quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SHELL E COSAN ASSINAM ACORDO DE PARCERIA EM COMBUSTÍVEIS

A Cosan, maior produtora mundial de açúcar e álcool, anunciou nesta quarta-feira (25) que assinou acordo vinculante definitivo com a Royal Dutch Shell, criando a esperada parceria avaliada em US$ 12 bilhões com a companhia europeia, concluindo negociações iniciadas no início do ano. A  nova empresa deverá ser uma das maiores produtoras mundiais de etanol.
A parceria prevê a união das operações de combustíveis de ambas as companhias no Brasil, com potencial de vendas anuais de US$ 21 bilhões. O acordo deve ser concluído no primeiro semestre de 2011 e está condicionado à aprovação de órgãos governamentais de concorrência.
"Com capacidade de produção anual de mais de 2 bilhões de litros, a joint venture proposta será um dos maiores produtores mundiais de etanol", afirmam as empresas em nota. "Com volume total anual de vendas de cerca de 18 bilhões de litros de combustíveis, a joint venture proposta terá sólida posição competitiva no mercado de distribuição de combustíveis brasileiro sendo, no varejo, através de uma rede de 4.500 postos revendedores".
No mercado global, a nova empresa formada também vai explorar oportunidades de produção e venda de etanol e açúcar.
Em comunicado ao mercado, a Cosan afirma que a parceria será composta por três empresas distintas, nos segmentos de açúcar e álcool, distribuição de combustíveis e administração.
Conforme o memorando assinado em fevereiro, a joint-venture inclui a transferência de todas as usinas de açúcar e etanol da Cosan, incluindo co-geração de energia a partir do bagaço da cana e ativos de distribuição e comercialização de combustíveis. Ainda, o documento divulgado nesta quarta-feira inclui também as oito futuras plantas de co-geração da empresa brasileira que não estavam previstas anteriormente.
Conforme o entendimento inicial, será transferida à joint-venture uma dívida líquida de cerca de US$ 2,524 bilhões, acrescida de um adicional não previsto de R$ 500 milhões junto ao BNDES, não estipulado no memorando de fevereiro.
A Shell, por sua vez, irá transferir os ativos referentes a venda e distribuição de combustíveis no Brasil, seu negócio de combustíveis de aviação e participação em duas empresas de pesquisa e desenvolvimento a partir da biomassa (Iogen e Codexis). A companhia europeia também entrará com um aporte de aproximadamente US$ 1,6 bilhão.
Fonte: Portal G1

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