quinta-feira, 22 de julho de 2010

A PARTIR DE 2011 DIESEL DE CANA-DE-AÇÚCAR SERÁ COMERCIALIZADO NO BRASIL

O Brasil deve comercializar diesel produzido a partir de cana-de-açúcar em 2011. É o que promete a produtora americana do biocombustível Amyris Biotechnologies após inaugurar, nesta terça-feira (20), um projeto em associação com a prefeitura da cidade de São Paulo.
A divisão brasileira da Amyris Biotechnologies disse que a fábrica de São Martinho, que produzirá o biocombustível em grande escala, deve entrar em funcionamento no próximo ano; com comercialização imediata.
A Amyris e a Prefeitura iniciaram um projeto piloto onde três ônibus do transporte urbano público serão abastecidos com 5% do biodiesel de cana-de-açúcar enquanto outros três serão abastecidos unicamente com biocombustível, a fim de estabelecer um comparativo de rendimento. A Amyris, que desenvolveu o biocombustível de segunda geração, escolheu o mercado brasileiro como plataforma do produto e espera se unir aos grandes produtores locais de etanol, como a Cosam, Bunge e Açúcar Guarani, para conseguir atender a futura demanda.
No projeto piloto de São Paulo participam também a multinacional automotiva alemã Mercedes-Benz, encarregada de fabricar os motores dos ônibus, e a Petrobras, que tomará conta da distribuição do diesel de cana-de-açúcar.
O diesel de cana-de-açúcar foi aprovado pelos organismos reguladores dos Estados Unidos, que o consideraram o biocombustível menos poluente e não atenta contra a produção de alimentos.
Fonte: Portal G1


MELHORES QUEIMAS

Aumentar a economia no consumo de combustível e reduzir a emissão de poluentes é a meta de qualquer fabricante de motor a combustão. É também o foco de uma pesquisa em andamento no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas (SP), e no Departamento de Física da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

A pesquisa tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), tendo sido aprovada na chamada lançada em julho de 2008 no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e do convênio entre as instituições.
A pesquisa envolve experimentos com plasma, o quarto estado da matéria e que está presente no processo de ignição. A interação da faísca emitida pela vela de ignição com as moléculas de combustível gera o plasma que provoca a explosão liberadora de energia – que, por sua vez, faz o motor funcionar.
O processo de ignição envolve três fases. Na primeira, é feita a ruptura do gap (espaço vazio) entre os eletrodos da vela. Depois, ocorre a transição para um arco voltaico por meio da aplicação de uma alta corrente com baixa voltagem. Por fim, é obtida uma descarga elétrica rápida, da ordem de milissegundos – nessa última etapa se concentra 90% da energia envolvida no processo.
Para estudar o ciclo está sendo construída uma câmara hiperbárica que pode trabalhar até 14 atm (atmosferas) de pressão para simular as condições de queima. Nela, serão empregados os gases metano e hidrogênio.
“Não usaremos combustível nessa fase porque isso exigiria um sistema mais caro para absorver a energia que seria gerada”, explicou Amorim, ressaltando que a etapa será importante para o levantamento das temperaturas envolvidas no processo.
O grupo de pesquisa também desenvolveu o seu próprio gerador de pulsos de alta tensão. Um microprocessador roda um programa em linguagem C (de computação), que gerencia os sinais gerados de acordo com os parâmetros desejados.
Um dos objetivos com o aparato é conseguir controlar o tempo e o volume do plasma e, com isso, encontrar as melhores condições para uma queima mais eficiente do combustível.
O projeto de uma nova vela, que envolverá também um software de controle, deverá ser um dos frutos dessa primeira etapa do projeto. “Na segunda etapa, utilizaremos cilindros transparentes para poder visualizar o experimento”, apontou Amorim.
Fonte: Portal FAPESP

 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

DEDINI SE UNE À NOVOZYMES EM PROJETO PARA ETANOL DE CELULOSE

A Dedini S/A Indústrias de Base, pioneira no assunto no Brasil, com início de suas pesquisas em 1980, estava a procura de parceiros para dar continuidade ao DHR (Dedini Hidrólise Rápida), cuja finalidade é produzir etanol de segunda geração.
Hoje, confirma parceria com a empresa dinamarquesa Novozymes, especializada em enzimas industriais, e a brasileira Dedini Indústria de Base, a maior empresa de equipamentos para o setor sucroalcooleiro do país, anuncia o projeto conjunto para produção de etanol celulósico feito a partir de bagaço e de palha de cana-de-açúcar. O objetivo é construir uma usina integrada a uma planta de açúcar até 2012 e vencer o desafio de fabricar o etanol celulósico mais competitivo mundo.
O projeto usará enzimas para hidrolisar as moléculas de celulose do bagaço e da palha da cana, ou seja, transformar a biomassa em açúcares. A Dedini desenvolveu entre 2003 e 2007 uma planta experimental de etanol celulósico em uma usina em São Paulo, mas utilizando ácidos no processo de hidrólise.
A enzima já foi desenvolvida pela Novozymes e está em uso em um outro projeto da empresa dinamarquesa com a americana Poet, uma das maiores produtoras de biocombustíveis de segunda geração dos Estados Unidos.
William Yassume Yassumoto, gerente de Novos Negócios da Novozymes no Brasil, conta que a Poet anunciou neste ano a construção de uma planta de demonstração de etanol celulósico, usando essa enzima, com custos de produção viáveis nos Estados Unidos.
O primeiro grande projeto da Novozymes em etanol celulósico no Brasil começou em 2007 com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), entidade privada de pesquisa em cana mantida por usinas do Centro-Sul. O objetivo é semelhante ao do acordo com a Dedini, ou seja, implantar uma fábrica de demonstração de etanol celulósico. "Mas, as pesquisas têm foco na necessidade dos associados do Centro. O etanol sairá da fábrica americana a US$ 2 por galão, que é o valor equivalente ao custo do etanol convencional de milho nos EUA. No entanto, para o Brasil, a Novozymes precisa apresentar um custo menor, pois trabalhamos com um patamar da ordem de US$ 1,50 por galão ", completa Yassumoto.
A tecnologia de produção de etanol celulósico já é dominada pela pesquisa. O desafio agora é torná-lo competitivo.
No projeto piloto desenvolvido pela Dedini  o etanol celulósico foi produzido, mas com custos entre quatro e oito vezes mais altos do que o do etanol de cana, conta José Luiz Olivério, vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini.
Nesta parceria, a Novozymes deve usar outras enzimas nos testes. As duas empresas ainda não calcularam quanto de investimento esse projeto irá absorver, valor que deve ser definido em uma fase mais avançada do projeto, quando o escopo da usina tiver definido.
Provando-se viável economicamente, a produção de etanol celulósico com palha e bagaço de cana poderá dobrar a atual fabricação de etanol nas usinas do Brasil, segundo Olivério. "Uma indústria com boa produtividade agrícola e industrial produz 7 mil litros de etanol por hectare de cana cortada. Se essa mesma usina utilizar 100% do bagaço e da palha de cana disponível para produção de etanol celulósico, essa produção sobe para 12 mil a 13 mil litros", detalha.
LEIA MAIS SOBRE O ETANOL CELULÓSICO, AQUI
Fonte: Portal Valor Ecomomico / Jornal do Paraná

