quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

INSPEÇÃO BASEADA EM RISCO

Estudos de Inspeção Baseada em Risco (IBR), ou (RBI) do inglês “Risk Based Inspection”,  estão embasadas em documentos publicados em 2000 pela “American Petroleum Institute” sob a API-580,  que direcionam na identificação, quantificação e avaliação dos mecanismos de danos em equipamentos industriais, determinando caminhos, como um deles, os programas de inspeção. A informação é gerada a partir de tipos de danos que possam ser esperados, técnicas de inspeção apropriadas a serem utilizadas, onde procurar o dano potencial, e como normalmente as inspeções deveriam ser realizadas.
Segundo Pedro Feres Filho, da  Physical Acoustics South America, os mecanismos de danos são geradores de deteriorações. Mecanismos distintos  apresentam danos distintos e técnicas adequadas de ensaios devem ser utilizadas com o equipamento em suas condições de serviço ou com o equipamento parado na temperatura ambiente. O ideal seria efetuar toda a avaliação dos equipamentos em operação normal, para evitar interferências operacionais, excesso de demandas durante as paradas e principalmente para avalia-lo na mesma condição em que o mecanismo de deterioração está presente.
A IBR é considerada como uma alternativa eficaz de custo para inspeção tradicional, pois pode-se aplica-la em termos de planejamento e implementação de programas de inspeção e manutenção.  Números indicam que dos 80% de risco nas plantas industriais, em geral, 20% estão relacionados aos equipamentos de pressão, utilizando a regra de Pareto; para tornar as inspeções e manutenções mais eficientes, é importante identificar estes 20% de maior risco.
O propósito do ranking de risco de equipamentos é fornecer a base para um método de inspeção dirigido ao risco, em que recursos de manutenção possam ser otimizados no programa de
inspeção. Isto resulta em operações de planta mais confiáveis e mais seguros, enquanto os recursos são controlados.
Mas o questionamento da quantidade de inspeção para se determinar um mecanismo de dano depende de fatores tais como, sua característica localizada, onde exige-se amostragens maiores, às vezes inspeções completas. Outros mecanismos, pela sua característica generalizada, podem ser facilmente identificados pela inspeção amostral, completa Feres.
A IBR, estabelece procedimentos em focar  recursos de manutenção e inspeção aos itens da planta que contêm os mais altos riscos. Para tanto, a analise de dados como históricos de inspeção, ensaios e registros de manutenção, resultam em auditorias na necessidade de inspeções adicionais, obrigando um avaliação apurada dos equipamentos, com prazos de inspeção, anteriormente tabelados, passar a ser regidos pelo que se sabe do equipamento e dos mecanismos de danos atuantes. Em termos conceituais, a IBR torna a inspeção menos preventiva e mais preditiva
Feres complementa que, associado aos conceitos e referências descritas, é importante que o profissional de Inspeção raciocine em termos de oportunidade de realizar a avaliação dos equipamentos. Por que concentrar as inspeções durante as paradas uma vez que estão disponíveis técnicas de monitoramento em serviço? Inspeção é uma atividade contínua e não pode ser concentrada nas paradas, especialmente nos dias atuais em que os intervalos entre paradas estão cada vez maiores, assim como os prazos legais de re-inspeção para aquelas empresas que possuem serviço próprio de inspeção, conforme NR-13. Diante deste panorama é fundamental que o profissional de inspeção desenvolva métodos de controle em serviço, não só para garantir integridade dos equipamentos, mas também para manter uma rotina de atividade preditiva.
Fonte Portal SGS / Physical Acoustics South America

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