quarta-feira, 3 de março de 2010

UNICA VÊ ALTA DE MAIS DE 10[%] NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR NA SAFRA 2010/11

A Unica -União da Indústria de Cana-de-Açúcar- estima que a produção de açúcar do Brasil vai saltar mais de 10 [%] na safra 2010/11, em meio a uma alta da produtividade e a uma esperada recuperação nos preços globais.
Segundo Eduardo Leão de Sousa, diretor-executivo da Unica "Deveremos ter pelo menos 140 [kg/toneladas] de açúcar recuperável", em uma conferência de commodities na capital australiana nesta quarta-feira.
Isso significaria um aumento de cerca de 8 [%] ante a safra 2009/10, em que a taxa de açúcares totais recuperáveis está em torno de 130 quilos por tonelada. Até a primeira quinzena de fevereiro em 2009/10, o Brasil moeu 532,5 milhões de toneladas.
"Devemos também esperar um aumento da taxa de crescimento para açúcar e etanol que será maior do que a de cana, devido aos ganhos na produtividade que esperamos -deve ser muito mais de 10 [%] que esperamos para o crescimento da cana-de-açúcar', completou ele.
Sousa, repetindo outros panoramas altistas apresentados na conferência, disse que os preços devem se fortalecer porque o consumo global ainda supera a produção, apesar da controversa medida da União Europeia no mês passado de exceder suas cotas de exportação, pois a produção foi afetada por safras mais fracas no ano passado, tanto no Brasil quanto na Índia, o maior consumidor mundial de açúcar e o segundo maior produtor.
A maior refinaria de açúcar da Austrália, a CSR Sugar, também demonstrou otimismo com os preços, sugerindo que os temores iniciais sobre as exportações europeias vão diminuir conforme o mercado volta a se concentrar no desequilíbrio entre oferta e demanda.
O presidente da CSR, Ian Glasson, disse que a Austrália também espera elevar a produção para atender a demanda. "A produção de açúcar da Austrália tem capacidade para crescer possivelmente 5 [%] a 10 [%], mas não é como no Brasil, onde um crescimento em 10[%] equivale a uma nova indústria de açúcar australiana por ano".
Fonte: Agencia Reuters, em Canberra

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