quarta-feira, 14 de julho de 2010

BRASKEM NO RS, SERÁ A PRIMEIRA FÁBRICA DE PLÁSTICO A USAR MATÉRIA-PIRMA RENOVÁVEL EXTRAÍDA DO ETANOL

Nova unidade da Braskem em Triunfo vai começar a operar em agosto

A primeira unidade que produzirá o chamado plástico verde em larga escala no mundo iniciará as atividades antes do previsto no Rio Grande do Sul. A diretoria da Braskem anunciou nesta quarta-feira em Porto Alegre que a operação da fábrica em Triunfo vai começar em agosto e não mais em outubro.
A empresa recebeu da Fepam a Licença Ambiental Definitiva para operar. A construção, que começou em maio de 2009, está praticamente concluída, faltando apenas alguns detalhes. O investimento foi de R$ 500 milhões. A unidade produzirá 200 mil toneladas de eteno por ano.
O produto 100% renovável é extraído do etanol da cana-de-açúcar. De acordo com o vice-presidente da Braskem, Manoel Carnaúba, cerca de 80% da produção já está comercializada.
— A demanda é três vezes a nossa capacidade instalada. Nós temos um volume bastante significativo já contratado, mas temos a intenção de manter uma parte disso fora dos contratos porque a nossa intenção é fazer o marketing global desse produto. Ele tem uma demanda ambiental muito forte. E o que nós queremos é que o mundo passe a conhecer esse novo produto.  Os principais destinos do produto são Ásia, Europa e Estados Unidos. O etanol será transportado por ferrovias e hidrovias dos estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso.
A governador Yeda Crusius anunciou a criação de um comitê público-privado para estimular o plantio da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul. O secretário de desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Josué de Souza Barbosa, explica.
— Tem municípios já cadastrados como aptos, habilitados a plantar, e isso é importante, temos mais de 200 municípios aptos a fazer a plantação de cana, casualmente numa região aonde o clima não é favorável para outras culturas, então não vai ocorrer a substituição de culturas.
O eteno permite a fabricação de plástico sem a necessidade do uso do petróleo.
Fonte: Portal ZERO HORA - Eduardo Matos 

 

 

PETROBRAS OBTÉM LICENÇA PARA CONSTRUÇÃO DE DUTO PARA ETANOL

Aprovado pelo IBAMA, trecho inicial de 542 quilômetros custará 1,1 bilhão de dólares e passará por 34 municípios

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (7/07) a permissão do Ibama para a implantação do Sistema de Escoamento Dutoviário de Etanol, que tem início de funcionamento previsto para a segunda metade de 2011. O projeto será coordenado pela PMCC - Projetos de Transporte de Álcool, uma parceria entre a Petrobras, Camargo Corrêa e a empresa japonesa Mitsui.
O novo duto terá comprimento de 542 quilômetros em seu primeiro trecho, com capacidade para transportar ate 12,9 milhões de metros cúbicos de etanol por ano. O investimento estimado para a implantação da linha é de 1,1 bilhão de dólares. O sistema irá transportar etanol das regiões produtoras no Centro-Oeste do país e Noroeste de São Paulo até os grandes centros consumidores de São Paulo e Rio de Janeiro, possibilitando ainda o transporte por cabotagem para outros estados e a exportação do produto.
O trecho terá inicio no município mineiro de Uberaba e seguirá por outras 33 cidades no estado de São Paulo até o Vale do Paraíba paulista onde se conectará a dutos já existentes na direção da Grande São Paulo, Rio de Janeiro e o litoral paulista.
O projeto contará ainda com dois centros coletores -- um em Uberaba (MG) e outro em Ribeirão Preto (SP) --, com a finalidade de receber o etanol proveniente das usinas produtoras, principalmente por meio de transporte rodoviário. As companhias preveem a ampliação da rede até o Terminal de Senador Canedo (GO) e novos dutos ligando a cidade de Paulínia (SP) a Hidrovia Paraná-Tietê e ao terminal marítimo de São Sebastião (SP).
Fonte: PORTAL Exame.com