Estudos de Inspeção Baseada em Risco (IBR), ou (RBI) do inglês “Risk Based Inspection”, estão embasadas em documentos publicados em 2000 pela “American Petroleum Institute” sob a API-580, que direcionam na identificação, quantificação e avaliação dos mecanismos de danos em equipamentos industriais, determinando caminhos, como um deles, os programas de inspeção. A informação é gerada a partir de tipos de danos que possam ser esperados, técnicas de inspeção apropriadas a serem utilizadas, onde procurar o dano potencial, e como normalmente as inspeções deveriam ser realizadas.
Segundo Pedro Feres Filho, da Physical Acoustics South America, os mecanismos de danos são geradores de deteriorações. Mecanismos distintos apresentam danos distintos e técnicas adequadas de ensaios devem ser utilizadas com o equipamento em suas condições de serviço ou com o equipamento parado na temperatura ambiente. O ideal seria efetuar toda a avaliação dos equipamentos em operação normal, para evitar interferências operacionais, excesso de demandas durante as paradas e principalmente para avalia-lo na mesma condição em que o mecanismo de deterioração está presente.
A IBR é considerada como uma alternativa eficaz de custo para inspeção tradicional, pois pode-se aplica-la em termos de planejamento e implementação de programas de inspeção e manutenção. Números indicam que dos 80% de risco nas plantas industriais, em geral, 20% estão relacionados aos equipamentos de pressão, utilizando a regra de Pareto; para tornar as inspeções e manutenções mais eficientes, é importante identificar estes 20% de maior risco.
O propósito do ranking de risco de equipamentos é fornecer a base para um método de inspeção dirigido ao risco, em que recursos de manutenção possam ser otimizados no programa de
O propósito do ranking de risco de equipamentos é fornecer a base para um método de inspeção dirigido ao risco, em que recursos de manutenção possam ser otimizados no programa de
inspeção. Isto resulta em operações de planta mais confiáveis e mais seguros, enquanto os recursos são controlados.
Mas o questionamento da quantidade de inspeção para se determinar um mecanismo de dano depende de fatores tais como, sua característica localizada, onde exige-se amostragens maiores, às vezes inspeções completas. Outros mecanismos, pela sua característica generalizada, podem ser facilmente identificados pela inspeção amostral, completa Feres.
A IBR, estabelece procedimentos em focar recursos de manutenção e inspeção aos itens da planta que contêm os mais altos riscos. Para tanto, a analise de dados como históricos de inspeção, ensaios e registros de manutenção, resultam em auditorias na necessidade de inspeções adicionais, obrigando um avaliação apurada dos equipamentos, com prazos de inspeção, anteriormente tabelados, passar a ser regidos pelo que se sabe do equipamento e dos mecanismos de danos atuantes. Em termos conceituais, a IBR torna a inspeção menos preventiva e mais preditiva
Feres complementa que, associado aos conceitos e referências descritas, é importante que o profissional de Inspeção raciocine em termos de oportunidade de realizar a avaliação dos equipamentos. Por que concentrar as inspeções durante as paradas uma vez que estão disponíveis técnicas de monitoramento em serviço? Inspeção é uma atividade contínua e não pode ser concentrada nas paradas, especialmente nos dias atuais em que os intervalos entre paradas estão cada vez maiores, assim como os prazos legais de re-inspeção para aquelas empresas que possuem serviço próprio de inspeção, conforme NR-13. Diante deste panorama é fundamental que o profissional de inspeção desenvolva métodos de controle em serviço, não só para garantir integridade dos equipamentos, mas também para manter uma rotina de atividade preditiva.
Fonte Portal SGS / Physical Acoustics South America
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