terça-feira, 1 de junho de 2010

USINA GUARANI - PRONTA PARA NOVAS AQUISIÇÕES

Após tornar-se a terceira maior processadora de cana do Brasil com a compra da usina Mandú anunciada na segunda-feira, a Açúcar Guarani está preparada para prosseguir como consolidadora do setor, afirmou o presidente da companhia, Jacyr Costa Filho, nesta terça-feira.
"Estamos atentos a eventuais oportunidades que surjam. Se surgirem que façam sentido pela estratégia definida pela Guarani, nós vamos participar dessa oferta...", afirmou Costa Filho, principal executivo da Guarani, em teleconferência com analistas.
"O que é importante ressaltar é que nós estamos prontos (para aquisições), esse é o ponto bastante importante", destacou.
Ontem, a Guarani anunciou a compra da Mandú por R$ 345 milhões, o que eleva a estimativa de processamento da empresa para 20,6 milhões de toneladas de cana. A companhia também assumiu uma dívida líquida estimada em dezembro de 2009 em R$ 255,5 milhões.
A aquisição foi feita cerca de um mês depois de a Petrobras ter comprado 45,7% de participação na Guarani, com investimentos de R$ 1,6 bilhão em cinco anos. O aporte inicial da estatal de petróleo foi de R$ 682 milhões.
Segundo Costa, embora a Petrobras tenha até cinco anos para completar os investimentos, se a Guarani apresentar um projeto de negociação e ele for aprovado pelo Conselho de Administração da companhia, "o aporte é antecipado".
"Agora depende de aparecer as oportunidades e termos esse projeto", comentou.
Pelo acordo anunciado em abril entre a Tereos, controladora da Guarani, e a Petrobras, a estatal terá o direito de realizar investimentos adicionais na companhia, via aumento de capital, que lhe confiram uma participação de até 49% na Guarani.
MAIOR CAPACIDADE
A Mandú possui capacidade de moagem anual de 3,5 milhões de toneladas, que pode ser elevada "com pouco investimento" para 4 milhões de toneladas, segundo Costa, que ressaltou entretanto que esse aumento depende também da disponibilidade de matéria-prima.
"É claro que temos outros planos de expansão na região também, com a usina São José, e vai depender da disponibilidade de matéria-prima para a gente decidir pelo investimento."
A Mandú tem perfil de produção de 60% de etanol e 40% de açúcar.
A empresa estima produzir aproximadamente 200 mil toneladas de açúcar, 175 milhões de litros de etanol e cogerar 12 MW de eletricidade nesta safra.
Localizada em Guaíra (SP), na mesma região das outras seis unidades industriais da Guarani no Brasil, a proximidade da Mandú com as unidades de São José, Severínia e Vertente deve favorecer sinergias, disse o presidente.
"Estamos mensurando (as sinergias), o que poderia dizer é que já temos experiência no aproveitamento de sinergia de quando fizemos a aquisição da Andrade e quando adquirimos 50% da Vertente."
"Sabemos que o fato de estar na mesma região pode maximizar o uso dos ativos." 

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Fonte: agencia Folha / Reuters

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