobras passa a ser acompanhada como o maior player em potencial de crescimento”.
A Petrobras já tinha feito um movimento que passou quase desapercebido às vésperas do Natal do ano passado em razão do seu porte. A estatal pagou R$ 150 milhões para ficar com 40% da usina Total Agroindústria Canavieira, situada em Bambuí (MG), com capacidade instalada de produção de 100 mil litros de etanol por ano.
O acordo com a Guarani é substancialmente maior. Com sete plantas industriais, sendo seis no País e uma em Moçambique, nesta safra de 2010/11, a Açúcar Guarani deve processar 17,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Só perde para a Cosan, LDC Commodities e Bunge, as principais do setor hoje.
Analistas avaliam que o valor pago pela estatal é considerado alto. A Petrobras vai desembolsar o equivalente a quase US$ 120 por tonelada de cana, valor que só perde para os US$ 124 por tonelada que foi pago pela espanhola Abengoa pela usina São João, de São João da Boa Vista (SP), em 2007, no auge da euforia do etanol. O preço é o dobro do ano passado, quando a crise pegou em cheio inúmeros grupos usineiros endividados.
A Petrobras desejava ter uma posição no setor, mas seu interesse cresceu depois do acordo fechado pela Cosan, controlada pelo usineiro Rubens Ometto, com a Shell no início do ano, abrindo uma porta no mercado brasileiro de biocombustíveis para o tradicional grupo petrolífero anglo-holandês. A estatal já namorou a Usina Cerradinho, que procura um sócio. Outra possibilidade é associar-se a outros grupos. Esperava-se inicialmente que a Petrobras comprasse a Brenco, que fechou acordo com a ETH, do grupo Odebrecht, mesmo assim, executivos ligados ao tradicional grupo empreiteiro não vêem motivos para preocupação desde que a participação da estatal seja minoritária.
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Fonte: Portal iG- São Paulo