quarta-feira, 14 de julho de 2010

BRASKEM NO RS, SERÁ A PRIMEIRA FÁBRICA DE PLÁSTICO A USAR MATÉRIA-PIRMA RENOVÁVEL EXTRAÍDA DO ETANOL

Nova unidade da Braskem em Triunfo vai começar a operar em agosto

A primeira unidade que produzirá o chamado plástico verde em larga escala no mundo iniciará as atividades antes do previsto no Rio Grande do Sul. A diretoria da Braskem anunciou nesta quarta-feira em Porto Alegre que a operação da fábrica em Triunfo vai começar em agosto e não mais em outubro.
A empresa recebeu da Fepam a Licença Ambiental Definitiva para operar. A construção, que começou em maio de 2009, está praticamente concluída, faltando apenas alguns detalhes. O investimento foi de R$ 500 milhões. A unidade produzirá 200 mil toneladas de eteno por ano.
O produto 100% renovável é extraído do etanol da cana-de-açúcar. De acordo com o vice-presidente da Braskem, Manoel Carnaúba, cerca de 80% da produção já está comercializada.
— A demanda é três vezes a nossa capacidade instalada. Nós temos um volume bastante significativo já contratado, mas temos a intenção de manter uma parte disso fora dos contratos porque a nossa intenção é fazer o marketing global desse produto. Ele tem uma demanda ambiental muito forte. E o que nós queremos é que o mundo passe a conhecer esse novo produto.  Os principais destinos do produto são Ásia, Europa e Estados Unidos. O etanol será transportado por ferrovias e hidrovias dos estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso.
A governador Yeda Crusius anunciou a criação de um comitê público-privado para estimular o plantio da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul. O secretário de desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Josué de Souza Barbosa, explica.
— Tem municípios já cadastrados como aptos, habilitados a plantar, e isso é importante, temos mais de 200 municípios aptos a fazer a plantação de cana, casualmente numa região aonde o clima não é favorável para outras culturas, então não vai ocorrer a substituição de culturas.
O eteno permite a fabricação de plástico sem a necessidade do uso do petróleo.
Fonte: Portal ZERO HORA - Eduardo Matos 

 

 

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